Banca de DEFESA: AMASA FERREIRA CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMASA FERREIRA CARVALHO
DATA: 12/06/2017
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 04 - Prédio PROPPIT
TÍTULO: “VILA DE MULHER SӔ: O TRABALHO INVISÍVEL DAS MULHERES DOS BALATEIROS DE MONTE ALEGRE
PALAVRAS-CHAVES: Mulheres. Trabalho. Sociedade camponesas. Balata. Monte Alegre - Pará.
PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: A pesquisa que deu origem a este trabalho foi desenvolvida entre 2015 e 2017, e baseou-se em narrativas de mulheres casadas com balateiros (extrativistas da balata) residentes na comunidade de Cuçaru, no município de Monte Alegre/PA. Seu objetivo foi o de compreender, do ponto de vista das mulheres, como as formas de organização e divisão do trabalho familiar contribuíam para a continuidade do extrativismo de balata sustentado no sistema de aviamento entre as décadas de 1930 a 1970, que corresponderam ao auge da extração e da comercialização de balata no oeste do Pará. Nesta pesquisa pretendeu-se verificar de que maneira as atividades produtivas desenvolvidas no próprio local de moradia da família ou no seu entorno, frequentemente desconsideradas nos estudos sobre as práticas sociais e trocas econômicas articuladas em torno da balata, importaram na sustentação desse extrativismo regulado pelo sistema de aviamento que predominou na economia de inúmeras comunidades amazônicas. O interesse nos relatos das mulheres repousou, também, em outro aspecto que é, em geral, negligenciado nas pesquisas sobre o extrativismo de balata: o trabalho feminino. Esta pesquisa dialoga com estudos sobre a organização familiar do trabalho em sociedades camponesas, que compõem um vasto campo de investigação nas ciências que focam o mundo rural. Dialoga, também, com pesquisas sobre as relações de trabalho nos balatais da Amazônia, onde o papel da mulher tende a ser invisibilizado. Como conclusão, sustenta que as mulheres tinham um papel muito importante na organização e na divisão do trabalho, bem como nos arranjos e nas trocas sociais vivenciadas em Cuçaru, que garantiam a sobrevivência das famílias no período de extração da balata. Entre os arranjos sociais enfocados, sobressaíram a cooperação e a ajuda mútua entre vizinhos e familiares no cotidiano das mulheres dos balateiros, em cuja ausência respondiam pela organização de pessoas e espaços na casa, na roça e na comunidade.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2142828 - DANIELLE WAGNER SILVA
Externo ao Programa - 1835815 - LILIAN REBELLATO
Presidente - 1446230 - LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
Interno - 079.231.628-24 - MAURICIO TORRES - USP
Notícia cadastrada em: 12/06/2017 08:40
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