FRANKENSTEIN (EUA, 1931): UMA ANÁLISE SOBRE ADAPTAÇÃO, SOCIEDADE E INDÚSTRIA CULTURAL
Frankenstein; Romance; Cinema; Indústria Cultural.
Esta dissertação se propõe a analisar a adaptação fílmica Frankenstein (EUA, 1931) sob a ótica da indústria cultural, conceito que disserta sobre como o sistema formado pelos meios de comunicação teria o poder de influenciar e transformar a coletividade ao mercantilizar a cultura e moldar os produtos culturais para satisfazer as demandas capitalistas e ideológicas. Nesta perspectiva, a arte, como objeto reprodutível, homogeniza os gostos e preferências do público e não os leva a realização de uma reflexão crítica acerca do que consomem (Adorno; Horkheimer, 1986). Nosso objetivo geral busca, pois, investigar como a indústria cultural delineou a criação do filme Frankenstein – idealizado pela Universal Studios e dirigido por James Whale (1889-1957) a partir do romance homônimo de Mary Shelley (1797-1851) – através dos ajustes realizados durante a transposição da narrativa textual para o cinema hollywoodiano; explorando não somente as questões relacionadas aos processos naturais que envolvem a realização de uma adaptação, mas levando em consideração, também, as interferências da cultura, da sociedade e da economia vigentes nos EUA na difusão do cinema, assim como na montagem da película estudada.