Banca de DEFESA: BRUNA CRISTINE MARTINS DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA CRISTINE MARTINS DE SOUSA
DATA: 20/01/2017
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DE AULA DO PPGRNA - UNIDADE PROPPIT
TÍTULO: Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. E Dipteryx magnifica (Ducke) Ducke (FABACEAE): CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA QUANTO À PRESENÇA DE CUMARINA E ATIVIDADES ANTIFÚNGICA E ANTIBACTERIANA
PALAVRAS-CHAVES: Dipteryx odorata, Dipteryx magnifica, extratos vegetais, atividade antimicrobiana.
PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. e Dipteryx magnifica (Ducke) Ducke pertencem a família Fabaceae e são árvores neotropicais originárias de países da América Central e América do Sul. Os frutos de D. odorata destacam-se quanto as potencialidades comerciais e fitoterápicas. As sementes há mais de um século são comercializadas por extrativistas da Amazônia e, historicamente, foram bastante procuradas para a extração de cumarina (principal composto ativo) para flavorizar tabacos de cachimbos. Dipteryx magnifica, carece de estudos que detalhem sua descrição botânica específica, composição química e atividades biológicas, pois estas informações não foram encontradas na literatura consultada. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar o perfil químico dos extratos etanólicos das folhas, galhos e frutos (cascas, endocarpos e sementes) das espécies quanto à presença de cumarina simples e, sua atividade antimicrobiana sobre fungos patogênicos à hortaliças e bactérias patogênicas à humanos. As extrações foram realizadas no Laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Naturais Bioativos (P&DBIO), da UFOPA, utilizando aparelho de Soxhlet e tendo como solvente etanol P.A. a 96 %. O período total das extrações foi de 8 h para cada procedimento e os extratos serão fracionados de acordo com as atividades biológicas apresentadas. As análises químicas foram realizadas na Divisão de Química Orgânica e Farmacêutica, no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), da UNICAMP, por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massa (CG-EM). Os ensaios antifúngicos foram realizados no Laboratório de Fitopatologia, da UFOPA, no qual os extratos foram testados em cinco concentrações: 10%, 20%, 30%, 40% e 50%. Os controles consistiram no crescimento dos fungos apenas em meio de cultura batata-dextrose-ágar (controle negativo) e, em meio de cultura BDA com adição de cumarina (controle positivo). Como desafiantes teve-se: Cercospora longissima isolado de alface; três isolados de Fusarium spp. e Sclerotium rolfsii isolado do pimentão. Os experimentos foram em DIC, em esquema fatorial, com quatro repetições. Os resultados foram comparados pelo teste SkottKnott a 5% de probabilidade. O ensaio microbiológico de CIM (Concentração Inibitória Mínima) foi realizado na Divisão de Microbiologia, CPQBA, da UNICAMP, segundo as recomendações do protocolo M7-A6 para bactérias (NCCLS, 2003). Os microrganismos utilizados no ensaio foram: Burkholderia cepacia (ATCC 25416); Escherichia coli (ATCC 11775); Pseudomonas aeruginosa (ATCC 13388) e Staphylococcus aureus (ATCC 6538). Os extratos foram pesados e em seguida, cadaix amostra foi diluída em caldo Mueller-Hinton, para uma concentração de 8 mg.mL-1, contendo 10 % de DMSO (dimetilsulfóxido). As concentrações avaliadas foram: 2000; 1000; 500; 250; 125; 62,5; 31,25; 15,62; 7,81; 3,91 e 1,95 µg.mL-1 e como controle, teve-se o antibiótico cloranfenicol - solução 0,5 mg.mL-1. As bactérias contidas nas microplacas foram incubadas em estufa a 36±1°C por 24 h e após esse período foram depositados em todos os poços 50 µL de solução 0,1 % de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (CTT) e re-incubadas por um período de 3 h. Os maiores rendimentos foram obtidos nas cascas e nas sementes dos frutos das espécies. A 1,2-benzopirona foi isolada e identificada nos extratos das sementes de D. odorata, e nas cascas, nos endocarpos, e nas sementes de D. magnifica. E no que tange a ação antifúngica, constatou-se que a cumarina isolada apresentou melhor ação frente aos isolados obtidos de Fusarium spp., e que os extratos dos endocarpos de D. odorata e sementes de D. magnifica, proporcionaram as menores médias de crescimento micelial para os fitopatógenos testados. Quanto a atividade antibacteriana, os extratos de D. odorata e D. magnifica obtidos das folhas, galhos e sementes não apresentaram efeito bacteriostático ou bactericida para os patógenos avaliados. No entanto, os extratos das cascas e endocarpos das espécies apresentaram efeito bacteriostático para E. coli na maior concentração testada. Staphylococcus aureus também foi sensível à ação do extrato das cascas de D. magnifica, na concentração de 2,0 mg.mL-1; sensibilidade confirmada após realização do teste de CBM (Concentração Bactericida Mínima). As espécies em estudo mostraram-se promissoras quanto à utilização dos seus frutos, tanto para obtenção de cumarina, como para o controle alternativo dos fitopatógenos específicos e ação antibacteriana. Os extratos das cascas, endocarpos e sementes de D. odorata e D. magnifica serão fracionados, analisados quimicamente por CCD e CG-EM, e ensaiados frente aos fungos e bactérias sensibilizadas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1661684 - KELLY CHRISTINA FERREIRA CASTRO
Presidente - 152.758.687-15 - LAURO EUCLIDES SOARES BARATA (LAURO BARATA) - UFOPA
Externo ao Programa - 1833953 - SILVIA KATRINE SILVA ESCHER
Externo ao Programa - 1776327 - THIAGO ALMEIDA VIEIRA
Notícia cadastrada em: 17/01/2017 10:31
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