ATIVIDADE ANTIMALÁRICA IN VIVO DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Piper
marginatum Jacq. (PIPERACEAE)
Piper marginatum, óleo essencial, Plasmodium berghei.
A malária é uma doença infecciosa considerada um dos maiores problemas econômicos e
sociais no mundo, atingindo principalmente populações de países de clima tropical e
subtropical. A doença é causada por protozoários do gênero Plasmodium sendo as espécies de
P. falciparum e P. vivax, responsáveis pela maioria dos casos da doença. Para o tratamento da
malária existe um amplo arsenal terapêutico desenvolvido a partir de produtos naturais e seus
compostos sintéticos, destacando-se as quinolinas, artemisinina os antifolatos e alguns
antibióticos. Contudo, os efeitos adversos ocasionados pelo tratamento farmacológico
atualmente utilizado, são graves podendo causar até a morte do paciente. Além disso, o
aparecimento de parasitas resistentes, em conjunto com a falta de uma vacina e sua grande
endemicidade, justificam a busca por moléculas que combatam a doença mas que apresentem
menores efeitos colaterais. Neste contexto, a grande biodiversidade da Floresta Amazônica
apresenta-se como uma fonte de novas moléculas bioativas para a produção de novos fármacos
com potencial antimalárico. Deste modo, esta pesquisa tem como objetivo avaliar a atividade
antimalárica do óleo essencial de folhas de Piper marginatum Jacq. O material botânico será
coletado na Universidade Federal do Oeste do Pará na Unidade Tapajós, onde as folhas serão
pesadas e secas em estufa, em seguida trituradas em moinho, para posterior obtenção do óleo
essencial via hidrodestilação em aparelho Clevenger. A caracterização química será realizada
por meio da cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa. Para se avaliar a
atividade antimalárica o óleo essencial de Piper marginatum será testado em camundongos da
linhagem BALB/c, os quais serão infectados pelo Plasmodium berghei. As doses do óleo
essencial de Piper marginatum utilizadas no experimento serão padronizadas a partir de testes
de toxicidade oral aguda determinada utilizando o Guia OECD-423/2001. Além disso, será avaliado
o tempo de sobrevivência dos animais em cada grupo e logo após a finalização do experimento
todos os animais serão submetidos a uma punção cardíaca para coleta sanguínea indispensável
para a análise da glicose plasmática, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase,
glutamiltransferase plasmática, lactato desidrogenase, bilirrubina total direta e indireta, ureia e
creatinina plasmática.