EMOÇÕES DE PROFESSORES EM PRÉ-SERVIÇO
E ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA ADICIONAL NA AMAZÔNIA
Palavras-chave:
Emoções. Ensino crítico de língua inglesa. Formação de professores. Amazônia.
As emoções que envolvem o processo de ensino/aprendizagem de línguas têm sido alvo de muitas pesquisas recentes. Seguindo o mesmo direcionamento, este trabalho tem como campo de análise a Linguística Aplicada no tocante à subjetividade de seus participantes quanto ao ensino de língua adicional na Amazônia. Nesse contexto, procurou-se responder no percurso do estudo a seguinte pergunta: qual é a relação entre as emoções de professores em pré-serviço e suas perspectivas de ensino de língua adicional na Amazônia? A pesquisa teve como objetivo investigar essa relação existente na subjetividade de dois participantes alunos da Licenciatura em Língua Inglesa da Universidade Federal do Oeste do Pará, configurando a cidade de Santarém como espaço geográfico da pesquisa, portanto em plena Amazônia. Como metodologia de pesquisa elegeu-se o estudo de caso, tendo como ferramentas geradoras de dados as narrativas de história de vida, os relatórios de estágio, a ferramenta Árvore da vida, além de questionários semiestruturados de perguntas abertas. O resultado da pesquisa trouxe a teoria do ensino crítico de língua inglesa para o campo da discussão das emoções neste trabalho, o que tem sido objeto de estudos científicos ao longo dos anos por diversos autores como Pennycook (1994), Canagarajah (2006), Kumaravadivelu (2006a), Norton e Toohey (2011). A reflexão feita pelo estudo revela que as emoções apresentadas pelos participantes, como forte resiliência, direcionamento para aprendizagem da língua inglesa (paixão), baixa autoestima, superação e enfrentamento, os levaram a manifestar uma perspectiva de ensino crítico da língua adicional. Portanto, um ensino decolonial, visto que apresentaram o forte desejo por mudança no cenário de ensino de língua inglesa na Amazônia.