Banca de DEFESA: ANDREZA BARBOSA TRINDADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDREZA BARBOSA TRINDADE
DATA : 07/07/2023
HORA: 09:00
LOCAL: BMT 1 TAPAJóS SALA 305
TÍTULO:

Água de Beber e Água de Banhar: Estudo Socioambiental sobre Gênero e Insegurança Hídrica Domiciliar na Várzea do Baixo Amazonas


PALAVRAS-CHAVES:

Água e Gênero, Inacessibilidade Social da Água na Amazônia, Água como
bem comum; Gestão das águas


PÁGINAS: 117
RESUMO:

A presente pesquisa investigou gênero e a insegurança hídrica domiciliar na região do Baixo Amazonas, considerando as situações de privações em torno do acesso, gestão e abastecimento de água.  Estudou-se o gênero enquanto categoria analítica, relacional, e neste estudo mulheres e meninas são as principais afetadas em seu contexto socioambiental, cultural e histórico, por estarem socialmente responsabilizadas pelos afazeres e cuidados domésticos, na produção e reprodução da vida cotidiana,  cujo acesso e gestão domiciliar da água são essenciais. Atentamos para essa problemática, a partir de uma relação paradoxal na Amazônia brasileira: o da abundância in natura de água versus a escassez nas residências, bem como a má qualidade disponibilizada. Verificou-se que as relações e hábitos em torno do consumo de água afetam diretamente o cotidiano, como o trato domiciliar, as formas de obtenção e armazenamento, a possível indisponibilidade, as dificuldades de acesso, o comprometimento dos mananciais de abastecimento, as cheias, vazantes, as possíveis doenças de veiculação hídrica, as formas e condições de armazenamento, bem como as problemáticas em decorrência do consumo humano de água sem condições de potabilidade adequada e fora dos padrões assegurados por lei. Embora as mulheres sejam as maiores afetadas, são invisibilizadas enquanto sujeitos sociais. Para a ONU, a inacessibilidade social à água potável, viola um direito humano essencial, fundamental e universal indispensável ao bem-estar, qualidade de vida e dignidade. A identificação e caracterização da insegurança hídrica, bem como a gestão domiciliar da água na região Amazônica fomentam o debate sobre políticas públicas numa perspectiva de gênero. Por meio da aplicação da escala de insegurança hídrica domiciliar, verificou-se a situação das mulheres nos agregados familiares no ambiente de várzea da Amazônia Paraense. Através das 12 variáveis considerando as quatro últimas semanas. Verificou-se a frequência em que houve preocupação, interrupção ou impedimentos para lavagem de roupas, lavagem das mãos e banho.  Avaliou-se mudanças no planejamento diário em razão da interrupção ou ausência de água, mudanças ou impedimento no preparo dos alimentos. As demais variáveis verificadas a nível domiciliar referem-se ao stress percebido (vergonha, raiva ou irritação) em relação às formas de obtenção, gestão doméstica e armazenamento da água que consomem, a disponibilidade de água para beber a partir da preferência das mulheres que compunham os agregados familiares.    


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1963407 - RUBENS ELIAS DUARTE NOGUEIRA
Externa ao Programa - 2142577 - AMANDA ESTEFANIA DE MELO FERREIRA - UFOPAExterna ao Programa - 1795814 - IZAURA CRISTINA NUNES PEREIRA COSTA - UFOPAExterna à Instituição - VANESSA LUCENA EMPINOTTI - UFABC
Externa à Instituição - PAULA ALVES TOMAZ - UFC
Notícia cadastrada em: 21/06/2023 10:11
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