PERFIL FITOQUÍMICO DO EXTRATO METANÓLICO DE Lippia Dulcis TREV. E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL HIPOGLICEMIANTE EM CAMUNDONGOS
Plantas medicinais; Diabetes Mellitus; dislipidemias, hortelã-doce; potencial hipoglicemiante.
Plantas medicinais vêm sendo utilizadas para o tratamento e prevenção de doenças ao longo de séculos. O conhecimento tradicional sobre seu uso é base para pesquisas quanto aos efeitos terapêuticos das plantas sobre doenças que acometem a população mundial. Diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica caracterizada pela deficiência de insulina no organismo, hormônio produzido no pâncreas e responsável pelo metabolismo de glicose. O excesso de açúcar na dieta pode suscitar o aparecimento de DM tipo 2, cujos agravos incluem problemas em órgãos e tecidos do corpo, podendo levar à morte. O tratamento medicamentoso para esta doença inclui a administração de hipoglicemiantes orais, os quais podem ter efeitos colaterais indesejados. Além deste, outros problemas de saúde relacionados à má alimentação e sedentarismo vêm aumentando a cada ano, como obesidade e dislipidemias, que aumentam o risco de problemas cardiovasculares. A descoberta de novas drogas obtidas a partir de produtos naturais representa um grande avanço na comunidade científica, uma vez que compostos derivados de plantas apresentam baixa toxicidade e quase não demonstram reações adversas no organismo, quando utilizados corretamente. A Lippia dulcis Trev. é uma planta arbustiva da família Verbenaceae, proveniente da América Central e conhecida como hortelãdoce na região Norte do Brasil, é utilizada empiricamente para o tratamento de problemas respiratórios, como tosse, gripes e resfriados, entre outros. Na culinária, devido ao sabor extremamente doce de suas folhas e flores, é usada na preparação de bebidas. Considerando outros estudos com plantas do gênero Lippia que já apresentaram potencial de redução da glicose sérica in vitro e in vivo, o objetivo desta pesquisa é avaliar o potencial hipoglicemiante e hipolipemiante do Extrato Metanólico das partes aéreas de L. dulcis (EMLD), em camundongos diabéticos induzidos por aloxana, além de determinar a composição química deste extrato. Serão realizados testes bioquímicos nos animais para verificar os níveis sanguíneos de glicemia em jejum, hemoglobina glicada (HbA1c), perfil lipídico (triglicerídeos), colesterol total, HDL-colesterol e LDL-colesterol e insulinemia de jejum, a fim de avaliar o impacto do EMLD nos níveis séricos dos animais. Também será avaliada a toxicidade aguda do EMLD em animais saudáveis. Resultados positivos na redução da glicose in vivo, bem como nos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos, contribuirão para o conhecimento sobre esta espécie encontrada na região Amazônica, bem como para o entendimento sobre as propriedades terapêuticas da L. dulcis.