Banca de QUALIFICAÇÃO: ELOINE MARIA BANDEIRA PICANÇO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELOINE MARIA BANDEIRA PICANÇO
DATA : 10/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do NTB
TÍTULO:

Prevalência de anticorpos contra Brucelose, Anemia Infecciosa Equina e mormo em
equídeos do Oeste do Pará, Brasil.

 
 

PALAVRAS-CHAVES:

Brucelose equina; AIE; mormo; soroprevalência; equinos

 
 

PÁGINAS: 63
RESUMO:

O estado do Pará possui uma das maiores populações equinas do Brasil, com mais de 450.000 cabeças. A maioria desses animais são encontrados em fazendas (cavalos de fazenda) com atividade pecuária e são utilizados no manejo de bovinos e bubalinos. Além disso, nas áreas urbanas do estado os equídeos são comumente usados como meio de transporte (cavalo carroceiro) para conduzir materiais e em esportes (cavalo de esporte): rodeio brasileiro, competições de arco, tambor e cavalgadas. Nesse contexto, doenças infectocontagiosas a esses animais, causam preocupações para os criadores devido aos prejuízos econômicos que causam e por apresentarem problemas de saúde pública por serem zoonoses. É o caso da Brucelose equina, anemia infecciosa equina (AIE) e mormo. A brucelose equina é uma doença crônica, infectocontagiosa, de caráter zoonótico, causada por bactérias do gênero Brucella spp., especialmente de áreas onde a brucelose bovina é endêmica. A AIE é uma das doenças mais preocupantes da equideocultura brasileira, causada pelo Equine Infectious Anemia Virus (EIAV), um retrovírus, pertencente à família Retroviridae, gênero Lentivirus, que acomete equídeos de todo o mundo sendo mais identificada em regiões úmidas e montanhosas de clima tropical e subtropical. O Mormo é uma doença infectocontagiosa zoonótica que acomete equídeos e humanos e resulta de infecção pela bactéria Burkholderia mallei, sendo atualmente uma doença limitada a certas áreas geográficas. Ambas as doenças exigem notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial do Brasil quando houver qualquer caso suspeito de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Considerando o expressivo rebanho equino e a carência de estudos epidemiológicos no Pará, em especial na região Oeste do estado, objetivou-se determinar a prevalência de anticorpos contra Brucelose, AIE e mormo em equídeos criados no Oeste do Pará e identificar possíveis fatores de risco associados a essas doenças em três grupos distintos: equinos de fazenda, esporte e carroceiros. Será realizado um estudo transversal com amostragem por cluster em 101 fazendas de 18 municípios (cavalos de fazenda). O número de grupos (Nc) será obtido de acordo com a metodologia de Thrusfield. Para distribuir as fazendas (clusters) entre os 18 municípios, será realizada amostragem proporcional estratificada que considera o número total de fazendas em cada município. Considerando que não havia informações sobre o número de cavalos carroceiros e de esporte, será realizada uma amostragem de conveniência para esses grupos. Amostras de sangue foram obtidas por punção venosa jugular utilizando sistema de vácuo estéril com tubos sem anticoagulante. O sangue foi centrifugado a 2000 x g por 10 min, e o soro foi aliquotado e armazenado a -35°C para realização das análises. Durante a coleta das amostras, utilizou-se um questionário epidemiológico para obter informações sobre características dos animais, manejo e condições locais que possam atuar como fatores de risco para a soroprevalência das enfermidades. Um total de 1.084 equídeos foram amostrados incluindo 1.030 cavalos, 52 mulas e dois jumentos. O soro foi obtido para detectar anticorpos contra Brucelose equina através do teste Antígeno acidificado tamponado (AAT) como método de triagem e 2- mercaptoetanol (2-ME) para confirmação, para AIE e mormo será utilizado os testes imunodifusão em gel de ágar (IDGA) e ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), respectivamente. As análises sorológicas serão realizadas no Laboratório de Sanidade Animal (LARSANA) da Universidade Federal do Oeste do Pará. Os dados serão tabulados para determinar a frequência de equídeos soropositivos e soronegativos e a prevalência. A análise univariada será realizada pelo teste Qui-quadrado para investigar a associação da prevalência de anticorpos e possíveis fatores de risco associados as doenças. O valor de P<0,200 será utilizado na análise univariada. Uma regressão logística binária logit será usada com a categoria de risco mais baixa. As variáveis serão retidas se o valor P da regressão logística for < 0,05. A validade e a confiabilidade serão avaliadas pelo teste de ajuste de Hosmer- Lemeshow. Os dados serão analisados por meio do software Minitab 17. E o intervalo de confiança de 95% será calculado usando o software Prism. Para determinar a prevalência de anticorpos contra brucelose foi realizado teste AAT. Entre os 1084 animais amostrados, 44 (4,05%) apresentaram resultado positivo no nível animal. As amostras positivas no teste AAT serão confirmadas através do teste 2-ME

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1843993 - ANTONIO HUMBERTO HAMAD MINERVINO
Externo ao Programa - ***.958.112-** - FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE - UFOPA
Interno - 1835418 - KEDSON ALESSANDRI LOBO NEVES
Notícia cadastrada em: 08/08/2023 06:22
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