Banca de DEFESA: DINALVA RIBEIRO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DINALVA RIBEIRO DE OLIVEIRA
DATA : 27/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 107 - Campus Amazônia
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOFÍDICO DO EXTRATO AQUOSO DE CORAMA Kalanchoe brasiliensis Cambess (Crassulaceae)



PALAVRAS-CHAVES:

uso tradicional. planta medicinal. extrato aquoso antiofídico.


PÁGINAS: 65
RESUMO:

Kalanchoe brasiliensis, conhecida popularmente como corama, é bastante utilizada em forma de chá ou cataplasma na Região Oeste do Pará, para bloquear ou amenizar os efeitos locais causados pelos envenenamentos por Bothrops atrox. O extrato aquoso de sua folha já foi testado contra o veneno de Bothrops jararaca (jararaca do sudeste), não havendo estudos que comprovem sua eficácia contra o veneno da jararaca-do-norte (Bothrops atrox), que é a principal causadora de acidentes ofídicos na Região. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antiofídico do extrato aquoso de K. brasiliensis, preparado de acordo com uso tradicional. Para isso, folhas de K. brasiliensis foram coletadas na Escola da Floresta, Santarém/Pará - Brasil. O preparo do extrato aquoso de K. brasiliensis (EAKb) foi de acordo com uso tradicional (sumo da folha). O veneno de B. atrox (VBa), foi adquirido de serpentes adultas provenientes da Floresta Nacional do Tapajós. O perfil fitoquímico do EAKb foi avaliado por cromatografia em camada delgada (CCD), e o doseamento dos compostos fenólicos por ensaios colorimétricos. A citotoxicidade e a atividade antioxidante do extrato foram avaliadas utilizando células MRC-5. O potencial antiofídico do EAKb foi avaliado contra as atividades coagulante e fosfolipásica induzidas pelo VBa, utilizando protocolos de pré-incubação (veneno:extrato) e sem pré-incubação. A interação entre veneno e extrato foi realizada por eletroforese SDS-PAGE. Além disso, o extrato foi testado no bloqueio das principais bactérias descritas na cavidade oral de serpentes como a Morganella morganii. No EAKb preparado de acordo com uso tradicional foi detectado a presença de flavonoides, terpenos, taninos e cumarinas. No entanto, quando avaliado o teor de compostos fenólicos por doseamento não foi possível quantificar flavonoides e taninos. O extrato não foi considerado tóxico e apresentou atividade antioxidante de 46% na concetração de 20 µg/mL. O EAKb inibiu totalmente a atividade coagulante quando pré-incubado com o veneno. Porém, no protocolo sem prévia incubação o bloqueio máximo foi de 14,1%.  Em relação à atividade fosfolipásica, no protocolo de sem pré-incução o EAKb inibiu 58,4% (1:30, veneno:extrato), e na pré-incubação o bloqueio máximo foi de 31,6% (1:10, veneno:extrato). O EAKb foi eficaz na inibição do crescimento de 11 dos 12 microrganismos avaliados, com destaque para Os resultados obtidos indicam que o EAKb possui propriedade antiofídica frente ao veneno de B. atrox, sendo necessários estudos que investiguem quais os mecanismos de ação e alvos específicos para cada efeito biológico, principalmente local, que permitam sua utilização de forma segura, eficaz e que comprove o conhecimento tradicional.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 011.678.013-42 - VALÉRIA MOURÃO DE MOURA - UEA
Interno - 1190556 - RICARDO BEZERRA DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1782412 - ALFREDO PEDROSO DOS SANTOS JUNIOR
Externa à Instituição - SANDRA LAYSE FERREIRA SARRAZIN
Notícia cadastrada em: 06/02/2020 10:46
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