Banca de DEFESA: RIVOLO DE JESUS BACELAR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RIVOLO DE JESUS BACELAR
DATA: 21/07/2017
HORA: 09:00
LOCAL: sala 03 PPGRACAM
TÍTULO: AVALIAÇÃO ESPACIAL DOS NÍVEIS DE MERCÚRIO TOTAL EM SEDIMENTOS DO RESERVATÓRIO DA UHE DE CURUÁ-UNA, PARÁ, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: rio Mojuí, hidrossistema, lacustre, ecotoxicologia, Amazônia.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO: Aproveitamentos hidroelétricos na Amazônia promovem, na maioria dos casos, a inundação de extensas áreas florestadas, o que pode estimular a mobilização do mercúrio presente naturalmente nestes solos. Os sedimentos de reservatórios atuam como receptores de mercúrio advindo de drenagens a montante, oferecem condições propícias à biodisponibilização da forma mais tóxica do metal, o metilmercúrio. Este trabalho foi realizado durante o mês de novembro de 2016 e teve como objetivo avaliar espacialmente os níveis de mercúrio total (HgT) em sedimentos de fundo (SF) e suspensos (SS) e relacioná-los com variáveis limnógicas. Para isso, amostrou-se 17 pontos distribuídos ao longo do gradiente longitudinal do sistema aquático da UHE de Curuá-una, agrupando-os em quatro regiões: fluvial montante (rios: Curuá-una, Moju e Mojuí), transição, lacustre e fluvial jusante. Nestas, por meio do coletor de sedimento tipo "core" vertical modelo KAJAK, os SF foram extraídos em perfis de 30 cm de profundidade e subdivididos em camadas de 2 cm cada, já os SS foram coletados em amostragens pontuais na coluna d’água juntamente com medições das variáveis físico-químicas da água. Após coleta, os sedimentos foram desidratados em estufa, fracionados granulometricamente em peneiras e as amostras de sedimento fino, bem como os filtros contendo massa de sedimentos em suspensão analisados por Espectrometria de Fluorescência Atômica a Vapor Frio para determinação de HgT. Dessa forma, as concentrações diferiram significativamente entre as quatro regiões avaliadas com um aumento dos níveis médios de HgT a partir da região fluvial montante (185,4±23,6 ng.g-1), transição (222,9±63,1 ng.g-1) para a lacustre (263,3±33,6 ng.g-1) com decaimento na na região fluvial jusante (156,6±24,6 ng.g-1). Quanto a distribuição vertical das concentrações de Hg total nas camadas de sedimento de 0 a 30 cm, a maioria das regiões apresentou um aumento da base para a o topo do testemunho, principalmente nas regiões fluvial montante e lacustre, assim como nos SF, encontrou-se heterogeneidade espacial entre os níveis de mercúrio nos sedimentos em suspensão com aumento significativo da região fluvial montante (385,0±42,23 ng.g-1) para a de transição (411,9±61,87 ng.g-1), com decaimento na região lacustre (270,3±59,14 ng.g-1) e fluvial jusante (177,5±48,17 ng.g-1). Não se constatou a existência de variação vertical significatica dos níveis de HgT nos perfis da coluna d’água na região lacustre. Houve interação das variáveis limnológicas com as concentrações de HgT nas duas matrizes de sedimentos. Assim, regiões do sistema aquático com baixos valores de pH (águas ácidas), condutividade elétrica, concentração de sedimentos em suspensão e altos valores de matéria orgânica no leito, propiciam locais com valores maiores de mercúrio total nos sedimentos de fundo. Já regiões com água de pH baixo, de coloração elevada, turvas e mais frias contribuem para valores mais elevados de HgT nos sedimentos em suspensão. Assim, infere-se que parte do HgT associado aos sedimentos em suspensão no hidrossistema da UHE de Curuá-una, que é oriunda da área de drenagem antropizada dos rios formadores fica retida na região do lago (57%) e parte é exportada (43%) pelo turbinamento das águas do hipolímnio, permanecendo com concentrações constantes ao longo dos próximos 15 Km à jusante.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1339097 - FERNANDA SOUZA DO NASCIMENTO
Presidente - 1456450 - JOSE REINALDO PACHECO PELEJA
Interno - 1466772 - KEID NOLAN SILVA SOUSA
Externo ao Programa - 1190556 - RICARDO BEZERRA DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 18/07/2017 11:45
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