ESTILO DE VIDA DE PÓS-GRADUANDOS: RELAÇÕES ENTRE HÁBITOS DE SAÚDE E DETERMINANTES DE QUALIDADE DE VIDA
Estilo de vida. Pós-graduação. Qualidade de vida. Saúde mental. Promoção da saúde.
O estudo buscou analisar o estilo de vida de pós-graduandos da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), com foco na relação entre hábitos de saúde e qualidade de vida. A pesquisa visou identificar padrões comportamentais (alimentação, atividade física, sono, consumo de substâncias, saúde mental) e seu impacto no bem-estar acadêmico, além de propor estratégias para promoção da saúde no ambiente universitário. Realizou-se um estudo quantitativo, transversal e descritivo com 76 discentes de programas de pós-graduação da Ufopa. Utilizou-se o Questionário “Estilo de Vida Fantástico” (QEVF) (Añez; Reis; Petroski, 2008), validado no Brasil, que avalia nove domínios: família/amigos, atividade física, nutrição, tabaco/drogas, álcool, sono/estresse, comportamento, introspecção e trabalho. Os dados foram coletados via Google Forms, com análise estatística descritiva (médias, frequências) e bivariada (teste T). Aspectos éticos foram respeitados, com aprovação do Comitê de Ética (CAAE: 82392624.3.0000.0171). Os resultados deste estudo indicam que 64% dos participantes eram mulheres, com idade média de 32,9 anos; 62% solteiros. 53,9% apresentaram sobrepeso ou obesidade (IMC ≥ 25). 43% dos estudantes tiveram estilo de vida "Bom", 32% "Muito bom", 22% "Regular" e apenas 3% "Excelente", tendo como domínios críticos: atividade física, nutrição, sono/estresse e saúde mental. e pontos positivos o baixo uso de tabaco (82% não fumavam) e álcool (92,1% consumiam ≤7 doses/semana). O estudo revelou que, embora a maioria dos pós-graduandos apresentasse um estilo de vida satisfatório, há desafios significativos em áreas como atividade física, alimentação, sono e saúde mental. A alta prevalência de sobrepeso/obesidade e os níveis elevados de estresse destacam a necessidade de intervenções institucionais, como: programas de promoção da saúde, apoio psicossocial, políticas acadêmicas. A pesquisa reforça a importância de abordar a qualidade de vida na pós-graduação como um fenômeno multifatorial, exigindo ações integradas entre instituição, poder público e discentes.