Banca de DEFESA: MÔNICA TATIANE LIMA PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÔNICA TATIANE LIMA PINHEIRO
DATA: 06/08/2016
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 03 do prédio da pós-graduação
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANESTÉSICO E TOXICIDADE AGUDA DO HIDROLATO DE PRIPRIOCA (Cyperus articulatus L. var. nodosus - Cyperaceae) EM ALEVINOS DE TAMBAQUI (Colossoma macropomum Cuvier,1818)
PALAVRAS-CHAVES: Priprioca. Tambaqui. Anesthesia. Lethal concentration.
PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
SUBÁREA: Fisiologia Geral
RESUMO: O uso de anestésicos provenientes de produtos naturais vem sendo investigado como alternativa para reduzir o estresse no manejo em aquicultura. Para este estudo, foi utilizado hidrolato de priprioca (C. articulatus), um subproduto da extração do óleo essencial dessa planta, com o objetivo de avaliar a atividade anestésica e/ou sedativa desse hidrolato em alevinos de tambaqui (Colossoma macropomum). E pela carência de estudos com priprioca, também se faz necessário à avaliação da toxicidade aguda. O hidrolato foi extraído por arraste a vapor, no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Naturais Bioativos da Universidade Federal do Oeste do Pará, e a sua análise química foi realizada no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Universidade Estadual de Campinas, após um ano da extração, período também de utilização do mesmo. Os experimentos foram realizados na UAGRO- Santa Rosa-SEDAP-Santarém-PA. Os alevinos (1,4±0,5g e 4,6±0,5cm) foram coletados 24h antes dos testes, e mantidos no laboratório em uma caixa d’água de 500L com sistema de fluxo de água contínuo (aberto), e sem alimentação. Após esse período de aclimatação houve a realização dos testes de anestesia e recuperação, com o hidrolato nas seguintes proporções hidrolato/água: 20/80, 25/75, 30/70 e 35/65 (%) e a benzocaína 100mg/L para o controle positivo (10 animais/ tratamento). Foram avaliados dois estágios de anestesia (sedação e perda de equilíbrio) e de recuperação (retorno dos movimentos operculares e capacidade normal de nado). Na determinação da CL50, para avaliar a toxicidade aguda, o hidrolato foi testado nas seguintes proporções hidrolato/água: 6/94, 9/91, 12/88, 15/85 e 18/82 (%), e o controle negativo contendo apenas água, todos em triplicata (15 animais/tratamento), sendo avaliados os parâmetros físico-químicos da água (temperatura, pH, oxigênio dissolvido, condutividade, amônia total e não ionizada, alcalinidade e dureza) antes e após o teste. Os componentes majoritários do hidrolato são o trans-pinocarveol (25,43%), o mirtenol (20,09%) e a verbenona (33,44%). A melhor proporção identificada para anestesia e recuperação foi 35% (cerca de 2 e 3min, respectivamente), se adequando aos tempos considerados ideais. A concentração letal (CL50- 96h) foi de 14,8%, e os parâmetros físico-químicos mensurados nesse teste se encontram dentro dos valores aceitáveis para o cultivo do tambaqui. Ocorreu alteração no fluxo dos íons Na+, K+ e Cl- em todos os tratamentos testados. Portanto, os resultados sugerem que o hidrolato de priprioca possui efeito anestésico em alevinos de tambaqui. Entretanto, mostrou um considerável efeito tóxico que aumenta com a concentração e o tempo de exposição. Além disso, o hidrolato mostrou efeito sobre o fluxo iônico no teste de CL50, onde a concentração de 6% foi considerada a menos estressante por causar menor efluxo de Na+ e K+, ou incremento de Cl- na água, indicando menor estresse osmorregulatório. Ressalta-se que é necessário mais estudos relacionados aos efeitos dos componentes químicos do hidrolato de priprioca em peixes e/ou no ambiente aquático para elucidar quais os impactos biológicos de sua potencial utilização na produção animal e de descarte no ambiente.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUDIO GUEDES SALGADO - UFPA
Presidente - 2587316 - LENISE VARGAS FLORES DA SILVA
Externo à Instituição - LUIS CARLOS CROCCO AFONSO - UFOP
Notícia cadastrada em: 11/05/2016 15:21
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