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Dissertações |
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DANIEL ALVES JATI
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ESTUDOS HIDRO-CLIMATOLÓGICOS DA BACIA DO RIO
CURUÁ-UNA: APLICAÇÃO DO MODELO DE GRANDES
BACIAS (MGB-IPH)
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Orientador : JULIO TOTA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE MAURO SOUSA DE MOURA
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JULIO TOTA DA SILVA
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PAULO AFONSO FISCHER KUHN
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TROY PATRICK BELDINI
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Data: 10/01/2017
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Mostrar Resumo
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As mudanças no uso e ocupação do solo podem gerar impactos, alterando o regime de vazão de
corpos hídricos, neste contexto a modelagem hidrológica se apresenta como ferramenta útil para
simular variações temporais de bacias hidrográfcas. Este trabalho objetiva verifcar a influência
do uso e ocupação do solo no regime de vazão da bacia do rio Curuá-Una através de modelagem
hidrológica, estimar dados Geo-hidrológicos e métricos da bacia e, testar a sensibilidade do
modelo em cenários de mudanças signifcativas de precipitação e aumento da temperatura média
do ar. A área de estudo é a bacia do rio Curuá-Una, localizado a sudeste de Santarém-Pará. No
pré-processamento utilizou-se os softwares ArcGis, MapWindow-GIS e o plugin IPH-Hydro
Tools, e no processamento o plugin MGB-IPH. No Capítulo 01, gerou-se base de dados com
informações geo-hidrológicas da bacia do rio Curuá-Una, os resultados métricos estimados foram:
largura máxima= 125, 78 km, comprimento máximo = 216, 08 km e área = 17.351, 34 km2.
No Capítulo 02, considerou-se cenários extremos de ocorrência de floresta média/alta (cenário
01), vegetação baixa e agropecuária (cenário 02), antropização e solo exposto (cenário 03). A
simulação estimou para o cenário 01: vazão máxima = 471, 73 m3· s−1, mínima = 39, 69 m3·
s−1; cenário 02: máxima = 583, 68 m3· s−1, mínima = 55, 79 m3· s−1; cenário 03: máxima =
609, 92 m3· s−1, mínima = 43, 25 m3· s−1. No Capítulo 03 simulou-se cenários com diminuição
de 50% da precipitação (cenário 01), aumento de 50% de precipitação (cenário 02), aumento
de 4∘C e diminuição de 50% de precipitação (cenário 03), aumento de 4∘C e aumento de 50%
de precipitação (cenário 04). As simulações estimaram: cenário 01: vazão máxima = 165, 50
m3 · �−1, mínima = 13, 59 m3 · �−1; cenário 02: máxima = 1.162, 04 m3 · �−1, mínima = 62, 78
m3 · �−1 ; cenário 03: máxima = 167, 82 m3 · �−1, mínima = 8, 81 m3 · �−1; cenário 04: máxima =
1.185, 92 m3 · �−1, mínima = 61, 99 m3 · �−1. Os resultados apresentaram que a caracterização da
bacia do Curuá-Una possibilitou geração de informações úteis, capazes de descrever parcialmente
o comportamento hidrológico da região; com as simulações do uso e ocupação do solo concluiuse que a vegetação baixa e antropização aumentam os picos máximos de vazão; em períodos de
cheia amazônica com ocorrência de baixa precipitação, o cenário vegetação baixa possui maior
vazão; e o cenário floresta evita cheias intensas; e nos testes de sensibilidade concluiu-se que o
modelo respondeu bem a todas as alterações realizadas nos inputs de precipitação e clima.
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Mostrar Abstract
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As mudanças no uso e ocupação do solo podem gerar impactos, alterando o regime de vazão de
corpos hídricos, neste contexto a modelagem hidrológica se apresenta como ferramenta útil para
simular variações temporais de bacias hidrográfcas. Este trabalho objetiva verifcar a influência
do uso e ocupação do solo no regime de vazão da bacia do rio Curuá-Una através de modelagem
hidrológica, estimar dados Geo-hidrológicos e métricos da bacia e, testar a sensibilidade do
modelo em cenários de mudanças signifcativas de precipitação e aumento da temperatura média
do ar. A área de estudo é a bacia do rio Curuá-Una, localizado a sudeste de Santarém-Pará. No
pré-processamento utilizou-se os softwares ArcGis, MapWindow-GIS e o plugin IPH-Hydro
Tools, e no processamento o plugin MGB-IPH. No Capítulo 01, gerou-se base de dados com
informações geo-hidrológicas da bacia do rio Curuá-Una, os resultados métricos estimados foram:
largura máxima= 125, 78 km, comprimento máximo = 216, 08 km e área = 17.351, 34 km2.
No Capítulo 02, considerou-se cenários extremos de ocorrência de floresta média/alta (cenário
01), vegetação baixa e agropecuária (cenário 02), antropização e solo exposto (cenário 03). A
simulação estimou para o cenário 01: vazão máxima = 471, 73 m3· s−1, mínima = 39, 69 m3·
s−1; cenário 02: máxima = 583, 68 m3· s−1, mínima = 55, 79 m3· s−1; cenário 03: máxima =
609, 92 m3· s−1, mínima = 43, 25 m3· s−1. No Capítulo 03 simulou-se cenários com diminuição
de 50% da precipitação (cenário 01), aumento de 50% de precipitação (cenário 02), aumento
de 4∘C e diminuição de 50% de precipitação (cenário 03), aumento de 4∘C e aumento de 50%
de precipitação (cenário 04). As simulações estimaram: cenário 01: vazão máxima = 165, 50
m3 · �−1, mínima = 13, 59 m3 · �−1; cenário 02: máxima = 1.162, 04 m3 · �−1, mínima = 62, 78
m3 · �−1 ; cenário 03: máxima = 167, 82 m3 · �−1, mínima = 8, 81 m3 · �−1; cenário 04: máxima =
1.185, 92 m3 · �−1, mínima = 61, 99 m3 · �−1. Os resultados apresentaram que a caracterização da
bacia do Curuá-Una possibilitou geração de informações úteis, capazes de descrever parcialmente
o comportamento hidrológico da região; com as simulações do uso e ocupação do solo concluiuse que a vegetação baixa e antropização aumentam os picos máximos de vazão; em períodos de
cheia amazônica com ocorrência de baixa precipitação, o cenário vegetação baixa possui maior
vazão; e o cenário floresta evita cheias intensas; e nos testes de sensibilidade concluiu-se que o
modelo respondeu bem a todas as alterações realizadas nos inputs de precipitação e clima.
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BRUNA CRISTINE MARTINS DE SOUSA
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Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. E Dipteryx magnifica (Ducke)
Ducke (FABACEAE): CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA
QUANTO À PRESENÇA DE CUMARINA E ATIVIDADES
ANTIFÚNGICA E ANTIBACTERIANA
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Orientador : LAURO EUCLIDES SOARES BARATA
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MEMBROS DA BANCA :
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KELLY CHRISTINA FERREIRA CASTRO
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LAURO EUCLIDES SOARES BARATA
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SILVIA KATRINE RABELO DA SILVA
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THIAGO ALMEIDA VIEIRA
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Data: 20/01/2017
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Mostrar Resumo
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Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. e Dipteryx magnifica (Ducke) Ducke pertencem a
família Fabaceae e são árvores neotropicais originárias de países da América Central
e América do Sul. Os frutos de D. odorata destacam-se quanto as potencialidades
comerciais e fitoterápicas. As sementes há mais de um século são comercializadas
por extrativistas da Amazônia e, historicamente, foram bastante procuradas para a
extração de cumarina (principal composto ativo) para flavorizar tabacos de cachimbos.
Dipteryx magnifica, carece de estudos que detalhem sua descrição botânica
específica, composição química e atividades biológicas, pois estas informações não
foram encontradas na literatura consultada. Neste sentido, este trabalho teve por
objetivo avaliar o perfil químico dos extratos etanólicos das folhas, galhos e frutos
(cascas, endocarpos e sementes) das espécies quanto à presença de cumarina
simples e, sua atividade antimicrobiana sobre fungos patogênicos à hortaliças e
bactérias patogênicas à humanos. As extrações foram realizadas no Laboratório de
Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Naturais Bioativos (P&DBIO), da UFOPA,
utilizando aparelho de Soxhlet e tendo como solvente etanol P.A. a 96 %. O período
total das extrações foi de 8 h para cada procedimento e os extratos serão fracionados
de acordo com as atividades biológicas apresentadas. As análises químicas foram
realizadas na Divisão de Química Orgânica e Farmacêutica, no Centro Pluridisciplinar
de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), da UNICAMP, por
Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e por Cromatografia Gasosa acoplada a
Espectrometria de Massa (CG-EM). Os ensaios antifúngicos foram realizados no
Laboratório de Fitopatologia, da UFOPA, no qual os extratos foram testados em cinco
concentrações: 10%, 20%, 30%, 40% e 50%. Os controles consistiram no crescimento
dos fungos apenas em meio de cultura batata-dextrose-ágar (controle negativo) e, em
meio de cultura BDA com adição de cumarina (controle positivo). Como desafiantes
teve-se: Cercospora longissima isolado de alface; três isolados de Fusarium spp. e
Sclerotium rolfsii isolado do pimentão. Os experimentos foram em DIC, em esquema
fatorial, com quatro repetições. Os resultados foram comparados pelo teste SkottKnott a 5% de probabilidade. O ensaio microbiológico de CIM (Concentração Inibitória
Mínima) foi realizado na Divisão de Microbiologia, CPQBA, da UNICAMP, segundo as
recomendações do protocolo M7-A6 para bactérias (NCCLS, 2003). Os
microrganismos utilizados no ensaio foram: Burkholderia cepacia (ATCC 25416);
Escherichia coli (ATCC 11775); Pseudomonas aeruginosa (ATCC 13388) e
Staphylococcus aureus (ATCC 6538). Os extratos foram pesados e em seguida, cadaix
amostra foi diluída em caldo Mueller-Hinton, para uma concentração de 8 mg.mL-1,
contendo 10 % de DMSO (dimetilsulfóxido). As concentrações avaliadas foram: 2000;
1000; 500; 250; 125; 62,5; 31,25; 15,62; 7,81; 3,91 e 1,95 µg.mL-1 e como controle,
teve-se o antibiótico cloranfenicol - solução 0,5 mg.mL-1. As bactérias contidas nas
microplacas foram incubadas em estufa a 36±1°C por 24 h e após esse período foram
depositados em todos os poços 50 µL de solução 0,1 % de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (CTT) e re-incubadas por um período de 3 h. Os maiores rendimentos foram
obtidos nas cascas e nas sementes dos frutos das espécies. A 1,2-benzopirona foi
isolada e identificada nos extratos das sementes de D. odorata, e nas cascas, nos
endocarpos, e nas sementes de D. magnifica. E no que tange a ação antifúngica,
constatou-se que a cumarina isolada apresentou melhor ação frente aos isolados
obtidos de Fusarium spp., e que os extratos dos endocarpos de D. odorata e sementes
de D. magnifica, proporcionaram as menores médias de crescimento micelial para os
fitopatógenos testados. Quanto a atividade antibacteriana, os extratos de D. odorata
e D. magnifica obtidos das folhas, galhos e sementes não apresentaram efeito
bacteriostático ou bactericida para os patógenos avaliados. No entanto, os extratos
das cascas e endocarpos das espécies apresentaram efeito bacteriostático para E.
coli na maior concentração testada. Staphylococcus aureus também foi sensível à
ação do extrato das cascas de D. magnifica, na concentração de 2,0 mg.mL-1;
sensibilidade confirmada após realização do teste de CBM (Concentração Bactericida
Mínima). As espécies em estudo mostraram-se promissoras quanto à utilização dos
seus frutos, tanto para obtenção de cumarina, como para o controle alternativo dos
fitopatógenos específicos e ação antibacteriana. Os extratos das cascas, endocarpos
e sementes de D. odorata e D. magnifica serão fracionados, analisados quimicamente
por CCD e CG-EM, e ensaiados frente aos fungos e bactérias sensibilizadas.
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Mostrar Abstract
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Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. e Dipteryx magnifica (Ducke) Ducke pertencem a
família Fabaceae e são árvores neotropicais originárias de países da América Central
e América do Sul. Os frutos de D. odorata destacam-se quanto as potencialidades
comerciais e fitoterápicas. As sementes há mais de um século são comercializadas
por extrativistas da Amazônia e, historicamente, foram bastante procuradas para a
extração de cumarina (principal composto ativo) para flavorizar tabacos de cachimbos.
