FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM CURSOS DE PEDAGOGIA NO ESTADO DO PARÁ
Formação de professores; educação das relações étnico-raciais; currículo; cursos de pedagogia.
A pesquisa investiga a formação de professores para o ensino das relações étnico-raciais, com o objetivo de analisar o ensino da Educação das Relações Étnico-raciais (ERER) nos cursos de Pedagogia de quatro universidades públicas situadas no Estado do Pará (Universidade Federal do Pará - UFPA, Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA e Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará -UNIFESSPA) na perspectiva da Lei n° 11.645/08 e no que determina a Resolução CNE/CP 01/2004. Busca-se desvelar: Em que medida a inclusão do ensino para educação das relações étnico-raciais no currículo dos cursos de Pedagogia das universidades públicas no Estado do Pará tem contribuído para qualificar docentes para promoção de uma educação antirracista? Para isso, utilizamo-nos de pesquisa bibliográfica e documental, em que buscamos compreender as políticas educacionais para a temática étnico-racial a partir da década de 90, seus avanços, limites e contradições por meio de um levantamento de produções acadêmicas sobre o objeto pesquisado. Examinar os documentos produzidos pelas instituições de ensino superior públicas do Pará como os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC), especialmente sobre a inclusão do ensino da ERER, investigando nas ementas dos cursos de pedagogia das instituições públicas do Pará se contemplam ou não o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena à luz da lei 11.645/08 e; conhecer a formação dos docentes que ministram os conteúdos da ERER e quais seus conhecimentos e opiniões sobre a inclusão dessa política na formação de professores (as) e o que ensinam para qualificar os futuros profissionais para atuarem no campo das relações étnico-raciais através da aplicação de questionários aos docentes que ministram disciplinas sobre a ERER nos respectivos cursos. Os resultados parciais apontam que a presença de disciplinas relativas as questões étnico-raciais no percurso de formação dos cursos, buscam satisfazer as demandas legais de forma isolada e protocolar, sem a incorporação nas demandas institucionais da perspectiva de uma educação antirracista.