Banca de DEFESA: MARIA JOSÉ CARVALHO DA CONCEIÇÃO MARINHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA JOSÉ CARVALHO DA CONCEIÇÃO MARINHO
DATA : 26/08/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Presencial
TÍTULO:

EPISTEMOLOGIAS INDÍGENAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: ESTUDO DE UM PRODUTO COLABORATIVO DIDÁTICO

PALAVRAS-CHAVES:

Epistemologias indígenas. Educação intercultural. Ensino superior. Materiais didáticos colaborativos. Ufopa. Amazônia.

 

PÁGINAS: 132
RESUMO:

Esta pesquisa investiga como materiais didáticos colaborativos podem refletir epistemologias
indígenas e contribuir para práticas pedagógicas interculturais no contexto amazônico. O
estudo analisa um produto educacional desenvolvido na Universidade Federal do Oeste do
Pará (Ufopa), instituição que abriga 21 povos indígenas e 11 línguas indígenas em seu corpo
discente. A metodologia fundamenta-se em princípios decoloniais e configura-se um estudo
de caso etnográfico, utilizando análise documental, entrevistas semiestruturadas, grupos
focais e observação participante. Os participantes incluem pesquisadores indígenas e não
indígenas, usuários do material e lideranças comunitárias. A análise examina processos
colaborativos de produção, representação da diversidade epistêmica, inovações pedagógicas e
impactos na comunidade acadêmica. Os resultados evidenciam que a construção colaborativa
com protagonismo indígena produz transformações qualitativas nas práticas pedagógicas
universitárias, confirmando que materiais desenvolvidos participativamente promovem
educação intercultural crítica. As principais contribuições incluem metodologias multilíngues,
integração de tecnologias digitais com tradições orais, implementação da pedagogia da
alternância no ensino superior e estratégias de avaliação intercultural. O material demonstrou
eficácia na redução de preconceitos, desenvolvimento de competências interculturais e
transformação curricular. Os desafios identificados relacionam-se à formação docente,
validação acadêmica, sustentabilidade tecnológica e ao enfrentamento ao racismo estrutural.
A experiência oferece contribuições significativas para a Década Internacional das Línguas
Indígenas (2022-2032) e evidencia que a diversidade cultural constitui recurso pedagógico
valioso. O estudo confirma a viabilidade da interculturalidade crítica como prática
educacional concreta, oferecendo direcionamentos para a transformação da educação superior
brasileira em direção à justiça epistêmica e democratização do conhecimento.

 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUCIVALDO SILVA DA COSTA - UNIFESSPA
Interna - 2381392 - MARILIA FERNANDA PEREIRA LEITE
Presidente - ***.350.032-** - REGINA CÉLIA FERNANDES CRUZ - NÃO INFORMADO