Dipteryx magnifica, carece de estudos que detalhem sua descrição botânica
específica, composição química e atividades biológicas, pois estas informações não
foram encontradas na literatura consultada. Neste sentido, este trabalho teve por
objetivo avaliar o perfil químico dos extratos etanólicos das folhas, galhos e frutos
(cascas, endocarpos e sementes) das espécies quanto à presença de cumarina
simples e, sua atividade antimicrobiana sobre fungos patogênicos à hortaliças e
bactérias patogênicas à humanos. As extrações foram realizadas no Laboratório de
Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Naturais Bioativos (P&DBIO), da UFOPA,
utilizando aparelho de Soxhlet e tendo como solvente etanol P.A. a 96 %. O período
total das extrações foi de 8 h para cada procedimento e os extratos serão fracionados
de acordo com as atividades biológicas apresentadas. As análises químicas foram
realizadas na Divisão de Química Orgânica e Farmacêutica, no Centro Pluridisciplinar
de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), da UNICAMP, por
Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e por Cromatografia Gasosa acoplada a
Espectrometria de Massa (CG-EM). Os ensaios antifúngicos foram realizados no
Laboratório de Fitopatologia, da UFOPA, no qual os extratos foram testados em cinco
concentrações: 10%, 20%, 30%, 40% e 50%. Os controles consistiram no crescimento
dos fungos apenas em meio de cultura batata-dextrose-ágar (controle negativo) e, em
meio de cultura BDA com adição de cumarina (controle positivo). Como desafiantes
teve-se: Cercospora longissima isolado de alface; três isolados de Fusarium spp. e
Sclerotium rolfsii isolado do pimentão. Os experimentos foram em DIC, em esquema
fatorial, com quatro repetições. Os resultados foram comparados pelo teste SkottKnott a 5% de probabilidade. O ensaio microbiológico de CIM (Concentração Inibitória
Mínima) foi realizado na Divisão de Microbiologia, CPQBA, da UNICAMP, segundo as
recomendações do protocolo M7-A6 para bactérias (NCCLS, 2003). Os
microrganismos utilizados no ensaio foram: Burkholderia cepacia (ATCC 25416);
Escherichia coli (ATCC 11775); Pseudomonas aeruginosa (ATCC 13388) e
Staphylococcus aureus (ATCC 6538). Os extratos foram pesados e em seguida, cadaix
amostra foi diluída em caldo Mueller-Hinton, para uma concentração de 8 mg.mL-1,
contendo 10 % de DMSO (dimetilsulfóxido). As concentrações avaliadas foram: 2000;
1000; 500; 250; 125; 62,5; 31,25; 15,62; 7,81; 3,91 e 1,95 µg.mL-1 e como controle,
teve-se o antibiótico cloranfenicol - solução 0,5 mg.mL-1. As bactérias contidas nas
microplacas foram incubadas em estufa a 36±1°C por 24 h e após esse período foram
depositados em todos os poços 50 µL de solução 0,1 % de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (CTT) e re-incubadas por um período de 3 h. Os maiores rendimentos foram
obtidos nas cascas e nas sementes dos frutos das espécies. A 1,2-benzopirona foi
isolada e identificada nos extratos das sementes de D. odorata, e nas cascas, nos
endocarpos, e nas sementes de D. magnifica. E no que tange a ação antifúngica,
constatou-se que a cumarina isolada apresentou melhor ação frente aos isolados
obtidos de Fusarium spp., e que os extratos dos endocarpos de D. odorata e sementes
de D. magnifica, proporcionaram as menores médias de crescimento micelial para os
fitopatógenos testados. Quanto a atividade antibacteriana, os extratos de D. odorata
e D. magnifica obtidos das folhas, galhos e sementes não apresentaram efeito
bacteriostático ou bactericida para os patógenos avaliados. No entanto, os extratos
das cascas e endocarpos das espécies apresentaram efeito bacteriostático para E.
coli na maior concentração testada. Staphylococcus aureus também foi sensível à
ação do extrato das cascas de D. magnifica, na concentração de 2,0 mg.mL-1;
sensibilidade confirmada após realização do teste de CBM (Concentração Bactericida
Mínima). As espécies em estudo mostraram-se promissoras quanto à utilização dos
seus frutos, tanto para obtenção de cumarina, como para o controle alternativo dos
fitopatógenos específicos e ação antibacteriana. Os extratos das cascas, endocarpos
e sementes de D. odorata e D. magnifica serão fracionados, analisados quimicamente
por CCD e CG-EM, e ensaiados frente aos fungos e bactérias sensibilizadas.
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VALÊNCIO FLORES DA CUNHA NETO
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DESENVOLVIMENTO DE CULTIVARES DE MILHO (Zea
Mayz) EM AMBIENTE DE VÁRZEA E ESTUFA DE CULTIVO.
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Orientador : PATRICIA CHAVES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ELOI GASPARIN
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LEANDRO RAMÃO PAIM
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LUCIETA GUERREIRO MARTORANO
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PATRICIA CHAVES DE OLIVEIRA
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Data: 22/03/2017
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Mostrar Resumo
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O milho é reconhecidamente uma das mais importantes culturas agrícolas, alterações
ambientais podem acarretar perdas de produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
rendimento e desenvolvimento desta cultura e o desenvolvimento das plantas sob duas
condições de iluminação e três doses de nitrogênio. A pesquisa de campo foi conduzida no
Projeto de Assentamento Agroextrativista Urucurituba, localizado na região de várzea de
Santarém/PA, o solo é classificado como Neossolo Flúvico eutrófico, utilizaou-se o
delineamento em blocos casualizados, sendo os tratamentos as cultivares de milho: a variedade
Bandeitante e o híbrido duplo AG1051. O experimento em estufa de cultivo foi conduzido na
Fazenda Experimental da UFOPA no município de Santarém objetivando comparar o
desenvolvimento do milho híbrido AG 1051 com a variedade Bandeirante em duas condições
de luminosidade, 100% e 50% de luz e sob três doses de nitrogênio, 0 gr.pl-1; 0,46 gr.pl-1 ; 0,92
gr.pl-1. No experimento de campo foram avaliadas a altura de plantas, diâmetro do colmo, massa
seca de folhas, massa seca de colmo e massa seca de grãos sendo que acultivar Bandeirante
obteve a maior produtividade de massa seca de grãos, sendo 29,3% superior ao AG1051, massa
seca de colmo e massa seca total também foram significativamente maiores para esta cultivar,
além de demonstrar uma correlação entre massa seca de colmo e massa seca de folhas (r = 0,65)
positiva, o que é desejável para produção de silagem. No experimento em estufa as cultivares
apresentaram padrão de crescimento geométrico para altura de planta e diâmetro de colmo em
todos os tratamentos. A luminosidade de 50% afetou negativamente o acumulo de massa seca
da parte aérea. Houve interação entre as doses de nitrogênio e cultivares para o parâmetro teor
de nitrogênio na folha e a analise multivariada demonstrou não haver diferenças entre as
cultivares na dose 0 de nitrogênio. Conclui-se que a variedade Bandeirante é a mais adaptada
para o cultivo nessa região para o sistema de cultivo das populações tradicionais, doses
pequenas de nitrogênio não afetou o crescimento das plantas e o estresse luminoso prejudica o
desenvolvimento o desenvolvimento da parte aérea do milho.
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Mostrar Abstract
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O milho é reconhecidamente uma das mais importantes culturas agrícolas, alterações
ambientais podem acarretar perdas de produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
rendimento e desenvolvimento desta cultura e o desenvolvimento das plantas sob duas
condições de iluminação e três doses de nitrogênio. A pesquisa de campo foi conduzida no
Projeto de Assentamento Agroextrativista Urucurituba, localizado na região de várzea de
Santarém/PA, o solo é classificado como Neossolo Flúvico eutrófico, utilizaou-se o
delineamento em blocos casualizados, sendo os tratamentos as cultivares de milho: a variedade
Bandeitante e o híbrido duplo AG1051. O experimento em estufa de cultivo foi conduzido na
Fazenda Experimental da UFOPA no município de Santarém objetivando comparar o
desenvolvimento do milho híbrido AG 1051 com a variedade Bandeirante em duas condições
de luminosidade, 100% e 50% de luz e sob três doses de nitrogênio, 0 gr.pl-1; 0,46 gr.pl-1 ; 0,92
gr.pl-1. No experimento de campo foram avaliadas a altura de plantas, diâmetro do colmo, massa
seca de folhas, massa seca de colmo e massa seca de grãos sendo que acultivar Bandeirante
obteve a maior produtividade de massa seca de grãos, sendo 29,3% superior ao AG1051, massa
seca de colmo e massa seca total também foram significativamente maiores para esta cultivar,
além de demonstrar uma correlação entre massa seca de colmo e massa seca de folhas (r = 0,65)
positiva, o que é desejável para produção de silagem. No experimento em estufa as cultivares
apresentaram padrão de crescimento geométrico para altura de planta e diâmetro de colmo em
todos os tratamentos. A luminosidade de 50% afetou negativamente o acumulo de massa seca
da parte aérea. Houve interação entre as doses de nitrogênio e cultivares para o parâmetro teor
de nitrogênio na folha e a analise multivariada demonstrou não haver diferenças entre as
cultivares na dose 0 de nitrogênio. Conclui-se que a variedade Bandeirante é a mais adaptada
para o cultivo nessa região para o sistema de cultivo das populações tradicionais, doses
pequenas de nitrogênio não afetou o crescimento das plantas e o estresse luminoso prejudica o
desenvolvimento o desenvolvimento da parte aérea do milho.
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ANA CARLA WALFREDO DA CONCEIÇÃO
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ESFINGÍDEOS (LEPIDOPTERA: SPHINGIDAE) EM SAVANAS
NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ALTER DO CHÃO,
SANTARÉM, PARÁ, BRASIL
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Orientador : JOSE AUGUSTO TESTON
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MEMBROS DA BANCA :
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ADENOMAR NEVES DE CARVALHO
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ALEXANDRE SPECHT
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JOSE AUGUSTO TESTON
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MARLISSON AUGUSTO COSTA FEITOSA
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Data: 24/03/2017
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Mostrar Resumo
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O levantamento faunístico em savanas nos possibilita o conhecimento da diversidade do local, o potencial biológico dessas áreas e, ajudam a destacar a necessidade de preservação desse ecossistema. Com o objetivo de efetuar estudos faunísticos com esfingídeos (Lepidoptera: Sphingidae) em savanas na Área de Proteção Ambiental Alter do Chão, esta pesquisa foi composta por dois capítulos, onde, no primeiro analisou-se a fauna de esfingídeos quanto à abundância, riqueza, composição e diversidade no período de um ano, em duas áreas de savana, verificando a sazonalidade, correlação da abundância e riqueza em relação à temperatura, umidade relativa e pluviosidade. As coletas foram mensais, através de armadilha
luminosa modelo Pensilvânia, em dois pontos amostrais, durante uma noite em cada área, das 18:00 as 6:00, no período de junho de 2014 a maio de 2015, avaliou-se durante os períodos (mais chuvoso e menos chuvoso), os parâmetros: riqueza (S), abundância (N), dominância, composição, índices de diversidade e uniformidade de Shannon (H‟ e U) e dominância de Berger-Parker (BD). As estimativas de riqueza foram feitas através dos testes não paramétricos: Bootstrap, Chao1, ACE, Jackknife1 e Jackknife2. No total o resultado obtido foi de 34 espécies e 374 espécimes, com índices (H‟= 2,59; U= 0,733; BP= 0,235), as estimativas de riqueza apontam que foi coletado entre 63% e 87% das espécies esperadas. O estimador Bootstrap estimou 39 espécies e Chao1 54. O período menos chuvoso foi o que
apresentou melhores resultados (S= 26; H‟= 2,40; N= 222). Este também, foi o mais
expressivo para as estimativas de riqueza destacando que, Jackknife 2 estimou 34 espécies, o mesmo valor da riqueza total encontrada. Em relação as variáveis climáticas somente à abundância e temperatura obtiveram correlação moderada positiva e significativa. A espécie Isognathus caricae (Linnaeus, 1758) foi a mais abundante em ambos os períodos. No segundo capítulo inventariamos a fauna destas mariposas de maio de 2014 a dezembro de 2016 (incluindo as coletas do estudo anterior), com a mesma metodologia de coleta, porém em 90 pontos amostrais. Coletou-se 36 espécies e 836 espécimes, a tribo mais representativa foi
Dilophonotini (S= 22 N= 638), o gênero mais rico foi Erinnyis (S= 5) e o mais abundante foi Isognathus (N= 329) e, a espécies Isognathus caricae (N= 220) foi mais a abundante, a proporção de macho para fêmea foi de (3,5: 1). Registra-se a ocorrência de Callionima grisescens (Rothschild, 1894) para o estado do Pará e Amazônia.
