Banca de DEFESA: CLAUDIA LUANA DOS SANTOS BRANDÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLAUDIA LUANA DOS SANTOS BRANDÃO
DATA : 15/07/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do NTB
TÍTULO:

ASPECTOS BIOFÍSICOS E DE CICLO DO CARBONO EM DIFERENTES BIOMAS TROPICAIS


PALAVRAS-CHAVES:

Biomas Tropicais, Eddy Covariance, Fluxo de Carbono, Balanço de Energia.


PÁGINAS: 68
RESUMO:

Este estudo analisou, de forma integrada, os fluxos de energia, as taxas de evapotranspiração (ET) e os parâmetros biofísicos em diferentes biomas tropicais, por meio de medições com a técnica de covariância de vórtices turbulentos (Eddy Covariance). O objetivo foi avaliar como esses ecossistemas respondem às mudanças climáticas e às variações sazonais. Os períodos de observação foram: Amazônia (2009 - 2011), Caatinga (2014 - 2015), Cerrado (2004 - 2006) e Pantanal (2015 - 2016). Os resultados indicaram que os fluxos de carbono nos ecossistemas tropicais brasileiros são fortemente influenciados pela sazonalidade climática, disponibilidade hídrica e pelas características estruturais de cada bioma. Na Amazônia, a temperatura média do ar (Ta) foi de 25 °C e a precipitação média anual foi de 2.221 mm, com ET de 3 mm dia⁻¹ e produção primária bruta (GPP) de 5,0 gC m⁻² dia⁻¹. A floresta manteve-se como sumidouro de carbono mesmo durante a seca, com eficiência no uso da água (WUE) de 2,1 gC kg⁻¹ H₂O. No Cerrado, a Ta variou entre 25 °C e 30 °C, com precipitação anual de 1.668 mm. A ET alcançou valores máximos de 5,3 mm dia⁻¹ na estação chuvosa, e a GPP foi a mais elevada entre os biomas, com média de 5,55 gC m⁻² dia⁻¹, caracterizando-se como sumidouro ao longo do ano. O Pantanal apresentou precipitação de 1.381 mm, ET média de 2,8 mm dia⁻¹ e GPP de 3,51 gC m⁻² dia⁻¹, com alternância entre sequestro e emissão de carbono, conforme o regime hidrológico. A Caatinga teve as temperaturas mais elevadas (cerca de 30 °C), com os menores valores de ET (0,25 mm dia⁻¹), GPP (1,93 gC m⁻² dia⁻¹) e precipitação anual (537 mm). Atuou predominantemente como fonte de carbono, especialmente durante a estação seca, em razão ao estresse hídrico e da baixa cobertura vegetal. Os biomas com maior disponibilidade hídrica, como a Amazônia e o Cerrado, apresentaram maior eficiência no sequestro de carbono por unidade de água transpirada (WUE). Já a Caatinga e o Pantanal, mais sujeitos à variabilidade hídrica, apresentaram menor WUE, especialmente nos períodos secos. Os resultados reforçam que, diante das mudanças climáticas, o comportamento desses ecossistemas tende a se modificar, o que pode comprometer seu papel como sumidouros de carbono. Assim, o monitoramento contínuo por meio de torres micrometeorológicas e o uso da técnica de Eddy Covariance mostram-se essenciais para entender e mitigar os impactos ambientais sobre esses biomas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2139678 - GABRIEL BRITO COSTA
Interno - 2280178 - TULIO SILVA LARA
Externo ao Programa - 2161642 - RAFAEL RODE - UFOPAExterno à Instituição - RONIE SILVA JUVANHOL - UFPI
Notícia cadastrada em: 07/07/2025 18:53
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