Proyecto Pedagógico del Curso

O egresso do Bacharelado em Antropologia deverá ser intelectualmente capaz de articular a reflexão teórica e conceitual sobre os processos socioculturais com a análise empírica de seus desdobramentos em diferentes conjunturas. Estará capacitado para o exercício do ofício de antropólogo em todas as suas dimensões, em qualquer contexto sociocultural e trabalhando com qualquer temática, o que supõe pleno domínio da natureza do conhecimento antropológico e das práticas essenciais de sua produção e difusão.

 

Como cidadão, o egresso deverá ser capaz de compreender a complexidade da realidade na sociedade em que vive, fazendo reflexão crítica sobre os processos sociais que envolvem interesses em disputa, considerando sempre as instituições, os grupos e os atores/agentes sociais diferentemente posicionados, como tem sido uma tradição na história da Antropologia.

 

Como profissional, o egresso deverá estar apto a desempenhar funções no âmbito da academia, do Estado, do setor privado, assim como do chamado Terceiro Setor e dos movimentos sociais, que requeiram capacidade crítica e reflexiva, de observação, pesquisa, extensão e análise de tendências sociais, de formulação de diagnósticos, diretrizes, propostas e cenários prospectivos, bem como estratégias de planejamento e gestão relacionadas a políticas públicas ou demandas sociais em variadas áreas (cultura, saúde, gênero, patrimônio, meio ambiente, memória, identidade, etc.), e que envolvam problemas de interesse político, social, científico e cultural.

As competências teórico-conceituais do egresso devem abranger capacidades analíticas, interpretativas, argumentativas e discursivas, cujo desenvolvimento se dá basicamente por meio da formação teórica nas disciplinas clássicas e contemporâneas de conteúdo específico da área de formação, às quais se soma a contribuição de disciplinas de outras áreas de domínio conexo ou complementar.

 

Tais competências envolvem:

 

a) O domínio da bibliografia teórica e metodológica básica;

 

b) O desenvolvimento da autonomia intelectual e da capacidade analítica própria ao seu desempenho profissional para analisar, expor e debater, inclusive publicamente, dados e ideias sobre problemas científicos, políticos, sociais e culturais envolvendo aspectos diversos, históricos ou contemporâneos, da vida social amazônica, brasileira e internacional;

 

c) A capacidade de articulação entre teoria, pesquisa e prática social, por meio do compromisso ético com os dados e informações de pesquisa coletados referentes a problemas de natureza sociológica, política ou cultural que afetam pessoas, populações ou grupos populacionais definidos;

 

d) A habilidade de transitar pelas fronteiras entre o saber científico e o saber local, e a Antropologia e outras áreas do conhecimento, incluindo a capacidade de demarcação dos campos específicos e da qualificação do que lhes é próprio.

As competências e habilidades de caráter metodológico e instrumental em Antropologia do egresso devem abranger a capacidade de:

 

a) Formular e desenvolver pesquisas pertinentes e relevantes ao campo de investigação da Antropologia, inclusive na interface com outras áreas de conhecimento; conhecer os diversos métodos de análise produzidos no âmbito das Ciências Sociais em geral e na Antropologia em particular, e saber articulá-los de acordo com a sua pertinência ao objeto de pesquisa;

 

b) Desenvolver competência técnica para coleta, processamento e análise de dados e indicadores sociais diversos.

Com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de ações voltadas para a efetiva integração entre ensino, pesquisa e extensão, o curso de Bacharelado em Antropologia vem construindo um conjunto de atividades básicas divididas em Atividades de Sala de Aula e Atividades de Campo.

 

As atividades de caráter teórico são desenvolvidas no transcorrer da maioriadas disciplinas da estrutura do curso que tomam lugar nos espaços das salas de aula. Cada aula tem 50 minutos de duração, e as sessões de cada disciplina são distribuídas semanalmente, até se atingir a  carga horária integral de cada disciplina ministrada. As disciplinas são de caráter expositivo, baseadas em bibliografias básicas e complementares (detalhe nas ementas de cada disciplina – anexo) selecionadas para funcionarem como a linha mestra das exposições e discussões, e podem contar com o auxílio de tecnologias audiovisuais. A participação ativa dos discentes no processo de aprendizagem é estimulada por meio da apresentação de seminários e debates, filmes e documentários, trabalhos individuais e em grupo, produção de resumos, resenhas e outras atividades que dependem da criatividade de cada docente em diálogo com os discentes. Nestas atividades, a interpretação e leitura crítica dos textos são encorajadas e demandadas aos alunos. Ocasionalmente, a intervenção de outros profissionais da área pode ser acionada para enriquecimento de debates levantados em sala. Três avaliações formais relativas ao conteúdo programático de cada disciplina são utilizadas com o intuito de observar o grau de apreensão desse conteúdo pelos alunos.

 

As atividades de campo são importantes para o profissional da Antropologia, tendo em vista a proeminente natureza etnográfica de suas pesquisas e inserções profissionais. Logo, essas atividades compõem parte importante do processo de ensino-aprendizagem na área. A experimentação e a prática de diversos métodos e técnicas de pesquisa e extensão são estimuladas a partir dos conteúdos programáticos das disciplinas obrigatórias e optativas, bem como nas Práticas Integradoras de Extensão e em planos de trabalho de iniciação científica e extensão. Desse modo, o exercício antropológico da observação, descrição e escritura sobre diferentes situações de campo é demandado aos discentes como parte de trabalhos e avaliações acadêmicas ao longo do curso. Ainda, parte considerável do corpo docente realiza projetos de pesquisa e extensão em Santarém e municípios do entorno (Alenquer, Almeirim, Itaituba, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná e Prainha), na área de abrangência da Ufopa. Distribuídos em áreas urbanas, rurais, ribeirinhas, comunidades quilombolas e aldeias indígenas, esses projetos constituem oportunidades para os alunos realizarem atividades diversificadas em campo, conhecendo diferentes contextos etnográficos e, assim, inserindo-se no campo profissional da Antropologia.

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