NUM TEMPO DO ERA... FOI O PRINCIPEZINHO (DES)ENCANTADO:
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS. IMAGINAÇÃO. EDUCAÇÃO INFANTIL.
Contação de Histórias. Imaginação. Educação Infantil. Narração Dialógica com Projeção Epistêmica. Teoria Histórico-Cultural. Contexto Amazônico.
Este trabalho apresenta uma pesquisa teórico-conceitual acerca da Contação de Histórias; mira o problema da banalização e do esvaziamento crítico em torno desta atividade e pergunta: o que significa contar histórias na Educação Infantil? Objetivando conhecer seus antecedentes históricos, sua identidade conceitual, o modo como é sistematizada pela Teoria Histórico-Cultural, além dos princípios básicos que regem a presença da Contação de Histórias na primeira etapa da Educação Básica. A partir de um método global-analítico, a pesquisa concentrou-se nas contradições que formam e entornam o objeto em sua dinâmica social, tomando como procedimentos: levantamento bibliográfico, análise crítica das concepções de Contação de Histórias, Educação e Imaginação; contribuições da experiência do autor e produção do argumento de síntese. Os resultados foram organizados em 4 Movimentos Temáticos e 2 Apêndices abordando, respectivamente: Contação de Histórias e sua Unidade Social; Imaginação, Fantasia e Fabulação; Educação Infantil enquanto convite à Fabulação; Narrar, Fabular, Viver (des)encantos em uma Totalidade; Pesquisas Educacionais acerca da Contação de Histórias na Educação Infantil; Num tempo do era... Fabulário de Contar, o qual propõe um modelo organizativo de repertório base para planejamento de projetos e currículos. A importância da pesquisa consiste em firmar um referencial de conhecimento para os fundamentos teórico-metodológicos da Contação de Histórias em contextos educacionais; compreender seu papel de enriquecedora da Imaginação infantil pelo contato com a cultura narrativa desenvolvida pelas sociedades humanas e que formam o fabulário universal; expor a teia de afinidades, atravessamentos e especificidades do objeto de estudo com a literatura, o teatro e a brincadeira de faz-de-conta; apresentar os fundamentos iniciais do conceito narração dialógica com projeção epistêmica para uma abordagem pedagógica coerente da Contação de Histórias; fortalecer a consciência pedagógica, no sentido de superar as concepções de apelo subjetivista e as práticas escolares comuns, pela fundamentação da Contação de Histórias como atividade de valor cultural e estético, tendo em vista a formação humana, considerando ainda os desafios da Educação Infantil na Amazônia.