Banca de DEFESA: GERALDO WALTER DE ALMEIDA NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GERALDO WALTER DE ALMEIDA NETO
DATA : 27/02/2020
HORA: 14:00
LOCAL: no Auditório NTB – UFOPA/Campus Tapajós
TÍTULO:

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA EVOLUÇÃO TEMPORAL DO ESCORPIONISMO NO BRASIL COM ÊNFASE NA AMAZÔNIA LEGAL BRASILEIRA, 2000 A 2018


PALAVRAS-CHAVES:

Escorpião. Envenenamento. Sistemas de Informação. Brasil.


PÁGINAS: 30
RESUMO:

Os acidentes por animais peçonhentos, apesar de antigos, ainda representam um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Dentre estes, está o escorpionismo, causado por picadas de escorpiões, que pode levar a quadros de envenenamentos humanos cuja gravidade e evolução variam entre casos leves, moderados e graves, podendo causar sequelas ou óbitos. Este trabalho analisou o perfil clínico e epidemiológico do escorpionismo no Brasil com ênfase na Amazônia Legal Brasileira, no período de 2000 a 2018. A metodologia consistiu de um levantamento clínico-epidemiológico descritivo e analítico dos acidentes escorpiônicos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN, no período de 2000 a 2018. As variáveis foram analisadas por meio de cálculos das taxas de incidência, letalidade, mortalidade e Odds Ratio, empregando-se um intervalo de confiança de 95%. A tabulação, análise e plotagem dos dados foi realizada com o software Microsoft Excel 2013, O software EpiInfo 7.2 foi utilizado, particularmente, para a análise de caso-controle.  Os mapas de incidência foram produzidos com o QGIS® versão 3.10 e os mapas de correlação espacial com o software GeoDa 1.12. No período estudado foi constatado um aumento no número de casos notificados no Brasil de 12.552 casos em 2000, para 156.833 em 2018, o que representou um acréscimo de 1249%, com um total de 1.109.443 e uma média anual de 58.392 casos. Na Amazônia Legal Brasileira foram notificados 64.986 casos no período de 2000 a 2018, o que representa 5,85% das notificações nacionais e dos quais 136 evoluíram para óbito. Os indivíduos do sexo masculino com idade de 20 a 59 anos foram os mais acometidos e os casos de óbitos, mais frequentes, ocorreram na faixa etária de até 9 anos de idade. Os fatores associados ao óbito da análise caso-controle indicaram os indivíduos com idade igual ou inferior a 14 anos e os casos classificados como graves. Com relação à distribuição espacial dos acidentes, clusters vetoriais de incidência foram observados na região de saúde do Baixo Amazonas, Xingu e Tapajós no estado do Pará, na região de saúde Rio Madeira no Amazonas, além de algumas regiões do Mato Grosso (regiões de saúde do Alto Tapajós e Noroeste Mato-grossense), Tocantins (regiões de saúde Ilha do Bananal e Amor Perfeito) e Maranhão (região de saúde Balsas). Na Amazônia Legal Brasileira as áreas rurais estão dentre as mais suscetíveis a acidentes escorpiônicos, sendo a população na faixa etária economicamente ativa a mais acometida, entretanto, os casos de óbitos foram mais frequentes em crianças. O aumento da incidência do escorpionismo no Brasil descrito neste trabalho destaca a necessidade de se intensificar as ações de vigilância epidemiológica, particularmente nas regiões sudeste e nordeste do país, onde os casos de óbitos foram mais frequentes. Destaca-se a necessidade de melhor investimento dos recursos, dentro das políticas públicas voltadas à prevenção de acidentes com animais peçonhentos e atendimento aos pacientes, bem como na qualidade e atualização dos sistemas de notificação, uma vez que estes permitem identificar as regiões afetadas e também realizar as ações necessárias.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1684515 - JOACIR STOLARZ DE OLIVEIRA
Interno - 1796322 - RICARDO SCOLES CANO
Externo ao Programa - 1243405 - THALIS FERREIRA DOS SANTOS
Externo à Instituição - JUAREZ DE SOUZA - IESPES
Notícia cadastrada em: 10/02/2020 10:49
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