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Mostrar Abstract
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O levantamento faunístico em savanas nos possibilita o conhecimento da diversidade do local, o potencial biológico dessas áreas e, ajudam a destacar a necessidade de preservação desse ecossistema. Com o objetivo de efetuar estudos faunísticos com esfingídeos (Lepidoptera: Sphingidae) em savanas na Área de Proteção Ambiental Alter do Chão, esta pesquisa foi composta por dois capítulos, onde, no primeiro analisou-se a fauna de esfingídeos quanto à abundância, riqueza, composição e diversidade no período de um ano, em duas áreas de savana, verificando a sazonalidade, correlação da abundância e riqueza em relação à temperatura, umidade relativa e pluviosidade. As coletas foram mensais, através de armadilha
luminosa modelo Pensilvânia, em dois pontos amostrais, durante uma noite em cada área, das 18:00 as 6:00, no período de junho de 2014 a maio de 2015, avaliou-se durante os períodos (mais chuvoso e menos chuvoso), os parâmetros: riqueza (S), abundância (N), dominância, composição, índices de diversidade e uniformidade de Shannon (H‟ e U) e dominância de Berger-Parker (BD). As estimativas de riqueza foram feitas através dos testes não paramétricos: Bootstrap, Chao1, ACE, Jackknife1 e Jackknife2. No total o resultado obtido foi de 34 espécies e 374 espécimes, com índices (H‟= 2,59; U= 0,733; BP= 0,235), as estimativas de riqueza apontam que foi coletado entre 63% e 87% das espécies esperadas. O estimador Bootstrap estimou 39 espécies e Chao1 54. O período menos chuvoso foi o que
apresentou melhores resultados (S= 26; H‟= 2,40; N= 222). Este também, foi o mais
expressivo para as estimativas de riqueza destacando que, Jackknife 2 estimou 34 espécies, o mesmo valor da riqueza total encontrada. Em relação as variáveis climáticas somente à abundância e temperatura obtiveram correlação moderada positiva e significativa. A espécie Isognathus caricae (Linnaeus, 1758) foi a mais abundante em ambos os períodos. No segundo capítulo inventariamos a fauna destas mariposas de maio de 2014 a dezembro de 2016 (incluindo as coletas do estudo anterior), com a mesma metodologia de coleta, porém em 90 pontos amostrais. Coletou-se 36 espécies e 836 espécimes, a tribo mais representativa foi
Dilophonotini (S= 22 N= 638), o gênero mais rico foi Erinnyis (S= 5) e o mais abundante foi Isognathus (N= 329) e, a espécies Isognathus caricae (N= 220) foi mais a abundante, a proporção de macho para fêmea foi de (3,5: 1). Registra-se a ocorrência de Callionima grisescens (Rothschild, 1894) para o estado do Pará e Amazônia.
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ROSAMARIA SANTANA PAES LOURES
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GOVERNO KARODAYBI:
O movimento Ipereğ Ayũ e a resistência Munduruku
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Orientador : MAURICIO GONSALVES TORRES
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MEMBROS DA BANCA :
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MAURICIO GONSALVES TORRES
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ANDRÉA LUISA ZHOURI LASCHEFSKI
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JAMES ANGUS FRASER
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JOAO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO
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Data: 04/04/2017
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Essa pesquisa discute o surgimento do Movimento Munduruku Ipereğ Ayũ e sua trajetória de resistência. Sua organização social estrutura-se em estreita conexão com a cosmologia Munduruku. O Movimento Ipereğ Ayũ, utilizando-se de diferentes táticas, vem engendrando resistências frente ao modelo desenvolvimentista estatal, de hidrelétricas e outros grandes empreendimentos. A implantação dessas barragens inundaria significativas áreas habitadas imemorialmente por povos indígenas e comunidades tradicionais, além de acarretar outros inúmeros impactos. Os projetos hidrelétricos não são novos, tratam-se da reciclagem do ideário da ditadura militar sobre a Amazônia. O Movimento Munduruku Ipereğ Ayũ, também pode ser pensado como recriação operada pela cultura Munduruku. Não entendemos, entretanto, que as ações do MMIA sejam uma continuidade imediata das expedições de guerra dos séculos XVIII e XIX: este trabalho busca orientar esse fluxo do presente ao passado, e não o contrário. Se, por um lado, o governo diz que não abrirá mão dos empreendimentos na região do Tapajós, o movimento também garante que não abrirá mão do rio e da floresta, apostando em uma pluralidade de estratégias de defesa territorial frente às investidas do governo e ao processo de territorialização do capital.
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Essa pesquisa discute o surgimento do Movimento Munduruku Ipereğ Ayũ e sua trajetória de resistência. Sua organização social estrutura-se em estreita conexão com a cosmologia Munduruku. O Movimento Ipereğ Ayũ, utilizando-se de diferentes táticas, vem engendrando resistências frente ao modelo desenvolvimentista estatal, de hidrelétricas e outros grandes empreendimentos. A implantação dessas barragens inundaria significativas áreas habitadas imemorialmente por povos indígenas e comunidades tradicionais, além de acarretar outros inúmeros impactos. Os projetos hidrelétricos não são novos, tratam-se da reciclagem do ideário da ditadura militar sobre a Amazônia. O Movimento Munduruku Ipereğ Ayũ, também pode ser pensado como recriação operada pela cultura Munduruku. Não entendemos, entretanto, que as ações do MMIA sejam uma continuidade imediata das expedições de guerra dos séculos XVIII e XIX: este trabalho busca orientar esse fluxo do presente ao passado, e não o contrário. Se, por um lado, o governo diz que não abrirá mão dos empreendimentos na região do Tapajós, o movimento também garante que não abrirá mão do rio e da floresta, apostando em uma pluralidade de estratégias de defesa territorial frente às investidas do governo e ao processo de territorialização do capital.
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KERLLEY DIANE SILVA DOS SANTOS
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EU NÃO QUERO O LUGAR DOS OUTROS
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Orientador : MAURICIO GONSALVES TORRES
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MEMBROS DA BANCA :
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JAMES ANGUS FRASER
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JOAO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO
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LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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MAURICIO GONSALVES TORRES
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Data: 05/04/2017
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Esse trabalho discute a situação de camponeses pobres que ocupam a Terra Indígena
Cachoeira Seca e se instalaram na área antes da declaração da TI. Beiradeiros, cuja
a ocupação está intimamente ligada à instalação dos seringais e à exploração da
borracha na região da Terra do Meio. Colonos que se instalaram na área a partir da
década de 1980, no bojo da abertura da Transamazônica e dos projetos de
colonização que se instalaram às suas margens. Pretende-se mostrar que a atuação
do Estado gestou o cenário conflitante da TI Cachoeira Seca ao dar destinações
distintas à mesma área e fragilizar o acesso a direitos de colonos e ribeirinhos e a
concretização plena dos direitos territoriais dos Arara, e, principalmente, ao
possibilitar, em decorrência da incerteza da situação fundiária da TI, a instalação,
apropriação e exploração criminosa da área por outros sujeitos, como grileiros e
madeireiros. Acredita-se que a extrusão é imprescindível para se assegurar a posse
permanente e o usufruto exclusivo das riquezas naturais da TI pelos Arara e que ela
deve seguir o protocolo legalmente regulamentado, com um processo justo de
realocação do grande contingente de camponeses pobres que lá vivem. Este trabalho
defende a integridade do território dos Arara, o seu direito ao usufruto exclusivo da TI
Cachoeira Seca e é inteiramente contra as investidas para a desafetação de qualquer
fração da TI.
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Esse trabalho discute a situação de camponeses pobres que ocupam a Terra Indígena
Cachoeira Seca e se instalaram na área antes da declaração da TI. Beiradeiros, cuja
a ocupação está intimamente ligada à instalação dos seringais e à exploração da
borracha na região da Terra do Meio. Colonos que se instalaram na área a partir da
década de 1980, no bojo da abertura da Transamazônica e dos projetos de
colonização que se instalaram às suas margens. Pretende-se mostrar que a atuação
do Estado gestou o cenário conflitante da TI Cachoeira Seca ao dar destinações
distintas à mesma área e fragilizar o acesso a direitos de colonos e ribeirinhos e a
concretização plena dos direitos territoriais dos Arara, e, principalmente, ao
possibilitar, em decorrência da incerteza da situação fundiária da TI, a instalação,
apropriação e exploração criminosa da área por outros sujeitos, como grileiros e
madeireiros. Acredita-se que a extrusão é imprescindível para se assegurar a posse
permanente e o usufruto exclusivo das riquezas naturais da TI pelos Arara e que ela
deve seguir o protocolo legalmente regulamentado, com um processo justo de
realocação do grande contingente de camponeses pobres que lá vivem. Este trabalho
defende a integridade do território dos Arara, o seu direito ao usufruto exclusivo da TI
Cachoeira Seca e é inteiramente contra as investidas para a desafetação de qualquer
fração da TI.
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ÍTALA TUANNY RODRIGUES NEPOMUCENO
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CONFLITOS TERRITORIAIS ENTRE COMUNIDADES
TRADICIONAIS E CONCESSÕES FLORESTAIS: UM ESTUDO
DE CASO A PARTIR DA FLORESTA NACIONAL DE SARACÁ-
TAQUERA, ORIXIMINÁ, PARÁ
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Orientador : RICARDO SCOLES CANO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRÉA LUISA ZHOURI LASCHEFSKI
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LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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RICARDO SCOLES CANO
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ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
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Data: 05/04/2017
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Mostrar Resumo
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Esta dissertação debruça-se sobre conflitos socioambientais entre comunidades ribeirinhas e concessões estatais em favor de empresas madeireiras na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, na região da Calha Norte, noroeste do estado do Pará. O objetivo central é examinar como a aplicação do instrumento de concessões, instituído pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei. 11.284/2006), desencadeou tais conflitos, buscando uma compreensão no quadro da gestão da Floresta Nacional em sua relação com as comunidades tradicionais residentes. Como lócus da pesquisa temos a comunidade do Acari, grupo de 40 famílias ribeirinhas que reage ao avanço de madeireiras concessionárias sobre as florestas que tradicionalmente ocupa, via mobilização pelo reconhecimento de direitos territoriais no quadro da própria legislação ambiental que rege a gestão de unidades de conservação. Buscando uma análise empiricamente lastreada, e com base em uma abordagem processual do
conflito, nos detivemos sobre três objetivos específicos: descrever o processo de concessão conduzido pelo Estado, ressaltando nesse contexto o tratamento dispensado ao atendimento dos direitos territoriais das comunidades ocupantes da unidade de conservação; empreender uma etnografia acerca da relação da comunidade do Acari e seu território, buscando uma compreensão de como seus modos de uso, ocupação e significação das florestas confrontamse com os modelos de gestão da Flona e com o empreendimento madeireiro concessionário e,
por fim, discutir como as noções de conservação que orientam a gestão ambiental implicada tanto no modelo de Flonas quanto nas concessões florestais podem insinuar-se em sentido oposto ao reconhecimento de territórios tradicionalmente ocupados.
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Esta dissertação debruça-se sobre conflitos socioambientais entre comunidades ribeirinhas e concessões estatais em favor de empresas madeireiras na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, na região da Calha Norte, noroeste do estado do Pará. O objetivo central é examinar como a aplicação do instrumento de concessões, instituído pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei. 11.284/2006), desencadeou tais conflitos, buscando uma compreensão no quadro da gestão da Floresta Nacional em sua relação com as comunidades tradicionais residentes. Como lócus da pesquisa temos a comunidade do Acari, grupo de 40 famílias ribeirinhas que reage ao avanço de madeireiras concessionárias sobre as florestas que tradicionalmente ocupa, via mobilização pelo reconhecimento de direitos territoriais no quadro da própria legislação ambiental que rege a gestão de unidades de conservação. Buscando uma análise empiricamente lastreada, e com base em uma abordagem processual do
conflito, nos detivemos sobre três objetivos específicos: descrever o processo de concessão conduzido pelo Estado, ressaltando nesse contexto o tratamento dispensado ao atendimento dos direitos territoriais das comunidades ocupantes da unidade de conservação; empreender uma etnografia acerca da relação da comunidade do Acari e seu território, buscando uma compreensão de como seus modos de uso, ocupação e significação das florestas confrontamse com os modelos de gestão da Flona e com o empreendimento madeireiro concessionário e,
por fim, discutir como as noções de conservação que orientam a gestão ambiental implicada tanto no modelo de Flonas quanto nas concessões florestais podem insinuar-se em sentido oposto ao reconhecimento de territórios tradicionalmente ocupados.
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BRENNA CELINA DE CARVALHO MUNIZ
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ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E
BIOLÓGICA DE UM PEPTÍDEO ANTIMICROBIANO
EXTRAÍDO DA PEÇONHA DO ESCORPIÃO Tityus obscurus
Gervais 1843 (SCORPIONES, BUTHIDAE).
