Banca de DEFESA: LUCIANE LASLE CORDEIRO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIANE LASLE CORDEIRO DA SILVA
DATA : 29/10/2025
HORA: 09:30
LOCAL: NTL - Sala 322 , Laboratório de Agrometereologia
TÍTULO:

CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO EM RÉPTEIS ESCAMADOS (Squamata) NO BAIXO AMAZO- NAS: UM ALERTA COM FOCO EM ANFISBENAS E SERPENTE.


PALAVRAS-CHAVES:

biomarcadores de exposição; metal pesado; répteis; saúde ambiental; vulnerabilidade ecológica.


PÁGINAS: 87
RESUMO:

O mercúrio (Hg) é um contaminante global de alta toxicidade, especialmente relevante na Amazônia devido a atividades de garimpo, mineração e processos naturais de ciclagem. Nos ecossistemas amazônicos, o Hg é convertido em metilmercúrio, altamente biodisponível e bioacumulativo, que representa riscos tanto para a vida selvagem quanto paras as populações humanas. Répteis, por sua longevidade e metabolismo lento, apresentam características que os tornam bioindicadores adequados. Este estudo avaliou a relação entre o comprimento rostro-cloacal (CRC) e a concentração de mercúrio total (HgT) em serpentes predadoras e anfisbenas fossoriais das cidades de Santarém e Juruti (Pará). Foram analisados tecidos de músculo, fígado, rim e gônadas de 33 serpentes (23 espécies) e 17 anfisbenas (3 espécies). As concentrações de HgT foram determinadas por análise direta (DMA-80) e expressas em µg/g (peso úmido). Os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk, e as correlações CRC vs. HgT foram avaliadas pelo coeficiente de Spearman (ρ). As análises foram realizadas em R (versão 4.5.1). O padrão de bioacumulação de Hg em répteis amazônicos varia conforme hábitos alimentares e localidade. As serpentes não apresentaram correlação significativa entre CRC e HgT, sugerindo um padrão de bioacumulação complexo ou diluído em sua dieta diversa. Em contraste, as anfisbenas mostraram sinais claros de bioacumulação progressiva (correlação positiva CRC vs. HgT). Esses achados demonstram que o padrão de bioacumulação de Hg em répteis amazônicos varia significativamente conforme o hábito alimentar e o nicho ecológico. A comparação entre táxons tão distintos reforça a necessidade de incluir diversos grupos de répteis nos programas de monitoramento e evidencia a complexidade da transferência de contaminantes em cadeias alimentares distintas. O estudo ressalta a importância de investigações futuras para identificar os fatores que governam a carga total de mercúrio em organismos que ocupam nichos ecoló- gicos contrastantes na Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1995892 - SIRIA LISANDRA DE BARCELOS RIBEIRO
Interno - 1684515 - JOACIR STOLARZ DE OLIVEIRA
Externa ao Programa - 2383596 - HELOISA DO NASCIMENTO DE MOURA MENESES - UFOPAExterno à Instituição - WILIAN VAZ SILVA - PUC GOI?S
Notícia cadastrada em: 28/10/2025 14:54
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