A inclusão do aluno com TEA na Educação escolar: um panorama da produção bibliográfica sobre este fenômeno
Educação; Educação escolar; Inclusão; TEA.
O processo de inclusão escolar de alunos com alguma deficiência ou transtorno mental é um tema que vem sendo discutido com mais frequência nos últimos anos. Por meio das leis e políticas públicas houve um aumento considerável deste público nas escolas de ensino regular, especialmente, crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista. Desse modo muitos estudiosos começaram a realizar pesquisas sobre a questão da inclusão deste aluno na escola considerando diversos atores e visões como os professores e suas práticas pedagógicas, a gestão escolar, a família, entre outros temas. Diante disto, este trabalho tem como objetivo geral compreender como os autores das pesquisas produzidas nos programas nacionais de Pós-graduação em Educação percebem a inclusão dos alunos com TEA na educação escolar. Para isso a presente investigação compõe-se de uma pesquisa bibliográfica, sendo realizada por meio de uma revisão sistemática de literatura, de característica descritiva de cunho qualitativo, com método fenomenológico. Por se tratar de um estudo com foco nos programas de Pós-graduação em Educação, as produções selecionadas foram teses e dissertações por meio das bases de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e pelo Portal Periódicos CAPES. Os descritores utilizados para as bases de dados consideraram a associação da palavra Autismo com as palavras: Inclusão, Educação, Corporeidade e Corpo e a combinação de Transtorno do Espectro Autista com as palavras: Inclusão, Educação, Corporeidade e Corpo. Obteve-se como resultado 59 trabalhos, para tanto, foi realizado o agrupamento dos trabalhos por categorias, sendo 7 identificadas. Como resultados parciais nota-se que a perspectiva da inclusão escolar com alunos com TEA tem demandado novos olhares e novos caminhos para realizar de fato uma inclusão que possa possibilitar o melhor desenvolvimento para essas pessoas. Giardinetto (2009) relata que a educação é um dos tratamentos considerados mais eficazes para as pessoas com TEA o que provoca o aumento e a procura pela inclusão deste público nas instituições escolares. Nota-se a latente preocupação com a não conformação diante do atual cenário de inclusão, pois, apesar de existirem leis que amparam os alunos com TEA, na realidade, ainda se constata pouca aplicabilidade nas práticas educacionais inclusivas. Portanto, faz-se necessário que todos os níveis e etapas do processo educacional possuam, desenvolvam e proponham, estrutura acadêmica, metodologias, formação adequada, capacitação, dispondo de recursos físicos, institucionais, humanos, financeiros e de políticas públicas que atendam ao aluno com TEA.