Banca de QUALIFICAÇÃO: AFONSO HENRIQUE MORAES OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AFONSO HENRIQUE MORAES OLIVEIRA
DATA : 15/07/2024
HORA: 15:00
LOCAL: UFOPA e remotamente
TÍTULO:

MONITORAMENTO DE MANEJO FLORESTAL NA AMAZÔNIA POR SENSORIAMENTO REMOTO: ESTRATÉGIAS, DESAFIOS E SOLUÇÕES INOVADORAS


PALAVRAS-CHAVES:

Extração seletiva, detecção de mudanças, sistema de monitoramento, manejo florestal, degradação florestal.  


PÁGINAS: 81
RESUMO:

O desmatamento por corte raso promove a remoção completa da vegetação, sendo o manejo florestal uma estratégia de extração seletiva de madeira em que as mudanças sob o dossel da floresta são minimizadas e muitas das vezes indetectáveis. A exploração inadequada e ilegal das florestas pode levar à degradação ambiental, perda de habitat e aumento das emissões de gases de efeito estufa. Entre as estratégias para avaliar se essas ações estão sendo realizadas em conformidade com o Código Florestal Brasileiro e as normativas socioambiental vigentes no país é necessário monitorar o processo. O processo é desafiador, pois implica na identificação se as áreas destinadas à preservação estão sendo mantidas e/ou se as áreas que permitem ações conservacionistas como o manejo florestal, possuem indicadores de gestão sustentável dos recursos naturais. O sensoriamento remoto tem evoluído na inclusão de novos sensores, bem como em termos de escala espaço-temporal, podendo auxiliar no monitoramento em diferentes setores como, por exemplo em áreas com planos de manejo. Objetivou-se avaliar o processo de exploração em unidade de manejo florestal para permitir a elaboração do fluxograma que alimenta o sistema de monitoramento por sensoriamento remoto, em áreas de concessão federal. O trabalho foi estruturado em capítulos, sendo que primeiramente (capítulo 1) fez-se uma revisão sistemática de literatura utilizando bases de dados para apontar o avanço do conhecimento na temática da exploração seletiva de madeira e degradação florestal na Amazônia com uso de sensoriamento remoto. Foram levantados dados disponíveis em dois repositórios (Scopus e Web of Science) e organizados em planilhas MS Excel e processados no R Studio ( Biblioteca Bibliometrix). Verificou-se que houve aumento significativo no número de publicações ao longo das últimas duas décadas, refletindo o crescente interesse e a importância do tema. Temas emergentes destacam o uso de tecnologias avançadas, como imagens de satélite de alta resolução espacial e temporal e aprendizado de máquina para detecção e monitoramento de áreas de exploração. Na sequência (capítulo 2), objetivou-se avaliar a dinâmica da exploração seletiva de madeira e a variabilidade espaço temporal da intensidade de exploração presente nos planos de manejo em uma área de concessão federal. Integrou-se dados de inventário florestal, elevação topográfica e imagens de satélite da constelação PlanetScope em um ambiente de sistema de informação geográfica (SIG) para identificar como a intensidade da exploração florestal pode variar ao longo de uma unidade de produção anual (UPA). Os resultados apontam que dentro de uma mesma UPA existe um gradiente de variação de intensidade de exploração, com zonas intensamente exploradas e zonas pouco exploradas. Observou-se que cerca de 75% das células ficaram abaixo de 30 m³ ha-¹, que é o volume máximo permitido por lei, no entanto outros 25% apresentaram exploração acima de 30 m³ ha-¹, ocorrendo em 2 células uma intensidade de exploração entre 90 e 105 m³ ha-¹. Esses resultados sugerem que mesmo estando em uma área submetida a exploração de impacto reduzido (EIA) altas intensidades de exploração provocam grandes distúrbios no dossel da floresta, podendo eventualmente ser interpretado como degradação florestal por sistemas de monitoramento atuais. Para subsidiar o desenvolvimento de um sistema de suporte ao monitoramento em planos de manejo florestal federal na Amazônia desenvolveu-se um fluxograma para o monitoramento em planos de manejo florestal federal na Amazônia (capítulo 3). A integração de dados de campo e sensoriamento remoto permitiu a criação de uma plataforma acessível para diferentes partes interessadas, incluindo governos, ONGs e comunidades locais, promovendo a transparência nas atividades de manejo florestal. O sistema fornece dados em tempo real e análises detalhadas que auxiliaram os gestores florestais e autoridades governamentais na tomada de decisões fundamentadas sobre intervenções necessárias para melhorar a sustentabilidade e conservação dos recursos florestais. A capacidade de monitoramento contínuo e em tempo real permite a identificação precoce de atividades ilegais e de degradação florestal, possibilitando ações proativas para mitigar danos. O sistema ajuda a garantir que os planos de manejo florestal cumpram os critérios de sustentabilidade, contribuindo para a preservação da biodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais. A plataforma facilita o envolvimento das comunidades locais no monitoramento e na gestão dos recursos florestais, fortalecendo a governança participativa e a responsabilidade ambiental. Esses resultados destacam a eficácia do sistema de suporte no aprimoramento das práticas de manejo florestal na Amazônia, demonstrando seu potencial como uma ferramenta essencial para a conservação e gestão sustentável das florestas tropicais.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ***.720.282-** - LUCIETA GUERREIRO MARTORANO - EMBRAPA
Interno - 1776327 - THIAGO ALMEIDA VIEIRA
Interno - 2143267 - JOSE MAX BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR
Externo à Instituição - LUIZ EDUARDO OLIVEIRA E CRUZ DE ARAGAO
Externo à Instituição - CARLOS TADEU DOS SANTOS DIAS - UFC
Notícia cadastrada em: 03/07/2024 16:22
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