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Orientador : JOACIR STOLARZ DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOACIR STOLARZ DE OLIVEIRA
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JOSÉ GUILHERME SOARES MAIA
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JUAREZ DE SOUZA
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LUCIANO DE SOUSA CHAVES
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Data: 18/04/2017
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Mostrar Resumo
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As peçonhas de escorpiões são fontes de moléculas bioativas como os Peptídeos
Antimicrobianos (PAMs). Tais moléculas pertencem à imunidade inata e são ubíquas
no reino animal e vegetal. Este trabalho teve o objetivo de purificar e caracterizar um
peptídeo antimicrobiano extraído da peçonha do escorpião T. obscurus da região
Oeste do Pará, Brasil. A coleta dos animais ocorreu na Floresta Nacional do Tapajós
e a extração das peçonhas foi feita através da técnica de eletroestimulação usando
uma fonte elétrica. O perfil eletroforético foi determinado pela eletroforese em gel de
poliacrilamida 15% SDS-PAGE. O peptídeo antimicrobiano purificado (P42) teve
eluição em 42 min através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência em fase reversa
(rp-CLAE). Os ensaios antimicrobianos foram realizados com bactérias Escherichia
coli Gram (-), Staphylococcus aureus Gram (+) e com fungos Candida albicans, C.
tropicalis e C. parasiplosis através de métodos padronizados de sensibilidade por
disco difusão e de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM)
protocolados pela Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), para fungos
(normas M44-A e M27-A2) e bactérias (norma M2A-9). O efeito hemolítico de P42 foi
testado em eritrócitos de camundongos e para monitorar a cinética de sua
citotoxicidade foram geradas imagens por microscopia confocal. A massa molecular
de P42 foi obtida através da técnica de espectrometria de massas MALDI-TOF e a
sua sequência de aminoácidos através da Degradação de Edman. O peptídeo (P42)
foi ativo apenas contra o fungo C. albicans e a sua massa molecular foi de 7284,4 Da.
Os valores de CIM do peptídeo contra as espécies de Candida foi 3,5 - 7,0 µM e para
o fluconazol 6,0 - 12,0 mM. P42 não foi hemolítico em eritrócito de camundongos. A
microscopia confocal detectou DNA espalhado após 3h de tratamento com o peptídeo
natural. A estrutura primária desse peptídeo consistiu de 30 aminoácidos e 97% de
identidade com a toxina To4 de T. obscurus. Esses resultados demonstram, pela
primeira vez, a existência de um PAM nativo obtido diretamente da peçonha de T.
obscurus, expandindo as opções de possíveis novas aplicações terapêuticas.
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As peçonhas de escorpiões são fontes de moléculas bioativas como os Peptídeos
Antimicrobianos (PAMs). Tais moléculas pertencem à imunidade inata e são ubíquas
no reino animal e vegetal. Este trabalho teve o objetivo de purificar e caracterizar um
peptídeo antimicrobiano extraído da peçonha do escorpião T. obscurus da região
Oeste do Pará, Brasil. A coleta dos animais ocorreu na Floresta Nacional do Tapajós
e a extração das peçonhas foi feita através da técnica de eletroestimulação usando
uma fonte elétrica. O perfil eletroforético foi determinado pela eletroforese em gel de
poliacrilamida 15% SDS-PAGE. O peptídeo antimicrobiano purificado (P42) teve
eluição em 42 min através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência em fase reversa
(rp-CLAE). Os ensaios antimicrobianos foram realizados com bactérias Escherichia
coli Gram (-), Staphylococcus aureus Gram (+) e com fungos Candida albicans, C.
tropicalis e C. parasiplosis através de métodos padronizados de sensibilidade por
disco difusão e de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM)
protocolados pela Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), para fungos
(normas M44-A e M27-A2) e bactérias (norma M2A-9). O efeito hemolítico de P42 foi
testado em eritrócitos de camundongos e para monitorar a cinética de sua
citotoxicidade foram geradas imagens por microscopia confocal. A massa molecular
de P42 foi obtida através da técnica de espectrometria de massas MALDI-TOF e a
sua sequência de aminoácidos através da Degradação de Edman. O peptídeo (P42)
foi ativo apenas contra o fungo C. albicans e a sua massa molecular foi de 7284,4 Da.
Os valores de CIM do peptídeo contra as espécies de Candida foi 3,5 - 7,0 µM e para
o fluconazol 6,0 - 12,0 mM. P42 não foi hemolítico em eritrócito de camundongos. A
microscopia confocal detectou DNA espalhado após 3h de tratamento com o peptídeo
natural. A estrutura primária desse peptídeo consistiu de 30 aminoácidos e 97% de
identidade com a toxina To4 de T. obscurus. Esses resultados demonstram, pela
primeira vez, a existência de um PAM nativo obtido diretamente da peçonha de T.
obscurus, expandindo as opções de possíveis novas aplicações terapêuticas.
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JOAO ALDECY PEREIRA NASCIMENTO
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CARACTERIZAÇÃO DA VARIABILIDADE DE ÍNDICES DE INSTABILIDADE DA
ENERGIA POTENCIAL CONVECTIVA DISPONÍVEL (CAPE),
ÍNDICE K (K) E PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DE SANTARÉM -
PA
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Orientador : JULIO TOTA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JULIO TOTA DA SILVA
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RODRIGO DA SILVA
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ANA CARLA DOS SANTOS GOMES
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GABRIEL BRITO COSTA
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Data: 09/05/2017
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Mostrar Resumo
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Foram estudados a Energia Potencial Convectiva Disponível (CAPE), Energia de Inibição para
Convecção (CINE), Índice de Instabilidade K (K) e precipitação total para verificar as relações
entre seus valores, a fim de comparar e correlacionar esses parâmetros entre os períodos
sazonais (período chuvoso e seco), horários diários (dia e noite) na região de Santarém-Pa,
Brasil, bem como se estes índices estão correlacionados com eventos de tempestades. Para isso
utilizou-se dados de radiossondagem do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)
do aeroporto de Santarém-Pa, a fim de calcular o CAPE, CINE e K. E para os dados de
precipitação total usou-se dados da Estação Meteorológica de Observação de Superfície
Convencional do município de Belterra Pa, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
aproximadamente 50 km do aeroporto de Santarém. Observou-se que a dinâmica e a
termodinâmica da atmosfera local apresentam condições favoráveis ao desenvolvimento de
convecção profunda moderada, pois a CAPE média mensal para o período temporal estudado
foram em torno de 2468 J/kg durante a noite (0000 UTC) e 1553 J/kg nas sondagens do dia
(1200 UTC), observou-se também que nos meses do período chuvoso (de janeiro a maio) a
CAPE teve valores médios baixos em comparação as médias anuais para o período seco (entre
os meses de julho a dezembro). Neste contexto observou-se que os meses com maior
precipitação, correspondem aos meses onde a CAPE possui valores menores, esta característica
foi observada em todo o período estudado. Os limiares da CAPE entre 1000 e 2500 J/kg
corresponde a convecção profunda moderada, em 65% das médias mensais se enquadram
nesses limites. Outro índice, que está associado diretamente a CAPE é a CINE, onde os valores
calculados ficaram em torno de 416 J/kg para as sondagens ocorrida a noite e 166 J/kg para
sondagens ocorrida durante o dia. Relacionando a CAPE e a CINE, observou-se para altos
valores da CAPE ocorre também altos CINE. O índice K tiveram valores todos próximos tanto
para o período chuvoso, período seco, dia e noite, com a média do período em torno de 30,3
°C, que corresponde a probabilidade de tempestades muita dispersas, no entanto analisando
mais pormenorizado este índice, observa-se que os valores mais elevados correspondem aos
meses com maior precipitação total mensal. A precipitação está relacionada com os índices aqui
estudados, pois no período seco, ou menos chuvosos da região, nota-se claramente os maiores
valores da CAPE, e vice-versa, para o índice K, ocorre o inverso, maiores valores do K estão
associados aos meses com valores de maior precipitação total. Esses fatores estão de acordo
com alguns estudos já realizados na região Amazônica.
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Mostrar Abstract
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Foram estudados a Energia Potencial Convectiva Disponível (CAPE), Energia de Inibição para
Convecção (CINE), Índice de Instabilidade K (K) e precipitação total para verificar as relações
entre seus valores, a fim de comparar e correlacionar esses parâmetros entre os períodos
sazonais (período chuvoso e seco), horários diários (dia e noite) na região de Santarém-Pa,
Brasil, bem como se estes índices estão correlacionados com eventos de tempestades. Para isso
utilizou-se dados de radiossondagem do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)
do aeroporto de Santarém-Pa, a fim de calcular o CAPE, CINE e K. E para os dados de
precipitação total usou-se dados da Estação Meteorológica de Observação de Superfície
Convencional do município de Belterra Pa, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
aproximadamente 50 km do aeroporto de Santarém. Observou-se que a dinâmica e a
termodinâmica da atmosfera local apresentam condições favoráveis ao desenvolvimento de
convecção profunda moderada, pois a CAPE média mensal para o período temporal estudado
foram em torno de 2468 J/kg durante a noite (0000 UTC) e 1553 J/kg nas sondagens do dia
(1200 UTC), observou-se também que nos meses do período chuvoso (de janeiro a maio) a
CAPE teve valores médios baixos em comparação as médias anuais para o período seco (entre
os meses de julho a dezembro). Neste contexto observou-se que os meses com maior
precipitação, correspondem aos meses onde a CAPE possui valores menores, esta característica
foi observada em todo o período estudado. Os limiares da CAPE entre 1000 e 2500 J/kg
corresponde a convecção profunda moderada, em 65% das médias mensais se enquadram
nesses limites. Outro índice, que está associado diretamente a CAPE é a CINE, onde os valores
calculados ficaram em torno de 416 J/kg para as sondagens ocorrida a noite e 166 J/kg para
sondagens ocorrida durante o dia. Relacionando a CAPE e a CINE, observou-se para altos
valores da CAPE ocorre também altos CINE. O índice K tiveram valores todos próximos tanto
para o período chuvoso, período seco, dia e noite, com a média do período em torno de 30,3
°C, que corresponde a probabilidade de tempestades muita dispersas, no entanto analisando
mais pormenorizado este índice, observa-se que os valores mais elevados correspondem aos
meses com maior precipitação total mensal. A precipitação está relacionada com os índices aqui
estudados, pois no período seco, ou menos chuvosos da região, nota-se claramente os maiores
valores da CAPE, e vice-versa, para o índice K, ocorre o inverso, maiores valores do K estão
associados aos meses com valores de maior precipitação total. Esses fatores estão de acordo
com alguns estudos já realizados na região Amazônica.
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IVANNY COELHO DA FONSECA
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ANÁLISE CARIOTÍPICA DE Pimelodus blochii (Valenciennes, 1840) (SILURIFORMES, PIMELODIDAE) DO RIO TAPAJÓS E BAIXO AMAZONAS
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Orientador : LUIS REGINALDO RIBEIRO RODRIGUES
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MEMBROS DA BANCA :
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CLEUSA YOSHIKO NAGAMACHI
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DIEGO FERREIRA MARQUES
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GABRIEL IKETANI COELHO
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LUIS REGINALDO RIBEIRO RODRIGUES
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Data: 25/05/2017
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Mostrar Resumo
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O gênero Pimelodus é constituído por 33 espécies, distribuídas endemicamente na região neotropical e com ocorrência registrada nas bacias do Araguaia, Tocantins, Amazonas, Paraná e Orinoco. No presente trabalho analisamos o cariótipo de P. blochii do rio Tapajós e baixo Amazonas. Foram analisados 11 exemplares de P. blochii e o cariótipo foi caracterizado utilizando-se técnicas de coloração convencional por Giemsa, bandeamento C e marcações da Regiões Organizadoras de Nucléolos (RONs) com nitrato de prata, Cromomicina A3 e FISH de sondas DNAr18S e 5S. Os resultados apontaram variação do número diplóide (2n=58 e 2n=56). Amostras de Itaituba, rio Tapajós, apresentaram cariótipo com número diplóide 2n=56 cromossomos, enquanto que, as de Santarém, Almeirim e Oriximiná mostraram 2n=58. As regiões organizadoras de nucléolos foram localizadas no braço curto de um par acrocêntrico, em posição semelhante aos sítios CMA3 positivos e localização da sonda DNAr18S. Os sítios DNAr18S e 5S foram co-localizados em um par cromossômico. Os resultados evidenciam divergência cariotípica entre a população de P. blochii do rio Tapajós e do baixo Amazonas, o que é interpretado em favor da hipótese de que P. blochii representa um complexo de espécies.
