GESTÃO DO CONHECIMENTO E REDE COLABORATIVA: MODELO CONCEITUAL E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL
Gestão do conhecimento. Colaboração. Unidade de conservação de uso sustentável. Ontologia. Referencial semântico
Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCS) são áreas instituídas pelo poder público com intuito de conservar o meio ambiente. Elas devem associar a conservação da natureza à utilização controlada dos recursos naturais. Nesse cenário emergiu em UCS arranjos específicos de instituições para então criar um Empreendimento Florestal de base Comunitária (EFC) com o objetivo de gerir esses recursos com sustentabilidade assegurando renda as populações tradicionais. O grande desafio foi promover a produção madeireira, por meio do manejo florestal comunitário (MFC), sem destruir a floresta. A experiência do MFC contribuiu diretamente na formação de um estoque de conhecimento o qual se apresentava de modo desestruturado e informal o que dificulta sua utilização com eficiência. Nesse contexto o principal objetivo do estudo foi elaborar um modelo conceitual capaz de suportar um referencial semântico a fim de representar formalmente o conhecimento em UCS de modo que os atores da rede colaborativa o partilhem de forma inambígua. Para tanto buscou-se identificar os componentes principais do modelo e seus atributos para então instanciá-los para a realidade contextual do MFC e por fim conceber um referencial semântico. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa de base teórico-empírico com utilização de ferramenta computacional para criação de uma ontologia baseada no cenário do MFC em UCS. Ao estruturar e criar uma base de conhecimento, a ontologia Onto-ForestManagement se mostrou pertinente como o primeiro passo para implantar a Gestão do Conhecimento em UCS devido a sua abrangência e vocabulário rico do conhecimento do MFC. Ela constitui-se de elementos importantes para a descrição e o entendimento do domínio como a apresentação de duas taxonomias nomeadamente uma taxonomia de conceitos com trinta e duas classes as quais foram mapeadas sob a ótica de especialistas e uma taxonomia de relações com dezenove propriedades de objetos. Sua validação foi estabelecida pelos critérios da coerência, clareza e objetividade e da conformidade ao compromisso ontológico o que permitiu que atendesse aos requisitos e propósitos planejados como oferecer potencial oportunidade de disseminação do conhecimento entre os stakeholders e servir de base em futuro projeto de desenvolvimento de sistemas.