Banca de QUALIFICAÇÃO: ELANNA BATISTA BARBOSA DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELANNA BATISTA BARBOSA DOS SANTOS
DATA : 29/03/2023
HORA: 15:45
LOCAL: Mini Auditório NTB
TÍTULO:

CONHECIMENTO, ACEITABILIDADE E ADESÃO À VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) NO BAIXO AMAZONAS, AMAZÔNIA, BRASIL.


PALAVRAS-CHAVES:

HPV, vacinação, pré-adolescentes, mulheres vivendo com HIV, câncer. 


PÁGINAS: 58
RESUMO:

Existem cerca de 40 tipos de Papilomavírus humano (HPV) com tropismo pelo trato anogenital que podem causar lesões precursoras das neoplasias em diversos tecidos, incluindo as do colo do útero. O Ministério da Saúde do Brasil (MS), por meio do Programa Nacional Imunizações (PNI), iniciou em 2014 a vacinação contra HPV em meninas, estendendo em 2017 aos meninos. Além disso, em março de 2021 ampliou-se a vacinação contra o HPV de mulheres imunossuprimidas com até 45 anos, devido a importância de proteger ainda mais mulheres que vivem com HIV/AIDS (MVHA) e mais recente, em 2022, também para os meninos com faixa etária idêntica à de meninas. Este estudo objetiva avaliar a aceitabilidade e adesão à vacinação contra o HPV entre pais/responsáveis de pré-adolescentes meninas e meninos entre 9 a 14 anos e de mulheres vivendo com HIV/AIDS com até 45 anos em Santarém-Pará, Amazônia, Brasil. Trata-se de uma pesquisa transversal, analítica, em andamento, com aprovação ética sob o número 5.176.666, realizada por meio de questionário específico com perguntas abertas e fechadas para os dois grupos, no período de janeiro de 2022 a maio de 2023. Foram entrevistados um total de 284 sujeitos, dos quais 144 são pais/responsáveis de pré-adolescentes e 140 são mulheres vivendo com HIV/AIDS com até 45 anos. Quanto aos pais/responsáveis dos pré-adolescentes, do total entrevistado, 90,3% era do sexo feminino refletindo que a prática dos cuidados de saúde e no que diz respeito à vacinação dos pré-adolescentes são, em geral, praticados por mães ou avós. Observou-se que o conhecimento relacionado ao vírus é superficial, já que 91,6% (120/144) dos sujeitos desconhece o principal sinal indicativo de contaminação pelo HPV (verrugas anogenitais). Embora 54,9% dos pré-adolescentes tenham sido vacinados as meninas continuam sendo mais vacinadas que os meninos. Do total de vacinados com esquema completo (47/79), 76,6% (36/47) eram meninas e somente 23,4% (11/47) meninos. Já o público de MVHA com até 45 anos, 91,4% (128/140) declarou realizar seu tratamento para o HIV com regularidade, porém o conhecimento quanto à relação HPV e imunossupressão mostrou-se incompleto, uma vez que 50% (70/140) respondeu não saber que a imunossupressão é um dos principais fatores de risco para a infecção pelo HPV. Além disso, observou-se que 62,1% (87/140) não sabia que MVHA possuem até seis vezes mais chances de ter câncer do colo uterino e 86,4% (121/140) referiu não ter sido informada que poderia se imunizar contra o HPV desde março de 2021. Quanto a vacinação, 86,3% (120/140) não havia se vacinado, e da minoria que se imunizou, somente 36,8% (7/19) realizou o esquema preconizado. Ademais, 86,4% (121/140) delas não sabem quantas doses são necessárias à completude de seu esquema de vacinação. Além disso, 88,4% (122/140) declarou não ter recebido ações educativas com ênfase na importância desta vacinação específica no serviço de referência que a atende. Percebe-se que entre os dois públicos ainda há lacunas no conhecimento relacionado ao vírus que pode atrapalhar o processo de vacinação e impedir que ambos sejam beneficiados através do uso dos imunobiológicos contra o HPV ao não completarem seus esquemas vacinais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1071690 - LUANA LORENA SILVA RODRIGUES
Interno - 1243405 - THALIS FERREIRA DOS SANTOS
Externa à Instituição - SHEYLA MARA SILVA DE OLIVEIRA - UEPA
Notícia cadastrada em: 20/03/2023 12:38
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