Banca de DEFESA: DÁRLISON FERNANDES CARVALHO DE ANDRADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DÁRLISON FERNANDES CARVALHO DE ANDRADE
DATA : 28/01/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório NTB
TÍTULO:

EFEITO DO FOGO NA DINÂMICA DA VEGETAÇÃO ARBÓREA DE UMA FLORESTA MANEJADA NA FLONA DO TAPAJÓS, PARÁ, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

diversidade de espécies; taxa de recrutamento; taxa de mortalidade; tratamento silvicultural; floresta tropical


PÁGINAS: 173
RESUMO:

Entre os distúrbios de origem antrópica que ocorrem nas florestas tropicais, o fogo e seus impactos a longo prazo ainda são pouco conhecidos, especialmente quando há interações com a exploração seletiva de madeira. Com o monitoramento de parcelas permanentes, é possível descrever a trajetória de recuperação e entender melhor os mecanismos de resiliência da floresta após a ocorrência de incêndios. O objetivo desta tese foi responder à seguinte pergunta: como o fogo afeta a trajetória de recuperação de uma floresta madura, submetida a extração seletiva de madeira, na Amazônia brasileira? Para abordar essa questão, utilizou-se um conjunto de 60 parcelas de 0,25 ha (50 mx 50 m; 12 hectares de amostra) instaladas na Floresta Nacional do Tapajós em 180 hectares de uma floresta madura de terra firme com histórico de manejo florestal (1982), e fogo (1997), monitorada através de medições frequentes de árvores com DAP ≥ 5 cm, de 1981 a 2012 (31 anos). Para determinar os efeitos dos distúrbios, a área basal, as taxas de mortalidade, as taxas de recrutamento e a diversidade de espécies foram comparadas através da Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas e Modelos Lineares de Efeito Misto (LMM). Os resultados mostram que, na Amazônia brasileira, a floresta ombrófila densa é resiliente ao fogo. Em pouco tempo (15 anos após o incêndio), a floresta nativa não perturbada é capaz de estabilizar suas taxas de mortalidade e a estrutura da floresta permanece semelhante às suas condições originais, principalmente, porque a mortalidade se concentra entre as pequenas árvores (DAP < 20 cm). No entanto, a manutenção de altas taxas de recrutamento e a forte presença de espécies arbóreas pioneiras são um indicativo de que a floresta permanece em recuperação. Nas florestas manejadas afetadas pelo fogo, a intensidade da exploração é um fator determinante na dinâmica da vegetação arbórea e, portanto, a resiliência da floresta está diretamente associada às condições anteriores de estrutura da floresta (área basal e presença de grandes árvores). A combinação de exploração de impacto reduzido, desbaste de espécies não comerciais, e pequenos incêndios não causou perdas na diversidade de espécies, embora o desbaste de alta intensidade de espécies não comerciais altere a composição das espécies. Em resumo, as florestas, sem histórico de perturbações fortes e frequentes, são mais resistentes e resilientes ao fogo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1520271 - JOAO RICARDO VASCONCELLOS GAMA
Externa ao Programa - 1122443 - LIA DE OLIVEIRA MELO
Interna - 096.720.282-53 - LUCIETA GUERREIRO MARTORANO - EMBRAPA
Externo ao Programa - 2161642 - RAFAEL RODE
Externo ao Programa - 1738813 - RODRIGO FERREIRA FADINI
Interno - 1795661 - VICTOR HUGO PEREIRA MOUTINHO
Notícia cadastrada em: 21/01/2020 16:54
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação - (00) 0000-0000 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - srvapp1.ufopa.edu.br.srv1sigaa