ESPÉCIES DE THIELAVIOPSIS EM PALMEIRAS SELVAGENS E CULTIVADA
Ceratocystidaceae. Análise filogenética. Bactris gassipaes. Complexo Thielaviopsis paradoxa. Podridão pós-colheita.
Com o intuito de contribuir para o conhecimento dos fungos fitopatogênicos que estão associados às palmeiras selvagens e cultivadas que hospedam estes organismos, destacamos as espécies ou linhagens filogenéticas de fungos pertencentes à família Ceratocystiaceae, os quais onde estes causam doenças em palmeiras. Os fungos que induzem podridão em frutos e resinose em palmeiras compreendem correspondem às espécies do complexo Thielaviopsis paradoxa. Esta pesquisa tem como objetivos elucidar quais espécies de Thielaviopsis que se encontram associadas em espécies de palmeiras nativas e se estas espécies são patogênicas em espécies cultivadas. Esta dissertação resulta em dois capítulos com a realização dessa pesquisa. No capítulo I apresentados, amostras de frutos de espécies de palmeiras nativas com sintomas de podridão que foram coletadas nos estados do Pará e Piauí. Os isolados de Thielaviopsis obtidos de quatro espécies distintas de Arecaceae foram caracterizados com o uso do conceito de espécie morfológica e filogenética. A partir de análises filogenéticas, os isolados foram identificados como Thielaviopsisethacetica e Thielaviopsis cerberus. Todos os isolados induziram sintomas de podridão negra em frutos de Cocos nucifera, Ananas comosus, e em colmos de Saccharum oficcinarum. Este estudo registra a ocorrência de T. cerberus no Brasil. O fato de ambas as espécies serem patógenos em espécies cultivadas, poderá ser uma ameaça para cultivos agrícolas. No capitulo II, a pesquisa teve como objetivo revelar o agente etiológico da podridão negra em frutos de pupunha. Frutos com sinais do fungo foram coletados, de onde obtivemos cinco isolados. Inicialmente, culturas monospóricas foram obtidas e, em seguida, realizamos a identificação morfológica e filogenética. Análises microscópicas revelaram conídios primários, secundários e aleuroconídios. Baseado em análises filogenéticas das regiões gênicas ITS e TEF-1α, os isolados foram identificados como Thielaviopsis ethacetica. Todos os isolados induziram sintomas de podridão negra em frutos de pupunha das variedades amarela e vermelha. Este é o primeiro registro de T. ethacetica causando podridão negra em frutos de pupunha no Brasil.