Banca de DEFESA: SAMÁRIA LETÍCIA CARVALHO SILVA ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SAMÁRIA LETÍCIA CARVALHO SILVA ROCHA
DATA : 08/04/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Ambiente Virtual (Remoto)
TÍTULO:

VULNERABILIDADE À PERDA DE SOLO PELO PROCESSO EROSIVO HÍDRICO NAS ÁREAS RURAIS DO MUNICÍPIO DE RURÓPOLIS, PARÁ

PALAVRAS-CHAVES:

Rural area. Erosion. Erosivity. Fragility. Vulnerability. Geoprocessing.

PÁGINAS: 90
RESUMO:

A erosão é uma das principais ameaças à degradação do solo, à segurança alimentar, hídrica e energética. No meio rural, tem causado preocupação em virtude das perdas de solo, água, nutrientes, redução da produtividade agrícola e degradação de pastagens pela formação de sulcos, voçorocas e assoreamento de corpos hídricos. Analisar a vulnerabilidade dos solos aos processos erosivos na zona rural do município de Rurópolis, Pará. A pesquisa foi dividida em dois capítulos, contendo a caracterização da área de estudo e a aplicação de três metodologias distintas para avaliar a sensibilidade às perdas de solo pela erosão hídrica em áreas rurais do município. O primeiro apresentou a caracterização física e ambiental da área de estudo, utilizando informações obtidas a partir do levantamento de dados primários e secundários com uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamento de campo. O segundo objetivou identificar as áreas frágeis e vulneráveis à erosão hídrica do solo em áreas rurais do município de Rurópolis, Pará. Foram utilizadas três metodologias distintas: a primeira utilizou-se o fator R da equação universal de perdas de solo, a segunda, a metodologia da fragilidade potencial e emergente e a terceira foi sobre a suscetibilidade e vulnerabilidade dos solos à erosão hídrica, com recorte territorial para a área estudada, utilizando dados públicos gerados por pesquisadores da Embrapa Solos. Observou-se que cerca de 75% da área municipal é coberta por florestas e em 25% dos solos predomina o uso agropecuário. Em relação à erosividade mensal e anual, o município foi classificado nas classes alta e muito alta, indicando o elevado potencial erosivo das chuvas em provocar perdas de solo pela erosão. Sobre a fragilidade potencial que considera as características físicas, sobressaíram as classes de fraca (46%) e média fragilidade (35%). Ao analisar a fragilidade emergente que considera a cobertura e uso do solo, notou-se que o domínio das classes muito fraca e fraca, somando 90% da área estudada, resultado que confirma a cobertura da floresta em mais de 70% da extensão territorial, atuando como mitigadora do efeito erosivo das chuvas. Os resultados evidenciaram que a classe de média e alta suscetibilidade à perda de solo foram as mais expressivas em extensão territorial, contabilizando-se para cada classe cerca de 38,81% e 32%, respectivamente. Constatou-se que a classe de vulnerabilidade à perda de solo pela erosão hídrica mais expressiva em extensão territorial foi a média com 3.493,65 km², cobrindo aproximadamente 50% da área de estudo. Em campo, observou-se em áreas de pastagens com solo exposto, o desenvolvimento de erosão em sulcos e deposição de sedimentos, indicando sinais de assoreamento de igarapés nas estradas vicinais. Dessa forma, apesar do município possuir menos de 30% de sua área ocupada por agropecuária é fundamental reconhecer locais mais sensíveis ao processo erosivo, para mitigar futuros passivos ambientais causado pelo mau uso do solo. Umas das dificuldades verificadas para pesquisa na temática erosão na Amazônia é a baixa cobertura meteorológica que reflete em poucos estudos relacionados ao potencial erosivo das chuvas em uma região brasileira onde a erosividade é a mais expressiva.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1019070 - LEONIDAS LUIZ VOLCATO DESCOVI FILHO
Interno - 1776327 - THIAGO ALMEIDA VIEIRA
Externo à Instituição - LUIS EDUARDO DE SOUZA ROBAINA - UFSM
Externo à Instituição - FRANÇOIS LAURENT