Banca de DEFESA: SAMARONI BRELAZ FEITOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SAMARONI BRELAZ FEITOSA
DATA : 11/05/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Laboratório de Suporte à Decisão - LSD/IEG
TÍTULO:

IDENTIFICAÇÃO DE RISCO ASSOCIADO AOS COMUNICANTES DE PACIENTES DE HANSENÍASE ATRAVÉS DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS EM MUNICÍPIOS ENDÊMICOS NO ESTADO DO PARÁ.


PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase; Micobacterium Leprae; Hanseníase Multibacilar; Epidemiologia, Saúde Coletiva.


PÁGINAS: 71
RESUMO:

A hanseníase é microbacteriose crônica com alta infectividade e baixa patogenicidade e apresenta grande potencial para gerar incapacidades físicas. É causada pelo Mycobacterium leprae, cujo principal hospedeiro é o ser humanoA hanseníase possui evolução lenta causada com manifestações dermatoneurológicas (principalmente lesões na pele e nos nervos periféricos) que podem evoluir para incapacidades físicas, sequelas e até deformidades, acarretando prejuízo social e psicológico. Dessa forma, quanto mais rápido for seu diagnóstico, maiores são chances de o paciente evoluir para a cura, além de impedir o processo de transmissão da doença. O objetivo da pesquisa foi identificar possíveis riscos de infecção associados em comunicantes de pacientes de hanseníase utilizando técnicas estatísticas em dados clínicos e socioeconômicos em Santarém, Castanhal e Marituba no estado do Pará. Trata-se de um estudo epidemiológico, ecológico, retrospectivo e quantitativo. Na coleta de dados foram utilizados os casos notificados na base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no município de Santarém no período de 2005 a 2014 e nas cidades de Castanhal e Marituba no período de 2007 a 2016, essas informações serviram para a realização de busca ativa. As buscas ativas foram realizadas por meio de visitas nos domicílios de casos índices de hanseníase durante 7 dias, esses foram selecionados aleatoriamente a partir de seu registro no SINAN, notificados no período de dez anos anteriores ao ano de realização da semana de busca ativa. Uma equipe multiprofissional, com ampla experiência em hanseníase, composta por médicos dermatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, agentes comunitários de saúde (ACS), técnicos de informação e técnicos de laboratório realizou exame clínico dermatoneurológico em busca de sinais e sintomas da hanseníase. A busca ativa ocorreu no ano de 2014 no município de Santarém e foram selecionados 70 casos índices, originando 280 comunicantes e 35 casos novos. Nas cidades de Castanhal e Marituba a busca ocorreu no ano de 2016, no município de Castanhal foram selecionados 28 casos índices, originando 113 comunicantes e 12 casos novos, já na cidade de Marituba foram selecionados 34 índices, gerando 175 comunicantes e 26 casos novos. Os dados epidemiológicos da busca ativa revelam que o gênero feminino (Santarém 62,5%, Castanhal 58,41%, Marituba 59,43%), faixa etária acima de 15 anos (Santarém 77,86%, Castanhal 77%, Marituba 77,71%), ser parente (Santarém 93,2%, Castanhal 89,38%, Marituba 82,86%), período de convivência acima de 10 anos (Santarém 67,5%, Castanhal 77%, Marituba 67,43%), convivência intradomiciliar (Santarém 83,9%, Castanhal78,76%, Marituba 84%), dormitório sem densidade acima de 2 cômodos (Santarém 53,2%, Castanhal 83,19%, Marituba 53,14%), ter cicatriz da vacina BCG (Santarém 87,14%, Castanhal 80,53%, Marituba 82,86%) foram as variáveis de maior predominância em todos os municípios. Os dados estatísticos revelam que no estudo, o gênero feminino, Santarém (OR=1,17 – IC95% 0,557-2,47; p = 0,67), Castanhal (OR=1,46 – IC95% 0,441-4,86; p = 0,53), Marituba (OR=1,35 – IC95% 0,563-3,22; p = 0,50), idade acima de 15 anos, Santarém (OR=1,25 - IC95% 0,554-2,84; p = 0,58), Castanhal (OR=1,56 - IC95% 0,319-7,61; p = 0,58), Marituba (OR=1,69 – IC95% 0,545-5,23; p = 0,35), ser parente, Santarém (OR=1,34 - IC95% 0,370-4,86; p = 0,65), Castanhal (OR=3,49 - IC95% 0,194-62,7; p = 0,20), Marituba (OR=1,16 – IC95% 0,369-3,66; p = 0,79), convivência intradomiciliar, Santarém (OR=1,56 - IC95% 0,522-4,65; p = 0,42), Castanhal (OR=1,39 - IC95% 0,284-6,83; p = 0,68), Marituba (OR=1,06 – IC95% 0,334-3,34; p = 0,92), convivência acima de 10 anos, Santarém (OR=1,20 - IC95% 0,573-2,50; p = 0,63), Castanhal (OR=2,88 - IC95% 0,855-9,73; p = 0,07), Marituba (OR= 2,20 – IC95% 0,912-5,29; p = 0,07), residência com igual ou abaixo de 5 moradores, Santarém (OR=1,04 - IC95% 0,498-2,15; p = 0,92), Castanhal (OR=1,13 - IC95% 0,316-4,03; p = 0,85), Marituba (OR=1,05 – IC95% 0,446-2,47; p = 0,91) e ter cicatriz da vacina BCG, Santarém (OR=1,15 - IC95% 0,415-3,19; p = 0,78), Castanhal (OR=1,44 - IC95% 0,355-5,83; p = 0,60), Marituba (OR=1,18 – IC95% 0,407-3,43; p = 0,75), foram as variáveis com maior risco relacionando ao surgimento de casos novos de hanseníase. Conclui-se que, embora não tenham sido encontrados grupos de risco específicos que pudessem ser tomados como indicadores gerais para o acompanhamento dos comunicantes de pacientes de hanseníases, os perfis de risco achados estão de acordo com os riscos já apontados na literatura para a população de maneira geral, em oposição a cicatriz da vacina BCG, onde a pesquisa apontou maior risco da doença em comunicantes vacinados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1246557 - GUILHERME AUGUSTO BARROS CONDE
Externo ao Programa - 1562643 - MAXWELL BARBOSA DE SANTANA - nullExterna ao Programa - 1776886 - SIANY DA SILVA LIBERAL - UFOPAExterno à Instituição - VALNEY MARA GOMES CONDE - UEPA
Notícia cadastrada em: 05/05/2023 08:45
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação - (00) 0000-0000 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - srvapp2.ufopa.edu.br.srv2sigaa