Banca de DEFESA: NAZARÉ CARNEIRO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NAZARÉ CARNEIRO DA SILVA
DATA : 22/08/2019
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório do NTB
TÍTULO:

 ATIVIDADE ANTIPLASMÓDICA IN VITRO E ANTIMALÁRICA IN VIVO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cyperus articulatus L.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Malária, Cyperus articulatus, Plasmodium, Atividade Antimalárica e Atividade Antiplasmódica.


PÁGINAS: 69
RESUMO:

A malária é um problema de saúde mundial, sendo endêmica em mais de 90 países, responsável por cerca de 212 milhões de casos no mundo. O Brasil reportou 174.522 casos de malária em 2017, um aumento de 48,11% em relação a 2016. Apesar do grande interesse em erradicar a malária, atualmente não temos uma vacina efetiva sendo a profilaxia e o tratamento medicamentoso as formas utilizadas para o controle da doença. A resistência ao tratamento desenvolvida pelo plasmódio ameaça o controle, evidenciando a necessidade de desenvolvimento de novos compostos contra esta doença. Nesse contexto, o presente trabalho estudou o óleo essencial obtido de rizomas de Cyperus articulatus (OECA) para investigar sua composição química , toxicidade aguda e atividades antiplasmódica e antimalárica in vitro e in vivo, respectivamente e fundamentar seu  possível uso como  alternativa terapêutica no tratamento de malária. Realizou-se a análise da composição química do OECA coletados na região do Tabocal no município de Santarém, Pará, Brasil, utilizando um cromatógrafo a gás Agilent HP-6890, a avaliação da toxicidade in vivo em camundongos Balb/c conforme o Guia OECD, a citotoxicidade pelo método de MTT com a linhagem celular WI-26VA-4, posteriormente a atividade antiplasmódica in vitro, utilizando cepas de Plasmodium falciparum W2 (cloroquina-resistente) e 3D7 (cloroquina-sensível) cultivadas em hemácias em microplaca de 96 poços e antimalárica in vivo utilizando camundongos da linhagem Balb/c infectados com aproximadamente 106 eritrócitos parasitados pelo P. berghei recebendo tratamento no 4º dia após a inoculação, foram tratados durante 7 dias consecutivos e submetidos a coleta sanguínea para determinação dos parâmetros hematológicos.  A caracterização química por GC-MS possibilitou a identificação de 37 compostos apresentando a mustacona como composto majoritário.  A dose tóxica aguda do OECA é maior que 2000 mg/kg em camundongos Balb/c, classificando-a na categoria 5 do Globally Harmonized Classification System (GHS). In vitro, o OECA apresenta baixa citotoxicidade e alto potencial antiplasmódico (IC50 < 10 µg ml-1) frente às duas cepas de P. falciparum testadas. In vivo, reduziu significamente (p< 0,001) a parasitemia induzida pelo P. Berguei e, consequentemente, obteve melhora dos parâmetros hematológicos nas doses de 100 e 200 mg/kg/dia. Diante do exposto, o OECA representa um produto extraído da Amazônia com potencial antiplasmódio e antimalárico validando o uso popular e viabilizando o OECA como seguro e promissor candidato a medicamento ou fonte de substâncias, sendo necessários estudos complementares.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1834385 - WALDINEY PIRES MORAES
Externa à Instituição - LEONEIDE ÉRICA MADURO BOUILLET
Externa à Instituição - ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA - UEPA
Notícia cadastrada em: 07/08/2019 08:33
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação - (00) 0000-0000 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - srvapp1.ufopa.edu.br.srv1sigaa