Banca de DEFESA: ANA CLAUDIA SOUZA ABREU

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CLAUDIA SOUZA ABREU
DATA : 17/07/2024
HORA: 16:00
LOCAL: Sala virtual google meet
TÍTULO:

NANOPARTÍCULAS DE PRATA SINTETIZADAS ATRAVÉS DE MÉIS DE ABELHA SEM FERRÃO (Melipona compressipes manaosensis) NO REPARO TECIDUAL DE FERIDAS CUTÂNEAS INFECTADAS EM RATOS WISTAR (Rattus novergicus albinus)


PALAVRAS-CHAVES:

Síntese verde. Cicatrização de feridas. Atividade antimicrobiana. Toxicidade


PÁGINAS: 140
RESUMO:

A ferida cutânea quando infectada causa um importante atraso no processo cicatrização, tornando-se um problema de saúde pública. Devido a esses agravos, o mel de abelha sem ferrão (ASF) promove diversas finalidades terapêuticas curativas, principalmente antimicrobiana e cicatrizante, assim como as nanopartículas de prata (AgNPs) têm sido empregadas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o processo de reparo tecidual de feridas cutâneas infectadas com Staphylococcus aureus em ensaio in vivo, através da aplicação de AgNPs sintetizada a partir de méis de ASF. Foram utilizadas 35 amostras de méis de ASF provenientes de produtores rurais do estado do Amazonas. Essas amostras passaram por análises físico-químicas, bioquímicas e avaliação de atividade antimicrobiana através do ensaio de difusão em poços e Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente a Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. Das 35 amostras, foram selecionadas duas amostras denominadas JUP1 e JUP2 da espécie de abelha Melipona compressipes manaosensis, que tiveram as maiores atividades antimicrobianas para a realização de síntese de AgNPs. Essas AgNPs foram caracterizadas por meio de espalhamento de luz dinâmico (DLS), Potencial Zeta (PZ), estabilidade das AgNPs ao longo do tempo e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Posteriormente, foi realizado o ensaio de toxicidade das AgNPs sintetizadas através das amostras JUP1 e JUP2, por meio do teste de toxicidade dérmica in vivo. Além disso, foi feito o teste de toxicidade de irritação ocular in vitro. Após a realização dos testes de biossegurança, foi dado início ao ensaio de cicatrização in vivo, com 60 ratos da espécie Rattus novergicus albinus, que tiveram feridas cutâneas infectadas com Staphylococcus aureus, os mesmos serão sorteados e distribuídos em 6 grupos de 10 animais, sendo assim denominados: GMJUP1 e GMJUP2 (tratamento com os méis de Melipona compressipes manaosensis); GNJUP1 e GNJUP2 (tratamento com AgNPs sintetizadas a partir dos méis de Melipona compressipes manaosensis); GCS (tratamento com solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, caracterizado com controle negativo); GCP (tratamento com pomada sulfato de neomicina, caracterizado com controle positivo). Após, foram feitas as análises macroscópicas e microscópicas das feridas de acordo com a data de eutanásia dos animais (7 e 14 dias). Os resultados sobre a análise físico-química e bioquímica dos méis obtiveram variações entre as amostras, uma vez que a origem botânica, condições de armazenamento, localidade geográfica e outros, influenciam da qualidade dos méis. A síntese de AgNPs das amostras JUP1 e JUP2 foram constatadas com a coloração âmbar nas concentrações de 3 mM e 5 mM em 80ºC e confirmado através do pico de absorbância obtido entre 400 e 480 nm através da ressonância plasmônica de superfície (RPS) quanto a formação de AgNPs. Além disso, foi observado similaridades entre os diâmetros, cargas superficiais e formas. Enquanto no espectro de FTIR dos grupamentos químicos, sugere-se a presença de compostos fenólicos capazes de reduzir os íons Ag+.O teste de toxicidade dérmica aguda não apresentou nenhum sinal de eritema/escaras ou de edema das AGNPs de JUP1 e AgNPs de JUP2 durante os 14 dias de observação. Na análise microbiológica in vivo houve uma variabilidade na contagem da S. aureus entre os grupos. Na evolução do perímetro da ferida, as AgNPs sintetizadas através dos méis JUP1 e JUP2 não diferiram estatisticamente (p<0,05) do grupo controle negativo e do mel da amostra JUP1, entretanto tiveram as maiores contrações da ferida em relação ao grupo controle positivo e o mel da amostra JUP2 no 3ª e 7º dia. Em relação a contagem de fibroblastos entre os grupos, o grupo GMJUP2 tive maior ativação de fibroblastos em relação aos demais grupos no dia 7 e que no dia 14, o grupo GCS teve maior ativação de fibroblastos. Em relação a deposição de colágeno III, os grupos não tiveram diferenças estatísticas em si (p>0,05), obtendo pouca deposição de fibras colágenas no dia 7 e 14. Em relação ao colágeno tipo I, não tiveram diferenças estatísticas em si (p>0,05), obtendo grande deposição de fibras colágenas no dia 7. Enquanto no dia 14, a contagem do colágeno tipo I teve diferenças estatísticas entre os grupos (p>0,05) em relação a produção de colágeno. Apesar dessa variabilidade da contagem de fibroblastos e colágeno entre os grupos, houve uma organização e alinhamento das fibras colágenas na observação das lâminas histológicas dos grupos dos méis e de AgNPs sintetizadas através dos méis JUP1 e JUP2 quando comparada ao controle negativo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1770373 - PAULO SERGIO TAUBE JUNIOR
Interno - ***.076.599-** - JUAREZ DE SOUZA - UEPA
Interna - 1334145 - GRACIENE DO SOCORRO TAVEIRA FERNANDES
Externo à Instituição - HUGO NAPOLEÃO PEREIRA DA SILVA - UFOPA
Externo à Instituição - ALAN KELBIS OLIVEIRA LIMA - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 17/06/2024 14:31
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