Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRÉA COELI GOMES DE LUCENA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRÉA COELI GOMES DE LUCENA COSTA
DATA : 04/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

FATORES QUE INFLUENCIAM O ATROPELAMENTO DE FAUNA EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA


PALAVRAS-CHAVES:

Fauna silvestre atropelada. Taxas de mortalidade. Sazonalidade. Guildas alimentares. Hotspots.



PÁGINAS: 109
RESUMO:

Entender os fatores que influenciam na taxa de atropelamento de fauna é importante para escolher medidas de mitigação efetivas. Todavia, há lacunas de conhecimento sobre os padrões e das taxas de atropelamento de acordo com os diferentes tipos de pavimentação de estradas. Assim, buscou-se analisar as taxas de mortalidade em vários tipos de estradas e o período do dia que houve mais atropelamentos por grupo taxonômico e considerando todos os táxons de forma conjunta, determinar se espécies pertencentes a diferentes guildas alimentares eram mais propensas à mortalidade nas estradas e avaliar os locais de maior fatalidade por atropelamentos de animais silvestres (hotspots) em uma Unidade de Conservação na Amazônia brasileira a partir de dados coletados ao longo de dois anos (11/2016 a 12/2018). Nós realizamos análises de Estimativas das Taxas de Mortalidade por cada tipo de estrada através do Siriema v. 2.0. Foi feita uma busca na literatura de trabalhos que continham a eficiência do observador e o tempo de persistência da carcaça para fazer as análises corrigidas para dados estimados dos atropelamentos nas estradas. Utilizamos valores mínimos, máximos e medianos desses dados para calcular as taxas de mortalidade estimadas e corrigidas por esses parâmetros. Estimamos que a estrada que teve o maior número de atropelamentos/dia utilizando os valores mínimos encontrados na literatura foi a rodovia com uma taxa de mortalidade de 70,8 por dia. Utilizando valores máximos, a estrada que teve o maior número de atropelamentos/dia foi a ferrovia com uma taxa de mortalidade de 5,1 por dia. Ao calcular a mediana dos valores da eficiência do método de observação e da taxa de remoção de carcaças para cada tipo de estrada, a estrada que apresentou o maior número de atropelamentos/dia foi a ferrovia com uma taxa de mortalidade de 9,5 por dia. Estimamos que nossas taxas de mortalidade registradas subestimaram os valores reais de mortalidade em até quase 5 vezes, isso devido às correções feitas das taxas pelos viéses dos parâmetros. O período do dia que houve mais atropelamentos foi o da madrugada/manhã com 63% (n = 1.774) das fatalidades. O maior número de indivíduos atropelados se concentrou nos anfíbios neste mesmo período (34%; n = 1.069). A maior parte dos anfíbios atropelados foram registrados na ferrovia (57%; n = 608). A guilda de alimentação insetívora foi a mais afetada com 1.401 atropelamentos de espécies de anfíbios. Para os répteis, a guilda carnívora foi a mais afetada com 427 atropelamentos de espécies. Nos mamíferos e nas aves, onívora e insetívora, respectivamente, foram as guildas alimentares mais afetadas. Usando as análises estatísticas K de Ripley e a Estimativa de Densidade de Kernel, detectamos que anfíbios e répteis possuem pontos de agregação diferentes dos demais grupos na ferrovia e na área urbana, respectivamente. Esses resultados destacam a magnitude das mortes de animais silvestres, principalmente dos anfíbios, que ocorrem nas estradas cortando uma UC na Amazônia. Espera-se que o impacto das estradas na biodiversidade amazônica aumente à medida que o tráfego de transportes da região continue a se expandir. Nosso estudo fornece um primeiro resumo das taxas de atropelamentos de animais silvestres em vários tipos de estradas na região amazônica. Nosso estudo avaliou os locais com maior potencial de fatalidades por tipo de estrada e por grupo taxonômico. Adicionalmente, apontou as guildas alimentares de veretbrados mais propensas à mortalidade. Recomendamos que medidas de correção sejam tomadas para reduzir o número alto de vertebrados mortos ao longo das estradas que atravessam áreas protegidas.



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDREAS KINDELL
Externa à Instituição - CLARISSA ALVES DA ROSA
Interno - 1738813 - RODRIGO FERREIRA FADINI
Presidente - 2392281 - SAMUEL CAMPOS GOMIDES
Notícia cadastrada em: 03/08/2022 09:03
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