Banca de QUALIFICAÇÃO: MADMA LAINE COLARES GUALBERTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MADMA LAINE COLARES GUALBERTO
DATA: 13/09/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Ufopa Rondon - ICED
TÍTULO: A COMPREENSÃO DE CORPOREIDADE E A RELAÇÃO COM A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM SANTARÉM-PARÁ
PALAVRAS-CHAVES: Corporeidade. Formação docente. Práticas Pedagógicas. Educação Infantil.
PÁGINAS: 128
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: A corporeidade pode ser entendida como a expressão da comunicação humana com o mundo, na busca pela autossuperação diante das possibilidades de existir, bem como, é também sinal da presença concreta da vida, a partir da cultura e história de um corpo que estabelece relações consigo, com outros seres, objetos e com o mundo. A partir disso, esta pesquisa preocupou-se em conhecer que compreensão de corporeidade existe no pensamento dos professores de educação infantil, e, por conseguinte, a relação estabelecida com a ação docente. Portanto, este estudo teve como objetivo investigar a compreensão de corporeidade de professores de educação infantil de escolas públicas e privadas de Santarém–Pará e como tal entendimento se reflete na prática pedagógica diária destes docentes. Para tanto, a fundamentação teórica que embasa este estudo acerca do corpo/corporeidade está permeada pelos pressupostos da Teoria da Complexidade, Fenomenologia e Ciência da Motricidade Humana, nos escritos de Morin (2011), Merleau-Ponty (1999), Manuel Sérgio (1999), Tojal (1994), Foucault (2014), Couto (2008), Moreira et. al (2006), Nóbrega (2005), entre outros. Desenvolveu-se uma linha metodológica de caráter descritivo e campo, com uma abordagem qualitativa. Para a coleta de dados, utilizou-se as técnicas de pesquisa da observação não participante e entrevista semiestruturada com cada professora. Para a composição da amostra foram selecionadas 08 professoras, que atuam na educação infantil, com crianças entre quatro a cinco anos de idade. Após o término das observações e transcrições das entrevistas, analisou-se os dados coletados, utilizando-se o recurso da Análise do Conteúdo (BARDIN, 1979). A pesquisa constatou que a maioria das professoras desconhecem a teoria da corporeidade e seus principais aspectos, muito provavelmente porque não tiveram acesso a tais discussões acerca desta temática durante a formação acadêmica. Percebeu-se também que há alguma acomodação por parte das professoras em realizar atividades criativas, que permitam às crianças vivenciar manifestações corporais e, por conseguinte, o contato com o outro, prevalecendo à realização de práticas repetitivas com os pares. Identificou-se que, na maioria das vezes, as docentes exigiam, com sinais punitivos que as crianças permanecessem quietas, como se aprendessem somente caladas e sentadas. Outra evidência diz respeito às professoras das escolas privadas atribuírem ao professor de Educação Física a responsabilidade em desenvolver atividades ligadas à corporeidade. Os resultados permitem concluir que boa parte das compreensões de corporeidade das participantes desta pesquisa não estão embasadas pela teoria, refletindo na realização de práticas estanques, existentes, formuladas e reproduzidas. Logo, considerou-se que as professoras necessitam de uma fundamentação teórica mais concreta que sustente a atuação docente, oferecendo-lhes condições de avaliarem e reverem o exercício diário de suas práticas e as respostas das crianças em relação ao que se deseja atingir. Dessa forma, os processos de formação acadêmica e continuada dos professores de educação infantil podem também contemplar os aspectos da corporeidade, visando o aprimoramento do ensino e consequentemente da aprendizagem e da internalização das qualidades humanas, tais como a ética, respeito, conhecimento de si e do outro e o desenvolvimento de capacidades motoras, cognitivas e sócio afetivas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1983523 - HERGOS RITOR FROES DE COUTO
Interno - 1965707 - SINARA ALMEIDA DA COSTA
Interno - 1030394 - TANIA SUELY AZEVEDO BRASILEIRO
Externo à Instituição - EDNA FERREIRA COELHO - UEPA
Notícia cadastrada em: 30/08/2016 08:41
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