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O gênero Pimelodus é constituído por 33 espécies, distribuídas endemicamente na região neotropical e com ocorrência registrada nas bacias do Araguaia, Tocantins, Amazonas, Paraná e Orinoco. No presente trabalho analisamos o cariótipo de P. blochii do rio Tapajós e baixo Amazonas. Foram analisados 11 exemplares de P. blochii e o cariótipo foi caracterizado utilizando-se técnicas de coloração convencional por Giemsa, bandeamento C e marcações da Regiões Organizadoras de Nucléolos (RONs) com nitrato de prata, Cromomicina A3 e FISH de sondas DNAr18S e 5S. Os resultados apontaram variação do número diplóide (2n=58 e 2n=56). Amostras de Itaituba, rio Tapajós, apresentaram cariótipo com número diplóide 2n=56 cromossomos, enquanto que, as de Santarém, Almeirim e Oriximiná mostraram 2n=58. As regiões organizadoras de nucléolos foram localizadas no braço curto de um par acrocêntrico, em posição semelhante aos sítios CMA3 positivos e localização da sonda DNAr18S. Os sítios DNAr18S e 5S foram co-localizados em um par cromossômico. Os resultados evidenciam divergência cariotípica entre a população de P. blochii do rio Tapajós e do baixo Amazonas, o que é interpretado em favor da hipótese de que P. blochii representa um complexo de espécies.
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MÁRCIO ANTÔNIO DE ALCÂNTARA ABREU
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SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DA MAGNETITA OBTIDA A
PARTIR DE REJEITO DE BAUXITA DA MINA DE JURUTI,
PARÁ, BRASIL
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Orientador : MANOEL ROBERVAL PIMENTEL SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEX JUNIOR DE FREITAS CABRAL
-
ANTONIO SERGIO BEZERRA SOMBRA
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BERNHARD GREGOR PEREGOVICH
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MANOEL ROBERVAL PIMENTEL SANTOS
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Data: 29/05/2017
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Mostrar Resumo
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Esta pesquisa apresenta um estudo sobre o aproveitamento do rejeito inorgânico e
sólido de bauxita oriundo da exploração deste minério na cidade de Juruti no estado
do Pará. O material foi empregado como composto base para a produção de uma
Ferrita com magnetismo espontâneo, a Magnetita (Fe3O4), mediante rota química. O
rejeito de bauxita tem em sua composição aproximadamente 62% de Hematita, a qual
pode ser transformada para a Magnetita e possibilitar uma aplicação para esse rejeito
que é descartado nas bacias de rejeito da mineradora, causando riscos ambientais. O
aproveitamento desse rejeito na síntese da Magnetita representa uma proposta a ser
somada aos esforços para solucionar essa questão ambiental. O processo de síntese
iniciou com um tratamento com ácido clorídrico (HCl), o qual foi capaz de agregar o
Fe III na forma de cloreto férrico (FeCl3), o material obtido foi seco a 80 ºC por 48
horas. Em seguida, utilizou-se o Hidróxido de Amônio (NH4OH) e Acetato de Amônio
(CH3COONH4) para a obtenção do Hidróxido Acetato de Ferro (HAF), através de
agitação magnética e secagem a temperatura de 80 oC por 12 horas. A última etapa
consistiu no tratamento térmico em temperatura de 600 oC sob fluxo de gás nitrogênio
(N2) por 2 horas com vazão constante de 2 L/min. Com essa rota de síntese, a partir
do rejeito de bauxita, foi obtida uma amostra contendo três fases cristalinas distintas:
Magnetita (Fe3O4), Hematita (α-Fe2O3) e Anatásio (TiO2). As amostras foram
caracterizadas por Difração de raios X e Espectroscopia de infravermelho. A pesquisa
realizada foi capaz de determinar uma rota química para a obtenção da Magnetita em
escala de laboratório, o que gera a possibilidade de aproveitamento do rejeito em
escala industrial.
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Esta pesquisa apresenta um estudo sobre o aproveitamento do rejeito inorgânico e
sólido de bauxita oriundo da exploração deste minério na cidade de Juruti no estado
do Pará. O material foi empregado como composto base para a produção de uma
Ferrita com magnetismo espontâneo, a Magnetita (Fe3O4), mediante rota química. O
rejeito de bauxita tem em sua composição aproximadamente 62% de Hematita, a qual
pode ser transformada para a Magnetita e possibilitar uma aplicação para esse rejeito
que é descartado nas bacias de rejeito da mineradora, causando riscos ambientais. O
aproveitamento desse rejeito na síntese da Magnetita representa uma proposta a ser
somada aos esforços para solucionar essa questão ambiental. O processo de síntese
iniciou com um tratamento com ácido clorídrico (HCl), o qual foi capaz de agregar o
Fe III na forma de cloreto férrico (FeCl3), o material obtido foi seco a 80 ºC por 48
horas. Em seguida, utilizou-se o Hidróxido de Amônio (NH4OH) e Acetato de Amônio
(CH3COONH4) para a obtenção do Hidróxido Acetato de Ferro (HAF), através de
agitação magnética e secagem a temperatura de 80 oC por 12 horas. A última etapa
consistiu no tratamento térmico em temperatura de 600 oC sob fluxo de gás nitrogênio
(N2) por 2 horas com vazão constante de 2 L/min. Com essa rota de síntese, a partir
do rejeito de bauxita, foi obtida uma amostra contendo três fases cristalinas distintas:
Magnetita (Fe3O4), Hematita (α-Fe2O3) e Anatásio (TiO2). As amostras foram
caracterizadas por Difração de raios X e Espectroscopia de infravermelho. A pesquisa
realizada foi capaz de determinar uma rota química para a obtenção da Magnetita em
escala de laboratório, o que gera a possibilidade de aproveitamento do rejeito em
escala industrial.
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ELAINE CRISTINA DA SILVA OLIVEIRA
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CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANFISBENAS SUL-AMERICANAS DE CABEÇAS LEVEMENTE COMPRIMIDAS NÃO QUILHADAS (AMPHISBAENIA: AMPHISBAENIDAE)
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Orientador : SIRIA LISANDRA DE BARCELOS RIBEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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CHRISTINE STRUSSMANN
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FRANK RAYNNER VASCONCELOS RIBEIRO
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RICARDO ALEXANDRE KAWASHITA RIBEIRO
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SIRIA LISANDRA DE BARCELOS RIBEIRO
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Data: 30/05/2017
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Amphisbaenia é um grupo monofilético representado por 197 espécies válidas, das quais 73 ocorrem no Brasil. A diversidade brasileira é representada por três gêneros da família Amphisbaenidae: Mesobaena (1 sp.), Leposternon (9 spp.) e Amphisbaena (63 spp.), sendo esse último também mais diversificado morfologicamente. Amphisbaena apresenta espécies com cabeça arredondada, levemente comprimida não quilhada, comprimida e fortemente queratinizada, e levemente deprimida. Atualmente são conhecidas 14 espécies de Amphisbaena de cabeças levemente comprimidas não quilhadas, das quais 12 ocorrem no Brasil, uma na Bolívia e uma em Porto Rico. Esse estudo foi realizado com intuito de atualizar dados quanto a morfologia externa e distribuição geográfica das espécies sul-americanas com essa característica, e, ainda, descrever um novo táxon com a cabeça levemente comprimida não quilhada para a Amazônia brasileira. Foram analisados 22 dados merísticos e 49 variáveis morfométricas de 157 espécimes das espécies do grupo, sendo sete holótipos. Para verificar quais caracteres merísticos e morfométricos melhor auxiliam na distinção entre as espécies e para testar as variações em populações de uma mesma espécie foi desenvolvida uma Análise Discriminante de Componentes Principais DAPC. Foram testadas diferenças em valores de coordenadas principais por indivíduo entre as espécies, usando uma combinação entre Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey. Treze espécies de Amphisbaena de cabeças levemente comprimidas não quilhadas (exceto A. xera) estão amostradas nas principais coleções brasileiras, com um total de 637 espécimes. 67,6% dessa amostra (n = 431 espécimes) pertencem apenas a A. brasiliana (n = 194); A. roberti (n = 127) e Amphisbaena saxosa (n = 110). Foram complementados os dados de distribuição geográfica A. borelli, A. brasiliana, A. cuiabana, A. roberti e A. steindachneri. As análises indicaram que as espécies estudadas são morfologicamente distintas quanto aos caracteres merísticos e morfométricos, e devem ser tratadas como táxons válidos. Amphisbaena roberti e A. steindachneri apresentaram variações intraespecíficas. Na amostra analisada de Amphisbaena brasiliana existe variação merística e morfológica suficiente para ser apresentado um novo táxon. Amphisbaena sp. nov. pode ser diagnosticada por apresentar quarto poros pré-cloacais arranjados em sequência, 247252 meios anéis dorsais, 27 anéis caudais, plano de autotomia entre o 7o e 8o anéis caudais, 3/3 supralabiais, e fileira de pós-malar e occipitais ausentes.
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Amphisbaenia é um grupo monofilético representado por 197 espécies válidas, das quais 73 ocorrem no Brasil. A diversidade brasileira é representada por três gêneros da família Amphisbaenidae: Mesobaena (1 sp.), Leposternon (9 spp.) e Amphisbaena (63 spp.), sendo esse último também mais diversificado morfologicamente. Amphisbaena apresenta espécies com cabeça arredondada, levemente comprimida não quilhada, comprimida e fortemente queratinizada, e levemente deprimida. Atualmente são conhecidas 14 espécies de Amphisbaena de cabeças levemente comprimidas não quilhadas, das quais 12 ocorrem no Brasil, uma na Bolívia e uma em Porto Rico. Esse estudo foi realizado com intuito de atualizar dados quanto a morfologia externa e distribuição geográfica das espécies sul-americanas com essa característica, e, ainda, descrever um novo táxon com a cabeça levemente comprimida não quilhada para a Amazônia brasileira. Foram analisados 22 dados merísticos e 49 variáveis morfométricas de 157 espécimes das espécies do grupo, sendo sete holótipos. Para verificar quais caracteres merísticos e morfométricos melhor auxiliam na distinção entre as espécies e para testar as variações em populações de uma mesma espécie foi desenvolvida uma Análise Discriminante de Componentes Principais DAPC. Foram testadas diferenças em valores de coordenadas principais por indivíduo entre as espécies, usando uma combinação entre Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey. Treze espécies de Amphisbaena de cabeças levemente comprimidas não quilhadas (exceto A. xera) estão amostradas nas principais coleções brasileiras, com um total de 637 espécimes. 67,6% dessa amostra (n = 431 espécimes) pertencem apenas a A. brasiliana (n = 194); A. roberti (n = 127) e Amphisbaena saxosa (n = 110). Foram complementados os dados de distribuição geográfica A. borelli, A. brasiliana, A. cuiabana, A. roberti e A. steindachneri. As análises indicaram que as espécies estudadas são morfologicamente distintas quanto aos caracteres merísticos e morfométricos, e devem ser tratadas como táxons válidos. Amphisbaena roberti e A. steindachneri apresentaram variações intraespecíficas. Na amostra analisada de Amphisbaena brasiliana existe variação merística e morfológica suficiente para ser apresentado um novo táxon. Amphisbaena sp. nov. pode ser diagnosticada por apresentar quarto poros pré-cloacais arranjados em sequência, 247252 meios anéis dorsais, 27 anéis caudais, plano de autotomia entre o 7o e 8o anéis caudais, 3/3 supralabiais, e fileira de pós-malar e occipitais ausentes.
