DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE EM UMA COMUNIDADE ACADÊMICA COLABORATIVA: uma análise do Grupo de Estudo e Pesquisa FORMAZON/UFOPA
Formação, Desenvolvimento profissional contínuo, Comunidades com postura investigativa
A presente pesquisa tem por objetivo analisar as contribuições de um grupo colaborativo para o desenvolvimento profissional contínuo de professores, e assim apontar caminhos que possibilitem as ações de formação docente em outros espaços escolares. Destaca-se que atualmente, o professor tem sido foco de melhoria das políticas, responsabilizado pelos resultados da qualidade (ou não) da educação através das medidas de controle do seu trabalho, por conta disso as secretarias de educação e escolas públicas realizam cursos de formação continuada, geralmente sob a perspectiva da racionalidade técnica, a qual compreende os conhecimentos adquiridos nos cursos, workshops e oficinas conduzidas pelos especialistas que estão fora da sala de aula. O estudo desvela um olhar sobre o educador como sujeito intelectual capaz de ser protagonista do processo, descentralizando a ideia do professor tecnicista, surgindo a necessidade de formar o professor investigativo, aquele que é capaz de analisar suas práticas e aprendizagens e seu desenvolvimento profissional em grupos colaborativos, onde se fez necessário os seguintes questionamentos: Em que medida um Grupo Colaborativo pode favorecer o processo de formação contínua de professores? Para maior aprofundamento dos estudos a pesquisa será realizada no Grupo de Estudos e Pesquisa FORMAZON (Formação de Professores na Amazônia Paraense) da Universidade Federal do Oeste do Pará. Para compreender essa proposta de formação contínua, adotou-se como metodologia a pesquisa qualitativa, especificamente um estudo de caso, com enfoque descritivo e analítico, a partir das seguintes fontes de dados: transcrição dos áudios dos encontros, levantamento de produções científicas dos participantes do Grupo, observação participantes e nota de campo com registros dos encontros. Diversos autores apontam caminhos como deve ser compreendida essa formação, dentre eles Cochran-Smith e Lytle (1999); (2009) Fiorentini (2008; 2012; 2013;); Gama e Fiorentini (2009) Crecci e Fiorentini (2012; 2013; 2016, 2018), Cristovão e Castro (2013) e outros que analisam a formação docente em contextos colaborativos e investigativos. Os primeiros resultados demonstrados pelas dinâmicas de atividades desenvolvidas no Formazon :elaboração e discussão coletiva dos projetos de pesquisas; discussão de textos sobre pesquisa e práticas em Grupos colaborativos e compartilhamento dos conhecimentos produzidos apresentaram indícios de pesquisa colaborativa e de trabalho colaborativo e investigativo. Acredita-se que este projeto de pesquisa tem importante relevância por trazer uma ampla literatura sobre a temática, impulsionando estudos posteriores sobre grupos colaborativos, inclusive trazendo contribuições para a sociedade. Da mesma forma, poderá fomentar políticas voltadas para a formação de professores no que diz respeito ao reconhecimento de grupos colaborativos como alternativa para cursos de formação continuada.