Contribuições dos banhos de natureza para o desenvolvimento de crianças autistas em atendimento psicoterápico
crianças neuroatípicas; contato com a natureza, desenvolvimento infantil
A superexposição ao mundo online e a facilidade ao acesso à tecnologias estão cada vez mais presentes na realidade infantil, afastando as crianças das brincadeiras ao ar livre, e privando-as do contato direto com a natureza, dando-lhes poucas oportunidades de explorar o meio ambiente e seus inúmeros benefícios. Essa privação pode comprometer o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças. O conceito de "banho de floresta" (Shinrin-Yoku) tem sido amplamente treinado como uma prática que promove bem-estar e desenvolvimento, especialmente para crianças neuroatípicas. Nesse sentido, apresentar as crianças à diversidade da natureza, desde animais singulares a diferentes cenários e climas, pode incentivá-las a construir uma admiração pelo mundo que as cerca e ajudá-las a entender seu lugar nele. Para que a criança tenha um desenvolvimento dentro do esperado, ela necessita ter diversidade de estímulos, de experiências, de aprendizados, de relações, de opções e possibilidades. Este estudo tem como objetivo principal analisar as contribuições do banho de natureza para o desenvolvimento de crianças autistas no contexto psicoterapêutico em um ambiente natural previamente selecionado. Especificamente, busca-se compreender os impactos dessa prática no desenvolvimento sensorial, emocional e social, além de identificar estratégias que possam potencializar seus benefícios. Serão utilizados métodos qualitativos e quantitativos, incluindo observação sistemática, entrevistas com responsáveis e aplicação de escalas de desenvolvimento. Os dados serão analisados a partir de técnicas de análise de conteúdo e estatística descritiva. Espera-se que os resultados evidenciem melhorias nos aspectos sensoriais, sociais e emocionais das crianças, reforçando a importância da natureza como um ambiente terapêutico. Além disso, pretendemos contribuir para a construção de diretrizes que favoreçam a integração da natureza no tratamento psicoterapêutico de crianças autistas.