CASTANHAIS & QUILOMBOS DO ALTO TROMBETAS: UMA
PROPOSTA DE FAIRTRADE
comércio justo; sociobiodiversidade; falso-verde; Amazônia.
Com a emergência das questões ambientais, há uma crescente demanda no mercado consumidor por produtos livres de qualquer exploração predatória, tanto ambiental quanto socioeconômica. Sendo a castanha do Pará há séculos vista como um recurso natural, estudos
comprovam que o extrativismo da castanha embora auxilie na regeneração dos castanhais, não tem sido uma atividade tão rentável para os quilombolas do alto rio Trombetas. Neste contexto, esta pesquisa pretende analisar a cadeia produtiva da castanha do Pará, considerando a justiça socioambiental nesta bioeconomia. O método científico utilizado foi a revisão bibliográfica nos principais documentos relacionados ao loco escolhido, os quilombos do rio Trombetas, contendo basicamente três etapas: 1. Seleção e leitura sobre o comércio da castanha do Pará; 2. A análise dos discursos encontrados nas bibliografias comparadas à observação in loco; e 3. A proposta de um modelo de fairtrade (comércio justo) para a cadeia da castanha do Pará alcançar a práxis da justiça socioambiental. E conclui que embora o extrativismo seja fundamental para existência da cadeia de produção da castanha do Pará, para haver justiça socioambiental é necessária uma assessoria aos extrativistas baseada na pedagogia da autonomia, a fim de equilibrar distribuição da rentabilidade que a cadeia gera, e elevar os níveis socioeconômicos das comunidades.