ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO ESCORPIONISMO NO BRASIL E OUTROS PAÍSES QUE POSSUEM SISTEMAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, PERÍODO DE 2000 A 2018
escorpião; envenenamento; sistemas de informação; Amazônia Legal.
Os acidentes por animais peçonhentos, apesar de antigos, ainda representam um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentando alta frequência em morbimortalidade da população afetada. Dentre estes está o escorpionismo, causado por picadas de escorpiões, podendo levar a quadros de envenenamentos humanos cuja gravidade e evolução variam desde casos leves e moderados a até graves, podendo causar óbitos ou sequelas temporárias. O objetivo do presente estudo foi realizar a análise epidemiológica retrospectiva do escorpionismo na Amazônia Legal, no Brasil e em países com sistema de notificação compulsórias. A metodologia consistiu de um levantamento clínico-epidemiológico descritivo e analítico dos acidentes escorpiônicos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN (Brasil), no Sistema Nacional de Vigilancia de la Salud” (Argentina); do “Instituto Nacional de Estadística y Geografia (INEGI; México) e do US Poisson Control Center. Os dados demográficos e as estimativas populacionais, elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), necessários aos cálculos das taxas de incidência e coeficientes de mortalidade foram coletados no sítio eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde-DATASUS. As variáveis epidemiológicas (sexo, faixa etária e raça/cor) e clínicas (evolução dos casos, classificação dos casos e tempo da picada/atendimento) foram analisadas por meio da realização dos cálculos de taxas de incidência, letalidade, mortalidade e risco relativo, empregando-se um intervalo de confiança de 95%. Serão realizados ainda, o teste de Kruskal-Wallis, qui-quadrado e correlação de Pearson. A tabulação, análise e plotagem dos dados, serão realizados com os softwares Microsoft Excel 2013, EpiInfo 7.2 e BioEstat 5.0 e o mapa produzido com o QGIS® versão 3.4.2.