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FELIPE FERNANDES DE ÁVILA
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IDENTIFICAÇÃO DE CAMARÕES DE ÁGUA DOCE COLETADOS NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS POR MEIO DE MARCADORES MOLECULARES
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Orientador : GABRIEL IKETANI COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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GABRIEL IKETANI COELHO
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LUIS REGINALDO RIBEIRO RODRIGUES
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MARCOS PRADO LIMA
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MARIA IRACILDA DA CUNHA SAMPAIO
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Data: 05/06/2017
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Os camarões são artrópodes pertencentes ao subfilo Crustacea, ordem Decapoda, que na Amazônia está representada por 18 espécies distribuídas em 3 famílias (Euryrhynchidae, Palaemonidae e Sergestidae). Mas a diversidade de camarões na região do Baixo Amazonas ainda precisa ser melhor conhecida. Porém, a identificação por uso de chaves taxonômicas é especialmente difícil devido ao alto grau de conservadorismo interespecífico e variação intraespecífica dos principais caracteres analisados. Nos últimos 20 anos o avanço das técnicas de biologia molecular tem contribuído muito para resolução de dúvidas a respeito das variações morfológicas que seriam geradas pela plasticidade fenotípica, daquelas que provavelmente estariam relacionadas a linhagens distintas. O presente estudo teve como objetivo identificar camarões coletados na região do Baixo Amazonas por meio de dois marcadores moleculares mitocondriais e um nuclear. A obtenção do material genético (DNA genômico total) deu-se pelo uso do Kit Wizard Genomic-Promega. Foram obtidas sequências parciais dos genes mitocondriais COI e 16S em ambos os sentidos da fita de DNA, bem como sequências parciais do gene nuclear 28S. As sequências foram alinhadas no programa CodonCode Aligner v7.0.1 (CodonCode Corporatio). A análise da variabilidade genética interespecífica e intraespecífica foi feita por meio do cálculo da distância p com modelo evolutivo Kimura 2 parâmetros (K2P), para as sequências de COI. Para os marcadores 16S e 28S foi calculada a distância p não corrigida. Em todos os casos foi utilizado o programa MEGA v7.0). Além disso, foram construídas árvores de Agrupamentos de Vizinhos (NJ) também com uso do programa MEGA v7.0. Das 85 sequências obtidas para COI, 39 apresentaram indícios de picos duplos distribuídos entre as espécies M. amazonicum e M. brasiliense, sendo excluídas da maioria das análises. A análise das distâncias genéticas associadas as análises das árvores filogenéticas obtidas com as sequências sem picos duplos para os três marcadores, revelou novos registros para a região do Baixo Amazonas (PA) e estado do Amazonas, município Nhamundá. Estas análises também sugeriram uma nova espécie em Macrobrachuim Bate, 1868 e outra em Palaemon Weber 1795.
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Os camarões são artrópodes pertencentes ao subfilo Crustacea, ordem Decapoda, que na Amazônia está representada por 18 espécies distribuídas em 3 famílias (Euryrhynchidae, Palaemonidae e Sergestidae). Mas a diversidade de camarões na região do Baixo Amazonas ainda precisa ser melhor conhecida. Porém, a identificação por uso de chaves taxonômicas é especialmente difícil devido ao alto grau de conservadorismo interespecífico e variação intraespecífica dos principais caracteres analisados. Nos últimos 20 anos o avanço das técnicas de biologia molecular tem contribuído muito para resolução de dúvidas a respeito das variações morfológicas que seriam geradas pela plasticidade fenotípica, daquelas que provavelmente estariam relacionadas a linhagens distintas. O presente estudo teve como objetivo identificar camarões coletados na região do Baixo Amazonas por meio de dois marcadores moleculares mitocondriais e um nuclear. A obtenção do material genético (DNA genômico total) deu-se pelo uso do Kit Wizard Genomic-Promega. Foram obtidas sequências parciais dos genes mitocondriais COI e 16S em ambos os sentidos da fita de DNA, bem como sequências parciais do gene nuclear 28S. As sequências foram alinhadas no programa CodonCode Aligner v7.0.1 (CodonCode Corporatio). A análise da variabilidade genética interespecífica e intraespecífica foi feita por meio do cálculo da distância p com modelo evolutivo Kimura 2 parâmetros (K2P), para as sequências de COI. Para os marcadores 16S e 28S foi calculada a distância p não corrigida. Em todos os casos foi utilizado o programa MEGA v7.0). Além disso, foram construídas árvores de Agrupamentos de Vizinhos (NJ) também com uso do programa MEGA v7.0. Das 85 sequências obtidas para COI, 39 apresentaram indícios de picos duplos distribuídos entre as espécies M. amazonicum e M. brasiliense, sendo excluídas da maioria das análises. A análise das distâncias genéticas associadas as análises das árvores filogenéticas obtidas com as sequências sem picos duplos para os três marcadores, revelou novos registros para a região do Baixo Amazonas (PA) e estado do Amazonas, município Nhamundá. Estas análises também sugeriram uma nova espécie em Macrobrachuim Bate, 1868 e outra em Palaemon Weber 1795.
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AMASA FERREIRA CARVALHO
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VILA DE MULHER SÓ: O TRABALHO INVISÍVEL DAS
MULHERES DOS BALATEIROS DE MONTE ALEGRE
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Orientador : LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELLE WAGNER SILVA
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LILIAN REBELLATO
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LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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MAURICIO GONSALVES TORRES
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Data: 12/06/2017
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A pesquisa que deu origem a este trabalho foi desenvolvida entre 2015 e 2017, e baseou-se em narrativas de mulheres casadas com balateiros (extrativistas da balata) residentes na comunidade de Cuçaru, no município de Monte Alegre/PA. Seu objetivo foi o de compreender, do ponto de vista das mulheres, como as formas de organização e divisão do trabalho familiar contribuíam para a continuidade do extrativismo de balata sustentado no sistema de aviamento entre as décadas de 1930 a 1970, que corresponderam ao auge da extração e da comercialização de balata no oeste do Pará. Nesta pesquisa pretendeu-se verificar de que maneira as atividades produtivas desenvolvidas no próprio local de moradia da família ou no seu entorno, frequentemente desconsideradas nos estudos sobre as práticas sociais e trocas econômicas articuladas em torno da balata, importaram na sustentação desse extrativismo regulado pelo sistema de aviamento que predominou na economia de inúmeras comunidades amazônicas. O interesse nos relatos das mulheres repousou, também, em outro aspecto que é, em geral, negligenciado nas pesquisas sobre o extrativismo de balata: o trabalho feminino. Esta pesquisa dialoga com estudos sobre a organização familiar do trabalho em sociedades camponesas, que compõem um vasto campo de investigação nas ciências que focam o mundo rural. Dialoga, também, com pesquisas sobre as relações de trabalho nos balatais da Amazônia, onde o papel da mulher tende a ser invisibilizado. Como conclusão, sustenta que as mulheres tinham um papel muito importante na organização e na divisão do trabalho, bem como nos arranjos e nas trocas sociais vivenciadas em Cuçaru, que garantiam a sobrevivência das famílias no período de extração da balata. Entre os arranjos sociais enfocados, sobressaíram a cooperação e a ajuda mútua entre vizinhos e familiares no cotidiano das mulheres dos balateiros, em cuja ausência respondiam pela organização de pessoas e espaços na casa, na roça e na comunidade.
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A pesquisa que deu origem a este trabalho foi desenvolvida entre 2015 e 2017, e baseou-se em narrativas de mulheres casadas com balateiros (extrativistas da balata) residentes na comunidade de Cuçaru, no município de Monte Alegre/PA. Seu objetivo foi o de compreender, do ponto de vista das mulheres, como as formas de organização e divisão do trabalho familiar contribuíam para a continuidade do extrativismo de balata sustentado no sistema de aviamento entre as décadas de 1930 a 1970, que corresponderam ao auge da extração e da comercialização de balata no oeste do Pará. Nesta pesquisa pretendeu-se verificar de que maneira as atividades produtivas desenvolvidas no próprio local de moradia da família ou no seu entorno, frequentemente desconsideradas nos estudos sobre as práticas sociais e trocas econômicas articuladas em torno da balata, importaram na sustentação desse extrativismo regulado pelo sistema de aviamento que predominou na economia de inúmeras comunidades amazônicas. O interesse nos relatos das mulheres repousou, também, em outro aspecto que é, em geral, negligenciado nas pesquisas sobre o extrativismo de balata: o trabalho feminino. Esta pesquisa dialoga com estudos sobre a organização familiar do trabalho em sociedades camponesas, que compõem um vasto campo de investigação nas ciências que focam o mundo rural. Dialoga, também, com pesquisas sobre as relações de trabalho nos balatais da Amazônia, onde o papel da mulher tende a ser invisibilizado. Como conclusão, sustenta que as mulheres tinham um papel muito importante na organização e na divisão do trabalho, bem como nos arranjos e nas trocas sociais vivenciadas em Cuçaru, que garantiam a sobrevivência das famílias no período de extração da balata. Entre os arranjos sociais enfocados, sobressaíram a cooperação e a ajuda mútua entre vizinhos e familiares no cotidiano das mulheres dos balateiros, em cuja ausência respondiam pela organização de pessoas e espaços na casa, na roça e na comunidade.
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JESSICA DA SILVA SA
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FLUXO DE CO2 NO RESERVATÓRIO DA HIDROELÉTRICA DE CURUA-UNA
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Orientador : RODRIGO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO MARCOS DELFINO DE ANDRADE
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JULIO TOTA DA SILVA
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RODRIGO DA SILVA
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ROSEILSON SOUZA DO VALE
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Data: 23/06/2017
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A construção de usinas hidrelétricas para geração de energia foi considerada por
muito tempo uma forma de produção limpa, no entanto no final do século passado
alguns estudos mostraram que os reservatórios poderiam ser emissores potenciais
de Gases de Efeito Estufa (GEE). A região norte do Brasil onde esta localizada a
Amazônia é considerado um grande produtor de energia devido a grande quantidade
de rios localizados nesta região com potencial para criação de hidrelétricas por um
lado muito importante para a economia do país, mas na questão ambiental seria um
problema. Os alagamentos e lagos criado pelo represamento das aguas são
responsáveis pelas taxas de atividade bacteriana e produção de GEE devido à
biomassa inundada e decomposta nos primeiros anos, assim os níveis baixos de
oxigênio nas camadas profundas próximas ao sedimento favorecem a geração de
metano. O aumento do nível da água faz com que sejam alagadas áreas que antes
estavam emersas, com isso ocorre à liberação de nutrientes e a consequente
produção de CO2 e CH4. O presente trabalho tem por abordagem investigar o fluxo
de CO2 associadas à emissão de gases de efeito estufa em um reservatório na
hidrelétrica de Curua-Una, inclinando a sua importância em relação às alterações do
efeito estufa natural e as mudanças climáticas na Amazônia. Usou-se como
referência as condições da área represada para realizar as medidas de fluxos,
usando uma câmera flutuante estática para obter os dados necessário para analise
e estudo. Sabendo que as emissões de reservatórios variam amplamente com a
localização geográfica, tipo de vegetação do entorno do reservatório, temperatura,
sazonalidade, tamanho e profundidade do reservatório o estudo foi importante para
determinar a contribuição dos GEE emitidos pelo reservatório de Curua-Una.
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A construção de usinas hidrelétricas para geração de energia foi considerada por
muito tempo uma forma de produção limpa, no entanto no final do século passado
alguns estudos mostraram que os reservatórios poderiam ser emissores potenciais
de Gases de Efeito Estufa (GEE). A região norte do Brasil onde esta localizada a
Amazônia é considerado um grande produtor de energia devido a grande quantidade
de rios localizados nesta região com potencial para criação de hidrelétricas por um
lado muito importante para a economia do país, mas na questão ambiental seria um
problema. Os alagamentos e lagos criado pelo represamento das aguas são
responsáveis pelas taxas de atividade bacteriana e produção de GEE devido à
biomassa inundada e decomposta nos primeiros anos, assim os níveis baixos de
oxigênio nas camadas profundas próximas ao sedimento favorecem a geração de
metano. O aumento do nível da água faz com que sejam alagadas áreas que antes
estavam emersas, com isso ocorre à liberação de nutrientes e a consequente
produção de CO2 e CH4. O presente trabalho tem por abordagem investigar o fluxo
de CO2 associadas à emissão de gases de efeito estufa em um reservatório na
hidrelétrica de Curua-Una, inclinando a sua importância em relação às alterações do
efeito estufa natural e as mudanças climáticas na Amazônia. Usou-se como
referência as condições da área represada para realizar as medidas de fluxos,
usando uma câmera flutuante estática para obter os dados necessário para analise
e estudo. Sabendo que as emissões de reservatórios variam amplamente com a
localização geográfica, tipo de vegetação do entorno do reservatório, temperatura,
sazonalidade, tamanho e profundidade do reservatório o estudo foi importante para
determinar a contribuição dos GEE emitidos pelo reservatório de Curua-Una.
