Banca de DEFESA: ELOINE MARIA BANDEIRA PICANÇO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELOINE MARIA BANDEIRA PICANÇO
DATA : 18/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: A DEFINIR
TÍTULO:

FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA BRUCELOSE EM EQUÍDEOS DO OESTE DO PARÁ.

 
 

PALAVRAS-CHAVES:

Brucelose equina; AAT; 2 ME; soroprevalência; equinos

 
 

PÁGINAS: 70
RESUMO:

O estado do Pará possui uma das maiores populações equinas do Brasil, com mais de 450.000 cabeças. A maioria desses animais são encontrados em fazendas (cavalos de fazenda) com atividade pecuária e são utilizados no manejo de bovinos e bubalinos. Além disso, nas áreas urbanas do estado os equídeos são comumente usados como meio de transporte (cavalo carroceiro) para conduzir materiais e em esportes (cavalo de esporte): rodeio brasileiro, competições de arco, tambor e cavalgadas. Nesse contexto, doenças infectocontagiosas a esses animais, causam preocupações para os criadores devido aos prejuízos econômicos que causam e por apresentarem problemas de saúde pública por serem zoonoses. Nesse contexto destaca-se a Brucelose equina, doença crônica, infectocontagiosa, de caráter zoonótico, causada por bactérias do gênero Brucella spp., especialmente de áreas onde a brucelose bovina é endêmica. A doença exige notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial do Brasil quando houver qualquer caso suspeito de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Considerando o expressivo rebanho equino e a carência de estudos epidemiológicos no Pará, em especial na região Oeste do estado, objetivou-se determinar a prevalência de anticorpos contra Brucelose em equídeos criados no Oeste do Pará e identificar possíveis fatores de risco associados a essa doença em três grupos distintos: equinos de fazenda, esporte e carroceiros. Foi realizado um estudo transversal com amostragem por cluster em 101 fazendas de 18 municípios (cavalos de fazenda). O número de grupos (Nc) foi obtido de acordo com a metodologia de Thrusfield. Para distribuir as fazendas (clusters) entre os 18 municípios, foi realizado amostragem proporcional estratificada que considera o número total de fazendas em cada município. Considerando que não havia informações sobre o número de cavalos carroceiros e de esporte, foi realizada uma amostragem de conveniência para esses grupos. Amostras de sangue foram obtidas por punção venosa jugular utilizando sistema de vácuo estéril com tubos sem anticoagulante. O sangue foi centrifugado a 2000 x g por 10 min, e o soro foi aliquotado e armazenado a -35°C para realização das análises. Durante a coleta das amostras, utilizou-se um questionário epidemiológico para obter informações sobre características dos animais, manejo e condições locais que possam atuar como fatores de risco para a soroprevalência da enfermidade. Um total de 1.059 equídeos foram amostrados incluindo 1039 equinos, 13 burros e 7 mulas. O soro foi obtido para detectar anticorpos contra Brucelose equina através do teste Antígeno acidificado tamponado (AAT) como método de triagem e 2- mercaptoetanol (2-ME) para confirmação. As análises sorológicas foram realizadas no Laboratório de Sanidade Animal (LARSANA) da Universidade Federal do Oeste do Pará. Os dados foram tabulados para determinar a frequência de equídeos soropositivos e soronegativos e a prevalência. A análise univariada foi realizada pelo teste Qui-quadrado para investigar a associação da prevalência de anticorpos e possíveis fatores de risco associados as doenças. O valor de P<0,200 foi utilizado na análise univariada. Uma regressão logística binária logit foi usada com a categoria de risco mais baixa. As variáveis foram retidas se o valor P da regressão logística for < 0,05. A validade e a confiabilidade foram avaliadas pelo teste de ajuste de Hosmer- Lemeshow. Os dados foram analisados por meio do software Minitab 17. E o intervalo de confiança de 95% foi calculado usando o software Prism.  Dos 1059 animais amostrados, 44 (4,05%) apresentaram resultado positivo no teste AAT. As amostras positivas no teste AAT foram confirmadas através do teste 2-ME e destes 11 animais foram positivos, 15 inconclusivos e 18 negativos. Tendo uma prevalência a nível animal de 1,03% para brucelose equídea no Oeste do Pará. Este é o primeiro relato de equídeos soropositivos para Brucelose na região contribuindo para o conhecimento da epidemiologia da doença.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1843993 - ANTONIO HUMBERTO HAMAD MINERVINO
Interno - 1835418 - KEDSON ALESSANDRI LOBO NEVES
Interno - 2383549 - GUSTAVO DA SILVA CLAUDIANO
Externo ao Programa - ***.958.112-** - FÁBIO EDIR AMARAL ALBUQUERQUE - UFOPA
Notícia cadastrada em: 05/03/2024 12:37
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