Banca de DEFESA: AFONSO HENRIQUE MORAES OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AFONSO HENRIQUE MORAES OLIVEIRA
DATA : 20/12/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Câmara de Belterra e Remotamente
TÍTULO:

MONITORAMENTO DO MANEJO FLORESTAL NA AMAZÔNIA: ESTRATÉGIAS, DESAFIOS, E TECNOLOGIAS AVANÇADAS  EM SENSORIAMENTO REMOTO


PALAVRAS-CHAVES:

Extração seletiva, detecção de mudanças, sistema de monitoramento, manejo florestal, degradação florestal, distúrbio florestal.


PÁGINAS: 103
RESUMO:

A floresta amazônica é um dos ecossistemas mais biodiversos e essenciais do planeta, desempenhando um papel chave na regulação climática global e no fornecimento de serviços ecossistêmicos. No entanto, a crescente pressão humana, por meio de atividades como desmatamento e degradação florestal, tem causado impactos significativos em sua estrutura e funcionamento. A degradação florestal e os distúrbios florestais são processos distintos, mas frequentemente confundidos, dificultando sua definição e monitoramento. A degradação florestal caracteriza-se por intervenções repetitivas que causam uma redução significativa nos serviços ecossistêmicos ao longo do tempo, muitas vezes associada a incêndios, extração ilegal de madeira e efeitos de borda. Já os distúrbios florestais referem-se a eventos localizados e abruptos, como quedas de árvores, tempestades e extração seletiva legal, que não necessariamente resultam em degradação de longo prazo. Embora ambos os fenômenos tenham intensidades e escalas variadas, ainda há poucos estudos sistemáticos que os diferenciem. No Capítulo 1 deste trabalho foram analisados 80 artigos científicos que investigam os impactos antrópicos nas florestas amazônicas utilizando sensoriamento remoto, evidenciando uma concentração de pesquisas no "arco do desmatamento". Apesar de avanços metodológicos, há uma lacuna no monitoramento de áreas menos estudadas, como a Amazônia central e ocidental, apontando para a necessidade de ferramentas mais avançadas e diferenciadas, especialmente no contexto do manejo florestal sustentável (MFS). Neste cenário, no Capítulo 2 foi realizado um estudo na Floresta Nacional de Saracá-Taquera para avaliar como a intensidade de corte afeta o estoque volumétrico, a abundância de espécies comerciais e a cobertura florestal, considerando a heterogeneidade espaço-temporal. Dados de inventário florestal, elevação e imagens PlanetScope foram integrados em um sistema de informação geográfica, com análises estruturadas em células de 1 hectare para períodos antes, durante e após a exploração seletiva (t0, t1 e t2). O algoritmo k-means foi aplicado para classificar a heterogeneidade em quatro clusters. Os resultados mostraram que áreas com maiores estoques comerciais estavam distantes de corpos d'água e que a exploração concentrou-se em poucas árvores por hectare, intensificando-se em áreas com maiores volumes de madeira. Esses achados destacam a importância de considerar a distribuição espacial no planejamento do manejo florestal. No Capítulo 3, foi proposta a integração de dados LiDAR e imagens PlanetScope para melhorar a detecção de distúrbios florestais causados pela extração seletiva em áreas de MFS. O LiDAR detectou 15,48% da área total impactada, enquanto o PlanetScope identificou 13,69%, demonstrando que o LiDAR tem maior sensibilidade a alterações sutis, como clareiras menores que 0,2 hectare. No entanto, o PlanetScope foi mais eficaz que sistemas como DETER e SAD na identificação de clareiras menores que 1 hectare. Apesar dessas diferenças, ambos os métodos são complementares e oferecem dados precisos para o monitoramento. A integração das duas tecnologias mostrou-se essencial para detectar padrões de impacto, fortalecer o manejo sustentável e embasar políticas públicas na região. Este estudo reforça a necessidade de aprimorar ferramentas de monitoramento e expandir as análises para regiões sub-representadas da Amazônia. A integração de tecnologias avançadas com estratégias adaptativas, que considerem a heterogeneidade florestal, é fundamental para equilibrar a exploração econômica com a conservação ambiental. Essas iniciativas são cruciais para promover o manejo sustentável e desenvolver políticas mais eficazes para a proteção dos recursos florestais na Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ***.720.282-** - LUCIETA GUERREIRO MARTORANO - EMBRAPA
Interno - 1776327 - THIAGO ALMEIDA VIEIRA
Interno - 1549120 - RODRIGO DA SILVA
Externo à Instituição - LEONARDO PEQUENO REIS - UFRA
Externo à Instituição - ERALDO APARECIDO TRONDOLI MATRICARDI - UnB
Externo à Instituição - EDSON JOSE VIDAL DA SILVA - USP
Notícia cadastrada em: 10/12/2024 11:13
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