ASPECTOS SILVICULTURAIS E ECOLÓGICOS DA CASTANHEIRA (Bertholletia excelsa Bonpl.) EM ÁREA DE PASTAGEM ABANDONADA NO PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS FERRUGINOSOS DE CARAJÁS.
Recuperação de Área Degradada; Competição interespecífica; Crescimento; Sobrevivência
Em virtude de seu potencial econômico e suas características silviculturais, a castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa) tem sido uma das principais espécies florestais nativas indicadas para a recuperação de áreas degradadas na Amazônia. Nas ações desenvolvidas em Carajás, a empresa mineradora realiza um programa de recuperação de áreas de pastagens degradadas com o uso desta espécie como forma de compensação ambiental aos impactos causados por suas atividades. Experimentos anteriores na região sugerem que a competição por luz entre o capim e outras herbáceas com as mudas de castanha-do-Brasil é provavelmente um gargalo ecológico importante para o sucesso dos plantios desta espécie arbórea. O presente trabalho tem como objetivo testar a utilização de técnicas silviculturais alternativas para combater a competição de mudas de Bertholletia excelsa com capim e outras herbáceas invasoras em áreas de pastagens degradadas, através de uso de de folhas de palmeiras, mantas sintéticas (geotêxteis) e roçagem manual. Esses três tratamentos serão comparados entre si e com a testemunha, bem como com o tratamento convencional até agora usado pela empresa, baseado no uso de hidrogel em cova, adubação química periódica e aplicação de herbicida. Assim, buscam-se técnicas alternativas aplicáveis em larga escala para implantar castanhais em áreas de pastagens degradadas, que minimizem o uso de insumos químicos e atividades de manutenção.