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ELEN KERCY SIQUEIRA DA CRUZ
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FLUXO DE NUTRIENTES EM PRECIPITAÇÃO DIRETA E
INTERNA NA REGIÃO OESTE PARAENSE
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Orientador : RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ELOI GASPARIN
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IOLANDA MARIA SOARES REIS
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JOSE AUGUSTO AMORIM SILVA DO SACRAMENTO
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RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA JUNIOR
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Data: 23/06/2017
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Mostrar Resumo
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O objetivo dessa pesquisa foi contribuir com o conhecimento de um dos componentes de
influência na sustentabilidade de um ecossistema florestal: a deposição de nutrientes via
precipitação. Verificou-se os aportes dos nutrientes: potássio (K+), fósforo (P), magnésio
(Mg2+), cálcio (Ca2+), ferro (Fe2+), alumínio (Al3+), cobre (Cu2+) e zinco (Zn2+) via
precipitação em duas parcelas florestais (precipitação interna) e em duas parcelas de campos
abertos (precipitação direta) no intuito de averiguar a influência nesta deposição pelas
intensas práticas agrícolas próximas da FLONA Tapajós. A amostragem foi realizada no
município de Belterra/PA, região do planalto da FLONA Tapajós, em dois pontos (km 67 e
126). No sítio km 67 a precipitação interna foi coletada na borda e na área interna da floresta a
amostragem foi realizada em um transecto começando na borda entre a FLONA e a rodovia
Santarém/Cuiabá e adentrando na FLONA, uma distância de 100 m. A precipitação direta foi
amostrada em áreas abertas no entorno da FLONA nos dois pontos de coletas da precipitação
interna. O sítio do km 67 encontra-se na zona de influência de intensas atividades agrícolas,
enquanto o km 126 possui no entorno comunidade pertencente a assentamento caraterizado
por apresentar atividades de agricultura familiar, servindo como um controle, ou seja, área
fora da zona de influência de atividades agrícolas. As coletas foram realizadas em duas fases:
a primeira ocorreu no interior do sítio km 67 da FLONA Tapajós para essa amostragem foram
utilizados 25 coletores a um intervalo de 10 x 10 m no período de abril/2003 a março/2006
semanalmente. A segunda fase foi realizada mensalmente entre abril/2016 e dezembro/2016
para a precipitação direta e de borda, a amostragem foi feita tanto no transecto dentro da
FLONA quanto na área aberta fora da FLONA na margem da rodovia. Para a amostragem
feita no transecto dentro da FLONA foi utilizado 06 coletores/parcela e para a precipitação
em campo aberto 04 coletores/parcela. Os coletores da floresta foram instalados a cada 10 m
de distância cada um a partir da borda em direção ao interior da floresta e os do campo aberto
inseridos em grupos as margens da área do entorno dos respectivos pontos das parcelas
florestais. O mesmo esquema de amostragem foi empregado no sítio do km 126. O fluxo de
K+ na borda do sítio 67 foi maior que no interior da FLONA na borda controle e na
precipitação direta. A borda 67 também mostrou maior deposição de P em relação a borda
controle e a precipitação direta, o que sugere que os fluxos de potássio e fósforo foram
propensos a influências de atividades agrícolas do entorno.
A precipitação interna mostrou-se uma importante via de entrada para os macronutrientes
principalmente o potássio.
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O objetivo dessa pesquisa foi contribuir com o conhecimento de um dos componentes de
influência na sustentabilidade de um ecossistema florestal: a deposição de nutrientes via
precipitação. Verificou-se os aportes dos nutrientes: potássio (K+), fósforo (P), magnésio
(Mg2+), cálcio (Ca2+), ferro (Fe2+), alumínio (Al3+), cobre (Cu2+) e zinco (Zn2+) via
precipitação em duas parcelas florestais (precipitação interna) e em duas parcelas de campos
abertos (precipitação direta) no intuito de averiguar a influência nesta deposição pelas
intensas práticas agrícolas próximas da FLONA Tapajós. A amostragem foi realizada no
município de Belterra/PA, região do planalto da FLONA Tapajós, em dois pontos (km 67 e
126). No sítio km 67 a precipitação interna foi coletada na borda e na área interna da floresta a
amostragem foi realizada em um transecto começando na borda entre a FLONA e a rodovia
Santarém/Cuiabá e adentrando na FLONA, uma distância de 100 m. A precipitação direta foi
amostrada em áreas abertas no entorno da FLONA nos dois pontos de coletas da precipitação
interna. O sítio do km 67 encontra-se na zona de influência de intensas atividades agrícolas,
enquanto o km 126 possui no entorno comunidade pertencente a assentamento caraterizado
por apresentar atividades de agricultura familiar, servindo como um controle, ou seja, área
fora da zona de influência de atividades agrícolas. As coletas foram realizadas em duas fases:
a primeira ocorreu no interior do sítio km 67 da FLONA Tapajós para essa amostragem foram
utilizados 25 coletores a um intervalo de 10 x 10 m no período de abril/2003 a março/2006
semanalmente. A segunda fase foi realizada mensalmente entre abril/2016 e dezembro/2016
para a precipitação direta e de borda, a amostragem foi feita tanto no transecto dentro da
FLONA quanto na área aberta fora da FLONA na margem da rodovia. Para a amostragem
feita no transecto dentro da FLONA foi utilizado 06 coletores/parcela e para a precipitação
em campo aberto 04 coletores/parcela. Os coletores da floresta foram instalados a cada 10 m
de distância cada um a partir da borda em direção ao interior da floresta e os do campo aberto
inseridos em grupos as margens da área do entorno dos respectivos pontos das parcelas
florestais. O mesmo esquema de amostragem foi empregado no sítio do km 126. O fluxo de
K+ na borda do sítio 67 foi maior que no interior da FLONA na borda controle e na
precipitação direta. A borda 67 também mostrou maior deposição de P em relação a borda
controle e a precipitação direta, o que sugere que os fluxos de potássio e fósforo foram
propensos a influências de atividades agrícolas do entorno.
A precipitação interna mostrou-se uma importante via de entrada para os macronutrientes
principalmente o potássio.
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AVNER BRASILEIRO DOS SANTOS GASPAR
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ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DE LATOSSOLO
AMARELO EM ÁREAS DE OCORRÊNCIA DA SOJA
LOUCA II NA REGIÃO OESTE DO PARÁ.
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Orientador : RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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IOLANDA MARIA SOARES REIS
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JOSE AUGUSTO AMORIM SILVA DO SACRAMENTO
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RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA JUNIOR
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Data: 28/06/2017
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A dinâmica dos nutrientes no solo é resultado da interação de vários fatores, e, no SPD, os
mecanismos que governam são modificados em velocidade e/ou intensidade pela redução do
revolvimento do solo e manutenção dos resíduos culturais na superfície do solo. Anomalias
em plantas relacionadas a solo são diretamente ligadas aos níveis críticos e tóxicos dos
atributos físico, químico ou biológicos de solo, logo, a fertilidade do solo é um dos fatores de
predisposição das plantas aos patógenos. A soja louca-II é uma anomalia que causa cerda
40% perdas em lavouras e sem causa definida. Objetivo do foi avaliar os teores e variância
dos atributos químicos de solos em áreas de com ocorrência da Soja Louca II. Realizaram-se
180 amostras em 20 cm, 40cm e 60cm de profundidas em áreas com e sem a ocorrência da
anomalia em propriedades nos municípios de Santarém, Belterra e Mojui dos Campos na
região oeste do Pará. Os Atributos químicos Ph, P, K, Na, Ca, Mg, Al, Fe, Cu, Zn, Mn e
CTC e Teor de Argila natural foram submetidos a análise descritiva e análise de variâncias
no programa Biostat versão 5.3. Não foram encontras diferenças significativas entre os
atributos nos tratamentos, sendo consideradas estatisticamente semelhantes as áreas com e
sem ocorrência da Soja Louca II, porem com terrores de micronutriente em níveis tóxicos na
maior parte das amostras em ambos os tratamentos em todas as profundidades coletadas. Os
atributos que apresentaram maior e menor Coeficiente de Variação foram pH ( 7.45%) e Zn
(198.17% ) a 20cm, pH (6,66%) e Cu (250,70%) a 40cm e pH (5,84%) e Cu (238,74%) a
60m de profundidade. A análise de variância dos atributos químicos não apresentou
diferenças significativa entre as profundidades.
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A dinâmica dos nutrientes no solo é resultado da interação de vários fatores, e, no SPD, os
mecanismos que governam são modificados em velocidade e/ou intensidade pela redução do
revolvimento do solo e manutenção dos resíduos culturais na superfície do solo. Anomalias
em plantas relacionadas a solo são diretamente ligadas aos níveis críticos e tóxicos dos
atributos físico, químico ou biológicos de solo, logo, a fertilidade do solo é um dos fatores de
predisposição das plantas aos patógenos. A soja louca-II é uma anomalia que causa cerda
40% perdas em lavouras e sem causa definida. Objetivo do foi avaliar os teores e variância
dos atributos químicos de solos em áreas de com ocorrência da Soja Louca II. Realizaram-se
180 amostras em 20 cm, 40cm e 60cm de profundidas em áreas com e sem a ocorrência da
anomalia em propriedades nos municípios de Santarém, Belterra e Mojui dos Campos na
região oeste do Pará. Os Atributos químicos Ph, P, K, Na, Ca, Mg, Al, Fe, Cu, Zn, Mn e
CTC e Teor de Argila natural foram submetidos a análise descritiva e análise de variâncias
no programa Biostat versão 5.3. Não foram encontras diferenças significativas entre os
atributos nos tratamentos, sendo consideradas estatisticamente semelhantes as áreas com e
sem ocorrência da Soja Louca II, porem com terrores de micronutriente em níveis tóxicos na
maior parte das amostras em ambos os tratamentos em todas as profundidades coletadas. Os
atributos que apresentaram maior e menor Coeficiente de Variação foram pH ( 7.45%) e Zn
(198.17% ) a 20cm, pH (6,66%) e Cu (250,70%) a 40cm e pH (5,84%) e Cu (238,74%) a
60m de profundidade. A análise de variância dos atributos químicos não apresentou
diferenças significativa entre as profundidades.
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EVERTON ARAUJO CAVALCANTE
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DO SOLO SOB
DOIS CASTANHAIS NATIVOS E VARIABILIDADE
ESPACIAL DE ATRIBUTOS FISICOS E QUIMICOS DE UM
SOLO SOB FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
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Orientador : RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ELOI GASPARIN
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IOLANDA MARIA SOARES REIS
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RAFAELA NICOLAU DOS SANTOS
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RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA JUNIOR
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Data: 30/06/2017
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Por meio de técnicas da geoestatística é possível detectar a ocorrência da
dependência e distribuição espacial dos atributos do solo, o que auxilia sobremaneira
na análise e descrição mais detalhada do comportamento dos atributos físicos e
químicos do solo. O objetivo deste trabalho foi a utilização da geoestatística na
avaliação dos atributos físicos e químicos em um Latossolo Amarelo Distrófico sob
floresta nativa na Floresta Nacional do Tapajós, Belterra, Pará. Foi realizada uma
amostragem sistemática dos dados, obedecendo um grid de 50 m sendo os pontos
de coletas distribuídos em 41 linhas, totalizando 451 amostras. Todos os pontos foram
georreferenciados em seguida feitas as coletas de solo em cada ponto da malha na
profundidade de 0,0 a 0,20 m para determinação dos atributos físicos e químicos.
Foram determinadas textura (argila, areia total, silte), em relação aos parâmetros
químicos determinou-se pH em água, P e K disponíveis, Ca, Mg e Al trocáveis, Fe,
Mn, Zn e Cu. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e geoestatística. O
uso do parâmetro alcance do semivariograma mostrou-se eficiente para determinar a
densidade amostral ideal para o ambiente em estudo. Os semivariogramas
reproduziram de forma satisfatória o comportamento espacial dos atributos,
possibilitando seu uso para estimar a variabilidade natural dos atributos do solo.
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Por meio de técnicas da geoestatística é possível detectar a ocorrência da
dependência e distribuição espacial dos atributos do solo, o que auxilia sobremaneira
na análise e descrição mais detalhada do comportamento dos atributos físicos e
químicos do solo. O objetivo deste trabalho foi a utilização da geoestatística na
avaliação dos atributos físicos e químicos em um Latossolo Amarelo Distrófico sob
floresta nativa na Floresta Nacional do Tapajós, Belterra, Pará. Foi realizada uma
amostragem sistemática dos dados, obedecendo um grid de 50 m sendo os pontos
de coletas distribuídos em 41 linhas, totalizando 451 amostras. Todos os pontos foram
georreferenciados em seguida feitas as coletas de solo em cada ponto da malha na
profundidade de 0,0 a 0,20 m para determinação dos atributos físicos e químicos.
Foram determinadas textura (argila, areia total, silte), em relação aos parâmetros
químicos determinou-se pH em água, P e K disponíveis, Ca, Mg e Al trocáveis, Fe,
Mn, Zn e Cu. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e geoestatística. O
uso do parâmetro alcance do semivariograma mostrou-se eficiente para determinar a
densidade amostral ideal para o ambiente em estudo. Os semivariogramas
reproduziram de forma satisfatória o comportamento espacial dos atributos,
possibilitando seu uso para estimar a variabilidade natural dos atributos do solo.
