Banca de QUALIFICAÇÃO: EDIVAN TAVARES DE SOUZA JUNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDIVAN TAVARES DE SOUZA JUNIOR
DATA : 15/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém-PA
TÍTULO:

COMUNIDADE DE DIATOMÁCEAS PERIFÍTICAS ASSOCIADAS A BANCO DE MACRÓFITAS NO BAIXO AMAZONAS


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia; Mudanças climáticas; Perifíton.


PÁGINAS: 20
RESUMO:

Macrófitas são plantas que colonizam a região litorânea de ambientes aquáticos lênticos e lóticos, podendo estar total, parcialmente submersas ou flutuantes no meio aquático. São importantes, pois viabilizam a sobrevivência de uma extensa variedade de organismos, disponibilizando alimento, refúgio e local para procriação para diversas espécies de organismos aquáticos. Esta vegetação também serve de substrato para o estabelecimento do perifíton, que engloba uma comunidade de microrganismos adaptados à vida séssil, e que se adere a diferentes tipos de substratos submersos. A modificação da biomassa perifitica está ligada à disponibilidade de nutrientes na água e à influência de outras comunidades presentes no local. Os estudos envolvendo as espécies de macrófitas em ambientes aquáticos são importantes para apontar, por exemplo locais antropizados, pois estas comunidades apresentam alta sensibilidade às mudanças ambientais. As diatomáceas (Bacillariophyta) são os principais representantes nas comunidades perifíticas em ambientes aquáticos dulcícolas, são sensíveis às mudanças ambientais dos locais, com modificação na abundância das espécies, riqueza e diversidade.  Neste estudo buscamos analisar a importância das variáveis limnológicas nas variações das comunidades perifíticas de diatomáceas encontradas em macrófitas típicas de rios da região do Baixo Amazonas, no Oeste do Pará. Em campo, no dia da coleta as macrófitas foram coletadas em três pontos em cada rio (Rio Tapajós, Rio Arapiuns e Rio Amazonas) nos períodos de seca regular e seca extrema, após foram raspadas com escova de dente e o material foi diluído em 100 ml de água destilada. Posteriormente, as amostras foram fixadas com Formaldeído (4%) e em laboratório, o material foi oxidado (com Peróxido de Hidrogênio). Parte do material oxidado foi utilizado na montagem de lâminas permanentes (com utilização de resina Naphrax). A análise destas lâminas foi realizada em microscópio óptico microscópio óptico (Zeiss Axio A1) com câmera Zeiss acoplada do Laboratório Interdisciplinar da Ufopa- Campus Oriximiná (LAPAM). A contagem das diatomáceas ocorreu em lâminas permanentes, onde foram contadas 400 valvas por lâmina, 3 lâminas para cada ponto de amostragem. As variáveis ambientais da água avaliadas foram: Transparência, pH, OD, Condutividade e Temperatura. Foram contadas um total de 2.419 valvas de diatomáceas. A Riqueza de espécies, obtida da somatória do quantitativo de espécies dos três pontos, no período de seca regular, no ano de 2022 foi de 77 táxons, enquanto no período de seca extrema ocorrida no ano de 2023 foram registrados 69 táxons. O oxigênio dissolvido foi menor no período de seca extrema (OD= 4,8 mg/L), quando comparado com o de seca regular (OD=7 mg/L). A média da temperatura foi maior no período de seca extrema (31°C), enquanto na seca regular foi de 28°C. A média da transparência da água também foi menor no período de seca extrema (=0,67 m), enquanto no período de seca regular foi 1,32 m. Da mesma forma ocorreu com a média da condutividade elétrica. Os gêneros abundantes na seca regular, foram: Eunotia Ehrenberg com (20%), seguido de Gomphonema Eherenberg (18,3%), Surirella Turpin (7,3%), Encyonema Kützing (7,2%), Pinnularia Ehrenberg (6,6) e Fragilaria Lyngbye (3,3%), enquanto na seca extrema os gêneros abundantes foram: Encyonema Kützing (11.4%), Fragilaria Lyngbye (10,7%), Eunotia Ehrenberg (10.6%), Gomphonema Eherenberg (10,4%), Aulacoseira Thwaites (8,5%) e Pinnularia Ehrenberg (6,8%). Ocorreram mudanças na composição de gêneros e espécies, quando comparou-se os dois períodos. Devido ao aquecimento global, estes eventos extremos podem se tornar mais frequentes e cada vez mais severos, o que torna a ampliação do conhecimento sobre esses efeitos de suma importância para o entendimento da dinâmica das comunidades aquáticas frente ao novo cenário climático mundial.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIELA ALVES DE SANTANA - UFPA
Interno - 2143267 - JOSE MAX BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR
Presidente - 1844173 - SHEYLA REGINA MARQUES COUCEIRO
Notícia cadastrada em: 05/08/2024 08:53
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