ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM CORDÃO UMBILICAL DE RECÉM-NATOS DA REGIÃO OESTE DO PARÁ
Gestantes. Cordão Umbilical. Placenta. Itaituba. Santarém.
Introdução: No meio ambiente e em sistemas biológicos, o mercúrio pode existir em três estados de oxidação: Hg0 (metálico), mercúrio inorgânico e mercúrio orgânico. De todos os metais contaminantes, o Mercúrio (Hg) é o mais tóxico, bem como o único metal capaz de biomagnificação na cadeia alimentar, ou seja, as suas concentrações são crescentes de acordo com os níveis tróficos das espécies, incluindo o homem. Justificativa: Uma vez no organismo humano, a forma mais tóxica de Hg, conhecida como metilmercúrio (MeHg) atravessa facilmente a barreira placentária, concentrando-se especialmente no cérebro, inibindo o desenvolvimento cerebral do feto e retardando o crescimento intrauterino, as crianças geradas sob tais exposições podem apresentar microcefalia, hiperrreflexia e deficiência visual, auditiva, mental e motora. Por essas razões, uma grande preocupação é a exposição de mulheres em idade fértil e de crianças a este elemento químico. Objetivo: Avaliar os níveis de mercúrio total em populações de recém-natos e suas mães na região Oeste do Pará. Metodologia: Participarão do Estudo 220 gestantes atendidas nos Hospitais Municipais das Cidades de Itaituba e Santarém, mediante a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, serão coletadas amostras de: cabelos e unhas maternos, tecido placentário fetal, cordão umbilical e sangue do umbilical, assim como será utilizado um questionário semiestruturado para a coleta de dados sobre o perfil socioambiental, hábitos alimentares, informações do pré-natal e do recém-nato. Discussão e resultados preliminares: Foram realizadas coletas de dados e de amostras biológicas de 110 parturientes e seus recém-natos, na clínica obstétrica do Hospital Municipal de Itaituba, no período de 19 de dezembro de 2018 à 23 de janeiro de 2019.