Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCELA DE LIMA GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELA DE LIMA GOMES
DATA: 31/05/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 305 - Prédio H - ICED - Campus Rondon/UFOPA
TÍTULO: AS NOÇÕES DO TERMO ERRO PARA OS ESTUDOS LINGUÍSTICOS E SUAS IMPLICAÇÕES AO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
PALAVRAS-CHAVES: Gramática tradicional. A noção de erro em linguística. Educação linguística.
PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO: Nesta pesquisa, buscamos a compreensão da noção de erro na linguística moderna. Para chegarmos à análise das produções linguísticas, foi necessário, primeiramente, porém, verificarmos como as gramáticas tradicionais explicitam as noções de certo e errado; qual a concepção de língua/norma. No conjunto das cinco gramáticas examinadas, a saber, Cunha e Cintra (1985), Rocha Lima (1985), Sacconi (1988), Cegalla (1998) e Almeida (2005), identificamos alguns aspectos que julgamos relevantes sobre os pensamentos dos gramáticos: a gramática como um instrumento normativo expressa/ensina o falar e escrever corretamente, daí também advém seu caráter pedagógico; a norma defendida é ora dita padrão, culta idealizada, aquela que serve como modelo ao falante; a explicação das regras gramaticais se dá a partir das obras dos escritores clássicos, eles servem como modelo a ser seguidos, representando a elite letrada, ilustrada, decorrendo também daí uma ideia de preservação dessa norma consagrada pelos principais poetas e prosadores; sendo a gramática tradicional um manual que expressa como se deve falar e escrever bem, as noções de correção se amparam na cultura do erro em relação à norma padrão. O erro na tradição gramatical recebe nomes como barbarismo e solecismo, constituindo, assim os “vícios de linguagem”. As concepções de pureza e conservação da língua literária são oriundas na antiguidade clássica, como nos afirmam Lyons (1979) e Câmara Jr (1986). Com o advento da linguística moderna no século XX, novas concepções de língua surgem, trazendo à tona a concepção de língua como interação social. A partir da década de 1960 temos especificamente o que os teóricos chamam de virada pragmática, temos, assim, uma diversidade de vertentes linguísticas como o funcionalismo e a sociolinguística, que compreendem a relação entre língua e sociedade, usos e contextos comunicativos, interlocutores e condições de produção. É nesse contexto que os termos adequado e inadequado surgem para “substituir” o certo e errado na língua, assim, segundo Bortoni-Ricardo (2006), a sociolinguística rejeita a noção de erro na língua falada, considerando, portanto, a adequação da linguagem conforme o contexto de uso. A “teoria” da adequação é proposta por Dell Hymes, em 1966, ao lançar o termo competência comunicativa. A compreensão do erro está exposta de forma mais ampla nas produções – incluímos na análise gramáticas produzidas por linguistas, além de livros, artigos científicos, ensaios, dissertações e teses - dos sociolinguistas brasileiros: Bagno (2002, 2004, 2007, 2008, 2009, 2012), Bortoni-Ricardo (2004, 2005, 2006), e ainda teóricos de outras vertentes linguísticas tais como Possenti (2004), Poll (2008), Neves (2008), Ferrarezi Jr e Teles (2008) e Barbosa (2008). De acordo com a sociolinguística, em lugar de erro, tem se a adequação da linguagem conforme a situação comunicativa. Na língua falada, o erro é, pois, um fato social; ele decorre do não uso de uma variante a um determinado contexto de uso. Assim, temos a diferenciação nas modalidades da língua, pois na língua oral, falamos em adequação da variedade ao contexto e na língua escrita, temos o erro gramatical quando do não seguimento das regras da norma padrão (FERRAREZI JR e TELES, 2008).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1260786 - EDIENE PENA FERREIRA
Interno - 1776813 - LUIZ PERCIVAL LEME BRITTO
Externo ao Programa - 1777643 - ROBERTO DO NASCIMENTO PAIVA
Externo à Instituição - MÁRCIA TEIXEIRA NOGUEIRA - UFC
Notícia cadastrada em: 11/05/2016 18:01
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