Identificação de espécies florestais por meio do uso de espectroscopia NIR
Identificação botânica; Tecnologia; Espectroscopia de infravermelho; Identificação automática.
A identificação botânica florestal se torna mais complexa quando tem à disposição apenas a madeira para a definição da espécie, pois nesse processo subjetivo e dificultoso é exigida uma análise mais profunda de suas características por especialistas, cada vez mais escassos e nem sempre disponíveis dependendo da situação, onde o resultado pode demorar semanas para ser emitido. Desta forma, o objetivo deste trabalho é utilizar da espectroscopia de infravermelho em um processo automático de identificação como uma garantia de grande acurácia e velocidade no reconhecimento de espécies madeireiras. Para o desenvolvimento será utilizado um espectrômetro portátil na captura de espectros de infravermelho, com valores de refletância dentro de 740-1070 nm de uma quantidade amostral de 10 espécies amazônicas com 100 corpos de prova de madeira secas de diversas origens à 12% de umidade cada, sendo coletado o espectro em dois planos de corte com 1000 repetições por espécie/plano, resultando em 20.000 espectros no banco de dados. O projeto encontra-se em fase de desenvolvimento onde já houve a coleta dos espectros e a fase de verificação e testagem partindo para a fase de criação de um sistema de reconhecimento automático. As espécies foram selecionadas pelos critérios de importância comercial local e definidas por grupos comerciais. Até o momento pode-se observar que das 10 espécies coletadas conseguimos algumas identificações o que valida a importância do desenvolvimento deste projeto. Essas coletas servirão como um acervo local e com a criação de um modelo de identificação de cada espécie de acordo com suas características informadas pelos espectros será possível se ter o desenvolvimento de uma tecnologia para a identificação florestal automática.