AVALIAÇÃO NEUROCOMPORTAMENTAL E HISTOPATOLÓGICA DE CAMUNDONGOS EXPOSTOS AO TRATAMENTO SUBCRÔNICO COM NANOEMULSÃO CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE P. elongata KUNTH (VERBENACEAE).
PPectis elongata, óleo essencial, nanoemulsão, neurocomportamento, neurotoxicidade, histopatologia.
No presente estudo, nosso objetivo foi avaliar se o óleo essencial de Pectis elongata (OEPe) nanoestruturado, administrado em doses sub-crônicas (50, 10, 5 e 2,5 mg kg-1 – v.o.), é capaz de promover alterações neurocomportamentais e/ou histopatológicas, em modelo experimental in vivo. As análises levaram em consideração sinais clínicos de toxicidade, tais como: parâmetros comportamentais (screening hipocrático), fisiológicos (avaliação ponderal); bem como alterações sobre as funções motora e cognitiva de camundongos. Estas últimas avaliadas por meio dos testes do campo aberto, labirinto em Y, labirinto aquático de Morris, labirinto em cruz elevado, barra giratória (Rotarod), suspensão pela cauda e caixa claro/escuro. Em adição, análises histopatológicos foram realizada para detectar possíveis alterações sobre a morfologia de células do Sistema Nervoso Central (SNC). Nesta fase, analisamos os seguintes parâmetros: necrose tecidual, alterações neurodegenerativas ou sinais de inflamação. Como resultados, não foram observados quaisquer sinais de alteração nos parâmetros comportamentais analisados. Por outro lado, em relação à avaliação ponderal, na maior dose avaliada, a nanoemulsão foi capaz de reduzir o peso corpóreo dos animais, embora tal redução não esteja associada à ingestão de alimentos, uma vez que em relação ao consumo de água e ração, todos os grupos mostraram comportamento semelhante ao controle. Após avaliação dos testes neurocomportamentais, verificamos que o OEPe nanoestruturado não comprometeu a atividade motora ou funções cognitivas de animais de experimentação. Da mesma forma, não foram observadas alterações macroscópicas no cérebro dos animais de experimentação, assim como nenhuma lesão histopatológica significativa foi observada no tecido cerebral, indicando que o tratamento sub-crônico com OEPe nanoestruturado, administrado via oral, em doses subcrônicas, não representa risco de toxicidade ao SNC.