Notícias > Mini Curso: Antropologia Feminista Negra: Experiência Vivida, Ativismo Político, Interseccionalidade e Sexualidades
Mini Curso: Antropologia Feminista Negra: Experiência Vivida, Ativismo Político, Interseccionalidade e Sexualidades.
Ativista e Professora: Carla Ramos
Apresentação
A proposta deste curso é apresentar alguns temas considerados centrais para a crítica social que tem sido elaborada pelo Feminismo Negro, com especial atenção aos questionamentos e desafios que este coloca a uma certa prática e produção Antropológica, e dos sistemas de hierarquias raciais, de gênero, disciplinares e de identidade que caracterizam a Universidade. A Universidade é lugar perigoso e letal para os nossos corpos, como denunciam várias intelectuais negras caribenhas, latino americanas e estadunidenses. Ao se impor como único espaço legítimo de produção de saberes, a Universidade e seus regimes disciplinares articulam estratégias sistemáticas de silenciamento e aniquilamento de epistemologias não hegemônicas, bem como de violências e controle de corpos que historicamente tem sido objetificados e desumanizados no interior da produção científica. Ao longo de cinco encontros, este curso convida as (os) participantes a uma reflexão e intervenção nos regimes de produção de conhecimento hegemônicos dentro da academia, e para isso propõe um redimensionamento das nossas perspectivas analíticas e metodológicas considerando a radicalidade e centralidade das nossas experiências político-afetivas como mulheres trans e cis, negras e indígenas, lésbicas e Quares, latino americanas, amazônidas, das classes populares. Esse curso se constitui como um espaço de segurança para as nossas trocas, diálogos e laços afetivos mútuos, numa perspectiva que compreende a valorização e celebração das nossas vidas e trajetórias como um ato revolucionário.
Nossos passos vem de longe! Axé.
I. Data, localização e estrutura do evento
Data: 14, 15, 16, 21, 22 de Setembro de 2016
Horário: 18H às 20H
Local: Universidade Federal do Oeste do Pará, Sala 212 (Laboratório de Ensino do ICS)
Número de Vagas: 20 vagas
Público Alvo: Estudantes Universitárias (os), Comunidade Acadêmica e Público interessado em geral.
Email para Contato: carlaramos@utexas.edu
II. Bibliografia do Curso
Discussão 1: Experiência Vivida, Formas de Conhecer e Retomada Epistemológica
Dora Santana (2005): Quão Trans é o Trans Atlântico Negro? (Texto apresentado na Universidade do Texas).
Audre Lorde (1981): Os Usos da Raiva: Mulheres Respondendo ao Racismo.
Bell Hooks (1995): Intelectuais Negras.
Kimberle Crenshaw (2004): A Intersecionalidade na Discriminação de Raça e Gênero.
Audre Lorde (1981): As Ferramentas do Senhor não desmantelam a Casa Grande.
Lynn Bolles (2001): SEEKING THE ANCESTORS: Forging a Black Feminist Tradition in Anthropology.
Discussão 2 - Feminismos Negros, Sexualidades e Ancestralidades
Jurema Werneck (2010): Nossos passos vêm de longe! Movimentos de Mulheres Negras e Estratégias Políticas contra o Sexismo e o Racismo.
Lélia Gonzalez (1988): Por um Feminismo Afro-Latino-Americano.
Sonia Santos (2007): Feminismo Negro Diaspórico.
Claudia Pons Cardoso (2014): Amefricanizando o Feminismo Negro: o Pensamento de Lélia Gonzalez.
Giovana Xavier (2016, site Blogueiras Negras): Por Uma Cultura Acadêmica da Negrada: O Encontro Nacional de Estudantes e Coletivos Negros Universitários na UFRJ.
Cathy Cohen (2005): Punks, Bulldaggers, and Welfare Queens: The Radical of Queer Politics? In: Holland, S. P., & Cohen, C. J. Black queer studies: A critical anthology. E. P. Johnson, & M. G. Henderson (Eds.). Duke University Press.
E. Patrick Johnson (2005): "Quare Studies, or (almost) Everything I know about queer studies I learned from my Grandmother. In: Holland, S. P., & Cohen, C. J. Black queer studies: A critical anthology. E. P. Johnson, & M. G. Henderson (Eds.). Duke University Press.
Discussão 3 - Escrita, Corpo e Imaginação
Evaristo, C. (2007). Ponciá Vicêncio. Host Publications, Inc.
Escritoras Negras e a Flip (Jornal O Globo).
Sueli Carneiro (2011): Enegrecer o Feminismo: A Situação da Mulher Negra na América Latina a partir de uma Perspectiva de Gênero. (Site Geledés: Instituto da Mulher Negra).
Coletivo Crespadas (Santarém): Depoimentos no FB.
Dora Santana (2016): Conversa entre Manas (Site Blogueiras Negras);
Doris Davenport (2012): Lésbicas Negras na Academia: Invisibilidade Visível". (http://redeafrolgbt.blogspot.com.br/2012/02/lesbicas-negras-na-academia.html)
III. Filmes, Documentário, Vídeos e Reportagens:
Bichas - Criado, dirigido e editado por Marlon Parente.
Com Bruno Delgado, Igor Ferreira, Italo Amorim, João Pedro Simões, Orlando Dantas e Peu Carneiro. (Youtube, 38min, 2016)
AFROBAPHO SQUAD (Coletivo Afrobapho no FB)
Campanha de Indianara Siqueira (Perfil Indianara Siqueira no FB)
Crespadas - TV Tapajós. Reportagem exibida no dia 13 de Maio de 2016.
# Todos os textos estarão disponíveis em versão eletrônica e para xerox.
Notícia cadastrada em
09/09/2016 17:29
Baixar arquivo