MAPEAMENTO DE ÁREAS COM POTENCIAL BIOECONÔMICO COMO SUBSÍDIO PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DE COMUNIDADES TRADICIONAIS
Bioeconomia. Extrativismo Vegetal. Arecáceas. Povos Tradicionais
As regiões mais ricas em biodiversidade do planeta são as regiões tropicais, a região amazônica por ser uma floresta tropical com dimensões aproximadas de oito milhões de km² apresenta a maior biodiversidade do planeta terra. A Amazônia brasileira além de ser rica em biodiversidade de espécies, esta também é conhecida culturalmente principalmente por conta da diversidade de povos tradicionais, como comunidades/aldeias indígenas. Estas comunidades são vistas como referência de sustentabilidade por conta de seus aspectos culturais e pelos conhecimentos acerca do uso sustentável adquiridos durante as gerações. Atualmente, têm se acompanhado o avanço das atividades do homem moderno sob a floresta amazônica, inclusive em áreas de povos tradicionais, configurando assim como uma das principais ameaças à biodiversidade amazônica. No oeste Paraense, tramita na FUNAI, a demarcação da Terra Indígena Munduruku do Planalto Santareno, que abrange quatro aldeias: Açaizal, Ipaupixuna, São Francisco da Cavada e Amparador. O povo Munduruku do Planalto Santareno tem a sua vivência baseada nos ensinamentos repassados por seus antepassados e que reflete no cotidiano da aldeia através da caça, pesca, coleta, agricultura, do teçume, confecção de paneiros e abanos, jamaxins, remos, colheres e de pequenos objetos de madeira. Além disso, há o uso de elementos da natureza na confecção e manutenção de suas moradias e instalações domésticas, principalmente a madeira e a palha. Diante do exposto, o presente plano de dissertação visa apresentar a metodologia a ser utilizada para alcançar o objetivo proposto pelo plano de trabalho, que tem como objetivo geral realizar o mapeamento de áreas com
espécies com potencial para a bioeconomia na aldeia Ipaupixuna, Terra Indígena Munduruku do Planalto Santareno.