Banca de DEFESA: JOÃO RICARDO SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO RICARDO SILVA
DATA: 29/03/2017
HORA: 09:00
LOCAL: ICED - Sala H305
TÍTULO: SAI O CONSUMIDOR, ENTRA O CIDADÃO: Educação Como Práticas da Liberdade no Curso de Bacharelado em Direito da Universidade Federal do Oeste do Pará.
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Práticas da liberdade. Bacharelado em Direito. Universidade Federal do Oeste do Pará. Emancipação.
PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Diante da enorme quantidade de cursos jurídicos ofertados no país e de uma formação jurídica instrumental o presente trabalho de dissertação teve como escopo investigar de que forma a educação jurídica desenvolvida pelo Bacharelado em Direito da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) tem contribuído para a construção de uma educação emancipatória. Para isso, se formulou os seguintes objetivos: i) definir as bases teóricas e os temas fundamentais para a discussão de uma educação emancipatória; ii) investigar a educação jurídica ofertada no Bacharelado em Direito da UFOPA, por meio da análise do Projeto Pedagógico do Bacharelado em Direito (PPC Projeto Pedagógico do Curso), de questionários aos estudantes das turmas de 2012, 2013, 2014 e 2015, de questionários aos professores e de entrevista ao coordenador; iii) analisar o marco legal e o contexto de criação da UFOPA, examinando a legislação que regulamenta as instituições de educação superior e o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni); iv) identificar práticas emancipatórias existentes e potenciais no Bacharelado em Direito da UFOPA. A pesquisa tem cunho qualitativo e descritivo, com extensa pesquisa bibliográfica em complementação com a pesquisa empírica. O método adotado foi o materialismo histórico dialético, ou seja, fez-se uma análise não dogmática e tendo por fundamento a realidade material do objeto de pesquisa, em relação ao seu desenvolvimento histórico. Teve-se como autores basilares da fundamentação teórica Boaventura de Sousa Santos, Paulo Freire e István Mészáros. A interpretação dos dados coletados teve apoio na análise de conteúdo de Laurence Bardin. Os resultados demonstraram que os cursos jurídicos no Brasil têm desenvolvido uma educação jurídica dogmática, positivista e acrítica, com foco no mercado de trabalho e pouco preocupada em possibilitar mudanças das relações sociais. Tal perspectiva reverbera na UFOPA. Porém, mesmo que a tônica de expansão dos cursos jurídicos siga a lógica mercadológica e esteja algumas vezes distanciada dos problemas sociais com os quais os futuros bacharéis lidarão cotidianamente, há espaços para construção de práticas emancipatórias. Esses espaços já existem na UFOPA e em outras instituições, produzindo conhecimentos mais dialógicos e que possibilitam o repensar contra hegemônico dentro da academia. São espaços de ecologias de saberes, quem têm muito a aprender com as epistemologias do Sul e o giro decolonial/descolonial. A conclusão é de que essas práticas ainda precisam avançar, terem maior participação dos(as) acadêmicos(as) e ganharem maior legitimidade como propostas hegemônicas para os cursos de Direito no Brasil.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO CARLOS MACIEL - UNIR
Externo à Instituição - JOSE ROBERTO MONTES HELOANI - UNICAMP
Externo ao Programa - 1581291 - LIDIANE NASCIMENTO LEAO
Externo ao Programa - 1983424 - NIRSON MEDEIROS DA SILVA NETO
Presidente - 1030394 - TANIA SUELY AZEVEDO BRASILEIRO
Notícia cadastrada em: 28/03/2017 17:43