Projeto Pedagógico do Curso

Perfil comum das escolas de formação do profissional Meteorologista preconiza sólida
formação científica e profissional que capacite o Meteorologista a absorver e desenvolver
novas tecnologias de observação e modelos conceituais e de previsão, que o possibilite
gerar, analisar e interpretar produtos meteorológicos para aplicação nos diversos ramos da
Ciência, face às demandas sociais, com visão crítica, criativa, ética e humanística.
Adicionalmente, o egresso ainda terá uma forte componente interdisciplinar devido a
natureza de formação geral da UFOPA.

A formação do Bacharel em Ciências Atmosféricas da UFOPA contempla as
diretrizes norteadoras, da Organização Meteorológica Mundial – OMM que preconiza no
campo de ensino, que o Bacharel deve ter uma formação físico-matemática a ser
ministrada logo nos dois primeiros anos de estudo do curso. Todavia, uma noção elementar
da meteorologia deverá ser ofertada ao aluno desde o ingresso no curso, em paralelo com
as disciplinas de física e matemática, visando oferecer ao educando os primeiros contatos
com a ciência meteorológica.

A formação do Bacharel em Ciências Atmosféricas da UFOPA tem por finalidade
dotar o profissional com competência para atuar em grandes centros urbanos, médias, e
pequenas cidades, bem como no meio rural, além do setor industrial. O ambiente
universitário e as oportunidades extracurriculares propiciam ao futuro profissional exercer
plenamente sua cidadania estando comprometido com as realidades regionais através dos
conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades
gerais. Compete ao Bacharel em Ciências Atmosféricas aplicar os conhecimentos
meteorológicos, visando:
 Desenvolver métodos e elaborar previsões do tempo;
 Elaborar diagnósticos e projeções climáticas;
 Elaborar estudos e relatórios de impacto ambiental;
 Diagnosticar a poluição do ar e prever a dispersão dos poluentes atmosféricos;
 Desenvolver e empregar técnicas de sensoriamento remoto para gerar informações
de interesses meteorológicos;
 Gerar e interpretar informações meteorológicas e climatológicas para finalidade
agrícola, turismo e lazer;
 Instalar e aferir instrumentos meteorológicos, gerenciar redes observacionais e
bancos de dados meteorológicos;
 Interpretar e modelar o acoplamento entre os ramos atmosférico e terrestre do ciclo
hidrológico e biogeoquímico;
 Interpretar e modelar as interações entre oceano/atmosfera e biosfera/atmosfera nas
diversas escalas de espaço e tempo;
 Contribuir no planejamento, execução e apoio das atividades de transporte aéreo,
marítimo e terrestre, objetivando a sua segurança e economia;
 Apoiar as atividades da Defesa Civil, principalmente as de caráter preventivo;
 Estimar índices de conforto ambiental;
 Exercer atividades de ensino e pesquisa em Meteorologia e suas aplicações ao Meio
Ambiente;
 Produzir e divulgar as informações meteorológicas nos meios de comunicações;
 Prestar consultoria, assessoria e emitir laudos técnicos em assuntos pertinentes à
Meteorologia.

A caracterização do Campo de atuação profissional do Bacharel em Ciências
Atmosféricas da Universidade Federal do Oeste do Pará embasa-se nas seguintes
Resoluções:
 Na Lei n. 6.835, de 14 de outubro de 1980, que trata da atuação e atribuições
profissionais do meteorologista.
 Na Resolução n. 1.010/2005, CONFEA, que dispõe sobre a regulamentação da
atribuição dos campos de atuação do profissional meteorologista.

O Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Atmosféricas da
Universidade Federal do Oeste do Pará, está baseado na proposta de um curso
diferenciado, por encontrar-se em uma região que possui um grande potencial de estudos
voltados ao desenvolvimento da Amazônia, com grandes diversidades de ecossistemas,
como a Floresta Tropical, de ambientes sócio-econômicas, ecológicos, étnicos e culturais,
envolvendo atividades em que docentes e discentes inserem-se no desenvolvimento de
ações para a aquisição de conhecimentos e habilidades necessárias ao desempenho de
atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica.
A busca dos saberes dar-se-á através dos componentes curriculares do Curso de
Ciências Atmosféricas, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais Resolução n°4 da
Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, de seis de agosto de
2008, tanto da área de Meteorologia como disciplinas de com enfoque interdisciplinares,
bem como a oferta de libras, cuja metodologia de ensino adotadas pelos professores na
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transmissão do conhecimento, aprendizagem dos alunos, avaliação sistemática e
continuada do aluno e inclusão educacional e social, estão em acordo com os instrumentos
de avaliação de cursos de graduação presencial e a distância do MEC
(INEP/Daes/Sinaes/MEC, 2015), assegurando a acessibilidade pedagógica, sem quaisquer
tipos barreiras e impedimentos de inclusão, de preconceitos, estigmas, estereótipos e
discriminações.
Durante as aulas ministradas pelos docentes do Curso de Bacharelado em Ciências
Atmosféricas da Universidade Federal do Oeste do Pará as salas de aula são equipadas com
projetores multimídia, telas de projeção, quadros magnéticos, notebooks, entre outros
equipamentos para auxílio no aprendizado dos discentes. A comunidade acadêmica possui
acesso à rede Wi-Fi em todos os endereços de oferta de cursos, existindo inclusive uma
rede para acesso exclusivo dos estudantes (rede acadêmica).
Desde o ano 2012, dispõe dos Sistemas SIG, que operam em diferentes âmbitos da
Instituição. Esses sistemas, atualmente, são muito difundidos entre as universidades, pois
contribuem para a operacionalização e a otimização de tarefas, além de fornecerem o
suporte necessário às práticas pedagógicas. Atualmente, a Ufopa conta com o Sistema
Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA).
Através do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas – SIGAA – o
estudante pode gerenciar seu processo de ensino-aprendizagem, tendo acesso às suas
informações cadastrais, histórico acadêmico, disciplinas matriculadas, rendimento
acadêmico, entre outros.
No contexto das ações pedagógicas, são inseridos trabalhos em grupo e utilização
de ferramentas como práticas de campo, aulas de laboratórios, instrumentação, consultas à
biblioteca e uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no processo de
ensino – aprendizagem disponível, como a internet e os meios eletrônicos de informática,
multimídia e de telecomunicações nas atividades acadêmicas.
De forma concomitante ao uso de TICs, o uso da biblioteca convencional, a leitura
de textos e publicações em revistas científicas (Revista Brasileira de Meteorologia, Acta
Amazônica, Nature, Journal of climate e outras) e uma avaliação crítica das metodologias
e técnicas adotadas em aulas teóricas e práticas. Também, atividades voltadas à promoção
da pesquisa científica, em várias áreas de estudo, na construção de novas propostas e
parcerias com grupos de pesquisa de outras instituições nacionais e internacionais, projetos
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desafiadores e avaliação crítica de resultados, visando a melhoria da aprendizagem, bem
como a qualidade e excelência profissional.
Também, no desenvolvimento de projetos de extensão, destinados a estudos em
prol da sociedade e das comunidades locais, assim como na troca de conhecimentos e
atividades extras-curriculares, como em empresas publicas ou privadas, a fim de
enriquecer a formação acadêmica, contribuindo para o crescimento profissional do
educando, com recursos humanos e instrumentais, com incentivoda Instituição na
construção e estruturação conjunta de distintos “espaços de aprendizagem”, tais como
laboratórios das áreas específicosde meteorologia, sítios de observação meteorológicas,
bibliotecas virtuais, salas de aula interativas e, essencialmente, um processo de autoavaliação,
tanto do corpo docente como discente.
Considerando a importância da pesquisa como um parâmetro de avaliação exigido
pelo MEC, atividades voltadas à pesquisa científica são promovidas, em várias áreas de
estudo, na construção de novas propostas, e parcerias com grupos de pesquisa de outras
instituições nacionais e internacionais, projetos desafiadores e avaliação crítica de
resultados, visando a melhoria da aprendizagem, bem como a qualidade e excelência
profissional. A valorização da pesquisa científica deve ser realizada a partir de bolsas de
Iniciação Científica, da organização de atividades e eventos diferenciados que incentivem a
criatividade e estimulam o diálogo, debates de opiniões e o aperfeiçoamento de forma
continuada. Assim, a prática de atividades em grupo, tais como seminários, debates e
discussões, deverão abranger não somente os discentes e docentes do curso, mas a UFOPA
como um todo, a fim de promover um exercício efetivo de cidadania aproximando a
comunidade acadêmica da sociedade.
Desta forma, o Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Atmosféricas visa
abranger fundamentos importantes e condizentes à proposta do institucional, contida no
PDI, assim como fomentar as proposta de fortalecimento de uma Universidade em
processo de crescimento, contribuindo para a qualidade na execução e desenvolvimento
dos processos de ensino-pesquisa e extensão.

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