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MENDELL DE SALES SOUZA
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DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DOS FOCOS DE
QUEIMADAS NA APA DE ALTER DO CHÃO
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Orientador : SUSAN ARAGON CARRASCO
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MEMBROS DA BANCA :
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MAURICIO GONSALVES TORRES
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RODRIGO FERREIRA FADINI
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SUSAN ARAGON CARRASCO
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THIAGO JOSE DE CARVALHO ANDRE
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Data: 26/09/2017
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As atividades antrópicas a partir do século XX têm alterado paisagens
com uso do fogo, cujo regime, no clima tropical, é presente nas superfícies das
savanas e ausente nas florestas, as quais representam estados alternativos da
vegetação perturbada pelo fogo (bi-estabilidade). A APA de Alter do Chão em
Santarém-PA é a área do estudo da distribuição espaço-temporal dos focos de
queimadas que foram correlacionados com variáveis ambientais, com o Índice El
Niño (forte) e alterações na cobertura do solo classificada pelo SCP e CLASlite. Em
19 anos (1998-2016) foram registrados 276 focos de queimadas na APA, sendo
dezembro o mês com maior número de focos, foram destruídos 2.367,3 ha de
floresta e 1.422,4 ha de savana. Em 2016 a temperatura máxima média atingiu o
maior valor histórico (32,07 °C), um ano após o maior valor histórico de focos de
queimadas em 2015. A correlação entre os focos de queimadas registrados em
áreas de savana e em áreas antrópicas é forte. Em 19 anos a APA de Alter do Chão
teve 22,9% da cobertura da terra alterada, nos últimos 4 anos houve aumento de
46,43% nos focos de queimadas.
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As atividades antrópicas a partir do século XX têm alterado paisagens
com uso do fogo, cujo regime, no clima tropical, é presente nas superfícies das
savanas e ausente nas florestas, as quais representam estados alternativos da
vegetação perturbada pelo fogo (bi-estabilidade). A APA de Alter do Chão em
Santarém-PA é a área do estudo da distribuição espaço-temporal dos focos de
queimadas que foram correlacionados com variáveis ambientais, com o Índice El
Niño (forte) e alterações na cobertura do solo classificada pelo SCP e CLASlite. Em
19 anos (1998-2016) foram registrados 276 focos de queimadas na APA, sendo
dezembro o mês com maior número de focos, foram destruídos 2.367,3 ha de
floresta e 1.422,4 ha de savana. Em 2016 a temperatura máxima média atingiu o
maior valor histórico (32,07 °C), um ano após o maior valor histórico de focos de
queimadas em 2015. A correlação entre os focos de queimadas registrados em
áreas de savana e em áreas antrópicas é forte. Em 19 anos a APA de Alter do Chão
teve 22,9% da cobertura da terra alterada, nos últimos 4 anos houve aumento de
46,43% nos focos de queimadas.
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BRENDA RÚBIA GONÇALVES DE SOUZA
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BALATA: DA FLORESTA À FEIRA
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Orientador : LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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EDNEA DO NASCIMENTO CARVALHO
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JOAO RICARDO VASCONCELLOS GAMA
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JOAO THIAGO RODRIGUES DE SOUSA
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Data: 27/11/2017
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Esta dissertação tem como objeto o extrativismo e o artesanato de balata no Pará. Seu objetivo é descrever os circuitos percorridos pelo látex da árvore popularmente conhecida como balateira (Manilkara bidentata) desde a extração, no espaço da floresta, até a sua comercialização na feira da Praça da República, em Belém/PA, onde aparece sob a forma de miniaturas representativas da natureza e da cultura de comunidades amazônicas. Trata-se de um artesanato reconhecido como patrimônio cultural do estado do Pará e premiado pela Unesco, que, atualmente, depende integralmente da matéria-prima extraída na Floresta Estadual do Paru, uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável situada na região da Calha Norte, onde vêm ocorrendo processos de concessão florestal que incidem em áreas de balatais. Trabalha-se na perspectiva de analisar a cadeia produtiva da balata, a partir do ponto de vista dos extrativistas (balateiros) e dos artesãos, visto que são dois grupos diferenciados na estratégia de extração, produção, beneficiamento e comercialização de produtos do látex. A metodologia adotada na pesquisa baseia-se em uma visão interdisciplinar nos eixos ambientais, sociais e econômicos, e parte de levantamentos bibliográfico e documental, aplicação de formulários, entrevistas e procedimentos de identificação de peças de artesanato.
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This thesis aims to describe the circuits covered by the latex of the tree popularly known as balateira (Manilkara bidentata) from the extraction, in the forest, until its commercialization in the fair of the Praça da República, in Belém/PA, where it appears in the form of miniatures representing the nature and culture of Amazonian communities. It is a handicraft recognized as a cultural heritage of the state of Pará and awarded by Unesco, which currently depends entirely on the raw material extracted in the State Forest of Paru, a Sustainable Use Conservation Unit located in the region of Calha Norte, where forest concession processes have been occurring in areas of balatais. The aim is to analyze the production chain of balata, from the point of view of extractivists (balateros) and artisans, since they are two distinct groups in the strategy of extraction, production, processing and marketing of latex products. The methodology adopted in the research is based on an interdisciplinary vision in the environmental, social and economic axes, and part of bibliographical and documentary surveys, application of forms, interviews and identification procedures for handicraft pieces.
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BRENDA RÚBIA GONÇALVES DE SOUZA
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BALATA: DA FLORESTA À FEIRA
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Orientador : LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDNEA DO NASCIMENTO CARVALHO
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JOAO RICARDO VASCONCELLOS GAMA
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JOAO THIAGO RODRIGUES DE SOUSA
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LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
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Data: 27/11/2017
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RESUMO: Esta dissertação tem como objeto o extrativismo e o artesanato de balata no Pará. Seu objetivo é descrever os circuitos percorridos pelo látex da árvore popularmente conhecida como balateira (Manilkara bidentata) desde a extração, no espaço da floresta, até a sua comercialização na feira da Praça da República, em Belém/PA, onde aparece sob a forma de miniaturas representativas da natureza e da cultura de comunidades amazônicas. Trata-se de um artesanato reconhecido como patrimônio cultural do estado do Pará e premiado pela Unesco, que, atualmente, depende integralmente da matéria-prima extraída na Floresta Estadual do Paru, uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável situada na região da Calha Norte, onde vêm ocorrendo processos de concessão florestal que incidem em áreas de balatais. Trabalha-se na perspectiva de analisar a cadeia produtiva da balata, a partir do ponto de vista dos extrativistas (balateiros) e dos artesãos, visto que são dois grupos diferenciados na estratégia de extração, produção, beneficiamento e comercialização de produtos do látex. A metodologia adotada na pesquisa baseia-se em uma visão interdisciplinar nos eixos ambientais, sociais e econômicos, e parte de levantamentos bibliográfico e documental, aplicação de formulários, entrevistas e procedimentos de identificação de peças de artesanato.
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This thesis aims to describe the circuits covered by the latex of the tree popularly known as balateira (Manilkara bidentata) from the extraction, in the forest, until its commercialization in the fair of the Praça da República, in Belém/PA, where it appears in the form of miniatures representing the nature and culture of Amazonian communities. It is a handicraft recognized as a cultural heritage of the state of Pará and awarded by Unesco, which currently depends entirely on the raw material extracted in the State Forest of Paru, a Sustainable Use Conservation Unit located in the region of Calha Norte, where forest concession processes have been occurring in areas of balatais. The aim is to analyze the production chain of balata, from the point of view of extractivists (balateros) and artisans, since they are two distinct groups in the strategy of extraction, production, processing and marketing of latex products. The methodology adopted in the research is based on an interdisciplinary vision in the environmental, social and economic axes, and part of bibliographical and documentary surveys, application of forms, interviews and identification procedures for handicraft pieces.
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POLIANE SILVA LOPES
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIEDEMATOGÊNICA, ANTINOCICEPTIVA E TOXICOLÓGICA DE Myrcia amazonica DC. (Myrtaceae)
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Orientador : RICARDO BEZERRA DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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RICARDO BEZERRA DE OLIVEIRA
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MAXWELL BARBOSA DE SANTANA
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KARIANE MENDES NUNES
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ADRIANA CAROPREZO MORINI
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Data: 06/12/2017
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As plantas medicinais são consideradas de grande importância para obtenção de moléculas bioativas e para a descoberta de novos fármacos, sendo necessária a realização de pesquisas que avaliem os seus efeitos farmacológicos e toxicológicos. Myrcia amazonica DC é conhecida popularmente como “pedra-ume-caá” na região norte do Brasil. Esta é utilizada pela população para o tratamento de várias patologias, como doenças de origem inflamatória, diabetes e diarreia. Apesar de ser utilizada e comercializada em mercados e feiras como planta medicinal, não há pesquisas publicadas a respeito de suas reais propriedades farmacológicas e toxicológicas, sendo que tais estudos são essenciais para garantir a eficácia e segurança de plantas utilizadas tradicionalmente como medicinais. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades antiedematogênica e antinociceptiva do extrato hidroalcóolico das folhas de M. amazonica (EHAMa) nas doses de 360, 480 e 600mg/kg, além de investigar seus possíveis efeitos neurotóxicos e hepatotóxicos. A atividade antiedematogênica foi avaliada por meio do teste de edema de pata induzido por carragenina em ratos wistar e a atividade antinociceptiva, pelo teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundondos swiss. Os possíveis efeitos neurotóxicos do tratamento agudo e subcrônico foram investigados por meio dos testes comportamentais: labirinto aquático de Morris e barra giratória. A avaliação da hepatotoxicidade foi realizada por meio da determinação quantitativa dos níveis séricos das enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT). Os resultados obtidos mostraram que o EHAMa, administração aguda (a.a.), inibiu significativamente o edema de pata induzido por carragenina na dose de 600 mg/kg em 67%, em comparação com o grupo controle, demonstrando que o mesmo tem potencial como agente anti-inflamatório. O EHAMa (a.a.) apresentou efeito antinociceptivo nas doses de 360, 480 e 600 mg/kg reduzindo significativamente o número de contorções abdominais em 42, 40 e 97% respectivamente. O tratamento, tanto agudo quanto subcrônico, com o EHAMa na dose de 600mg/kg, não provocou alterações significativas sobre a locomoção, memória e aprendizagem de ratos Wistar. Os resultados encontrados para os níveis das enzimas ALT e AST no soro de ratos mostraram que o tratamento por 21 dias com o EHAMa na dose de 600 mg/kg, teve diferença significativa quando comparado ao grupo controle, no sentido de diminuir os níveis dessas enzimas em 23% para AST e 42% para ALT, pode-se assim sugerir um possível efeito hepatoprotetor bem como a ausência de efeitos hepatotóxicos. Esses resultados indicam um potencial farmacológico do EHAMa, o que justifica em parte o uso desta espécie pela população. No entanto, são necessários novos estudos para conhecimento dos princípios ativos da espécie e dos seus possíveis mecanismos de ação.
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Medicinal plants are considered great importance for obtaining bioactive molecules and for drug discovery, and it is essencial to perform researches to assess their pharmacological and toxicological effects. Myrcia amazonica DC is popularly known as “pedra-ume-caá” in northern Brazil. It is used by the population for the treatment of various diseases such as diseases of inflammatory origin, diabetes and diarrhea. Although being used and sold in markets and fairs as a medicinal plant, there are no published researches about its real pharmacological and toxicological properties, and such studies are essential to ensure the efficacy and safety of plants traditionally used as medicinal. Thus, the aim of this study was to evaluate the antiedematogenic and antinociceptive activities of hydroalcoholic extract of M. amazonica leaves (EHAMa) at doses of 360, 480 and 600mg/kg, and to investigate its potential neurotoxic and hepatotoxic effects. The antiedematogenic activity was evaluated using the paw edema test induced by carrageenin and nociceptive activity by the writhing test induced by acetic acid. The possible neurotoxic effects of acute and subchronic treatment were investigated through the behavioral tests: the Morris water maze and rotating bar. The evaluation of hepatotoxicity was performed by quantitative determination of serum aspartate aminotransferase (AST) and alanine aminotransferase (ALT). The results showed that the EHAMa acute administration (a.a.), significantly inhibited the paw edema induced by carrageenan at 600 mg / kg in 67%, compared with the control group, demonstrating that it has potential as an anti-inflammatory agent. The EHAMa (a.a.) showed analgesic effect in the doses 360, 480 and 600 mg/kg significantly reducing the number of writhes by 42, 40 and 97% respectively. The treatment, both acute and subchronic, with EHAMa at a dose of 600 mg / kg did not cause significant alterations on locomotion, memory and learning Wistar rats. The results for the levels of ALT and AST enzymes in the serum of mice have shown that the treatment for 21 days with EHAMa at a dose of 600 mg / kg had significant difference compared with the control group, in order to reduce the levels of these enzymes in 23% for AST and 42% for ALT, can thus suggesting a possible effect hepatoprotective well as the absence of hepatotoxic effects. These results indicate a pharmacological potential of EHAMa, which explains in part the use of this specie by the population. However, further studies are needed to know the active ingredients of the specie and its possible mechanisms of action.
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