Banca de DEFESA: JANDRIA GABRIELA VIEIRA GUSMÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANDRIA GABRIELA VIEIRA GUSMÃO
DATA : 10/01/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:

DIVERSIDADE MICROBIANA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATO DE PRÓPOLIS DE TRÊS ESPÉCIES DE ABELHAS SEM FERRÃO DO OESTE DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Antagonismo. Propriedades antimicrobianas. Própolis de abelhas sem ferrão. Diversidade microbiana. Compostos naturais. 


PÁGINAS: 91
RESUMO:

A Floresta Amazônica, com sua vasta riqueza biológica, representa uma fonte valiosa de compostos naturais promissores para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Diante do avanço da resistência bacteriana aos antibióticos convencionais, cresce a necessidade de alternativas eficazes para o tratamento de infecções. A própolis, amplamente utilizada em práticas medicinais tradicionais, possui uma complexa composição química que a destaca como uma possível fonte de novos agentes antimicrobianos. Este estudo objetivou caracterizar a microbiota e avaliar o potencial antimicrobiano da própolis de diferentes espécies de abelhas sem ferrão do oeste do Pará, especialmente Trigona pallens, Tetragona clavipes e Scaptotrigona depilis. A metodologia incluiu a coleta e o preparo das amostras de própolis, seguida do isolamento e identificação de bactérias e fungos por meio de cultivos específicos. A identificação das cepas bacterianas foi realizada com base em testes bioquímicos e coloração de Gram, enquanto os fungos filamentosos foram identificados através de análises macro e microscópicas. Para avaliar o efeito antimicrobiano, foram conduzidos testes de antagonismo e a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e da Concentração Bactericida Mínima (CBM), conforme as normas do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Os resultados revelaram uma microbiota diversa na própolis, com destaque para os gêneros Corynebacterium e Bacillus, que demonstraram significativa atividade antagonista contra patógenos como Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. Observou-se que os extratos de própolis apresentaram elevada eficácia antimicrobiana, com variações conforme a espécie de abelha e a concentração do extrato, sendo a concentração de 50% a mais eficaz contra S. aureus e E. coli, enquanto P. aeruginosa apresentou maior resistência. Além disso, os fungos filamentosos isolados, dos gêneros Fusarium e Conidiobolus, exibiram atividade antagonista, sugerindo a presença de metabólitos secundários com propriedades antimicrobianas. A análise estatística apontou diferenças significativas entre os tratamentos, destacando o potencial antimicrobiano da própolis como fonte natural de novos compostos contra infecções resistentes. A conclusão do estudo reforça o potencial biotecnológico da própolis de abelhas sem ferrão, apontando-a como uma fonte viável para novos compostos antimicrobianos. A diversidade microbiana encontrada nas amostras de própolis não apenas corrobora sua eficácia contra patógenos, como também destaca a importância de estudos que explorem as influências regionais e ambientais sobre a composição química e atividade biológica da própolis. Esses achados sublinham o papel essencial das abelhas na conservação da biodiversidade amazônica e indicam que a própolis pode oferecer soluções inovadoras e sustentáveis para o combate à resistência antimicrobiana, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de novos tratamentos e terapias.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2391001 - DAVIA MARCIANA TALGATTI
Presidente - 1334145 - GRACIENE DO SOCORRO TAVEIRA FERNANDES
Externa à Instituição - OSCARINA VIANA DE SOUSA - UFC
Externa à Instituição - PATRICIA FAGUNDES DA COSTA - UFPA
Notícia cadastrada em: 09/01/2025 11:16
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