Banca de DEFESA: EVERALDO MACHADO PORTELA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EVERALDO MACHADO PORTELA
DATA: 03/08/2017
HORA: 16:00
LOCAL: SALA 02
TÍTULO: MINERAÇÃO EM JURUTI: DO DESENVOLVIMENTISMO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?
PALAVRAS-CHAVES: Amazônia, Mineração, Populações Tradicionais, Perdas e Danos Desenvolvimento Sustentável
PÁGINAS: 255
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: A implantação de grandes projetos de mineração na Amazônia tem provocado impactos negativos, gerado conflitos e promovido perdas e danos às populações tradicionais cuja dinâmica de vida está intimamente relacionada a preservação do ambiente natural em que vivem. Na atualidade, estes empreendimentos minerários, obrigados pela legislação e inspirados nas ideias do desenvolvimento sustentável, assumem a sustentabilidade como compromisso dos seus projetos. O presente estudo aborda a questão da sustentabilidade da mineração em áreas ocupadas por populações tradicionais do interior da Amazônia tomando como referencial a teoria do desenvolvimento sustentável aliada a teoria da reprodução social, teoria da integração social, a teoria da questão social e a teoria da modernidade. A metodologia envolveu pesquisa bibliográfica e documental, levantamento de dados secundários e trabalho de campo com observação participante em estudo de caso da mineração da Alcoa no Projeto de Assentamento Agroextrativista Juruti Velho para o levantamento socioambiental com observação, entrevistas estruturadas, registro fotográfico e localização em GPS das áreas da mina e floresta do entorno. Da análise de aspectos econômicos e políticos relacionados a mineração destaca-se o incremento do PIB, a transformação da estrutura econômica de agrária para de serviços e industrial, o crescimento do número de empresas e a transferência da maioria da população economicamente ativa urbana para o emprego no setor empresarial. Contudo, o empreendimento ainda não atende a critérios de sustentabilidade como dinamização e sistematização econômica, empoderamento e governança, não tem havido aglomeração econômica e há ainda o desafio da empresa integrar espaços de governança alternativos em construção pelos seus stakeholders. O estudo identificou uma complexidade de perdas e danos materiais e imateriais, ambientais, econômicos, sociais e culturais impostos às comunidades tradicionais com riscos diversos sobre o tecido social e o modo de vida das populações, que afetam a produção, a renda e a cultura, indicando estar em curso um processo que aponta para a consumação de uma questão social. Apesar destes aspectos, ainda há elementos de continuidade presentes na economia de subsistência, em práticas culturais e relações sociais. Também tem se constituído um importante capital cívico nas comunidades do entorno do projeto. Este conjunto de dados permite concluir que o projeto minerador não é sustentável como o discurso o apresenta, mas há potencialidades econômicas, sociais, culturais e políticas que os atores civis, públicos e empresariais envolvidos nesta trama podem mobilizar para mudar este cenário. A efetiva recuperação dos danos e indenização das perdas é condição sine qua non para a superação do problema rumo ao desenvolvimento sustentável no território das populações tradicionais atingidas pela mineração na Amazônia. A sustentabilidade econômica dependerá da efetivação da sustentabilidade política, social, cultural e ambiental do empreendimento.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1184835 - DAVID GIBBS MCGRATH
Interno - 1190535 - JARSEN LUIS CASTRO GUIMARAES
Interno - 1693122 - SERGIO DE MELO
Interno - 1835815 - LILIAN REBELLATO
Externo ao Programa - 1030394 - TANIA SUELY AZEVEDO BRASILEIRO
Externo ao Programa - 1713679 - EDNEA DO NASCIMENTO CARVALHO
Externo ao Programa - 1983424 - NIRSON MEDEIROS DA SILVA NETO
Externo à Instituição - LUIS OTAVIO DO CANTO LOPES - UFPA
Notícia cadastrada em: 11/07/2017 13:18
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação - (00) 0000-0000 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - srvapp2.ufopa.edu.br.srv2sigaa